Bom elenco e estética atraente, mas o roteiro está muito aquém do primeiro clássico.
A sequência de O Auto da Compadecida chega 24 anos após o sucesso do original, trazendo de volta os queridos Chicó (Selton Mello) e João Grilo (Matheus Nachtergaele) em uma nova aventura. O filme segue a premissa de que João Grilo, dado como morto no primeiro filme, ressuscita e se vê no centro de uma trama envolvendo políticos e até clipes animados. A produção aposta em telas de Led para criar um ambiente mais lúdico e moderno, e a direção de arte de Yurika Yamasaki faz um bom trabalho ao reforçar esse tom visual. O elenco, repleto de talentos como Taís Araújo e Eduardo Sterblitch, mantém o charme da dupla principal, que ainda é o ponto alto do filme.
Apesar da diversão proporcionada pela atuação do elenco e a atmosfera inventiva, a sequência peca ao se apoiar muito nas ideias já apresentadas no primeiro longa. Algumas subtramas se sentem repetitivas, e o resultado não tem o mesmo impacto que o original. No final, O Auto da Compadecida 2 é um filme agradável, mas que não consegue resgatar a magia do clássico., baseado na obra do extraordinário Ariano Suassuna.