Há exatos 5 anos, Esquadrão Suicida estreava nos cinemas sob grandes expectativas para se tornar, logo depois, alvo de críticas pesadas tanto da crítica especializada, quanto do público. Felizmente, a história dos supervilões da DC ganhou uma segunda chance para brilhar e agora, em 2021, uma nova versão chega aos cinemas assinada pelo diretor de Guardiões da Galáxia, James Gunn.
Mas enquanto compartilham quase o mesmo nome, os dois filmes não têm quase nenhuma conexão - na verdade, o que chama atenção mesmo são as diferenças. Vem entender tudo o que separa O Esquadrão Suicida de 2021 do de 2016.
Nova história é mais consistente e empolgante
A premissa dos dois filmes é a mesma: um grupo de criminosos prisioneiros é recrutado pelo governo norte-americano, representado por Amanda Waller (Viola Davis), para uma missão secreta em troca de uma diminuição em suas penas. A partir daí, o longa de 2021 parte para uma jornada que funciona melhor. No filme de 2016, é difícil comprar a ideia dos planos de Amanda, especialmente à medida em que fica claro que ela mesma criou boa parte do problema que precisava ser resolvido. Embora seja apresentada como uma grande estrategista, a forma cheia de furos como a operação lida com a ameaça da Magia (Cara Delevingne) mostra justamente o contrário.
O novo filme, por outro lado, traz uma trama nova mais consistente. Agora, o grupo é enviado a uma ilha remota na América do Sul com a missão de destruir as evidências de um projeto ultrassecreto - e no desenrolar da história, fica claro porque foram escolhidos para este trabalho, quais são as estratégias e qual é o sentido de toda a aventura.
O Esquadrão SuicidaTem muito mais violência
Talvez uma das maiores quebras de expectativas em 2016 tenha sido a baixa classificação etária para o filme: indicado para maiores de 13 anos nos Estados Unidos, Esquadrão Suicida acabou trazendo menos cenas chocantes do que o esperado para uma história sobre vilões tão inescrupulosos e que, a princípio, parecia sombria. Se esta questão foi um problema para você, pode se tranquilizar: a violência explícita do novo filme é, sem dúvidas, uma das principais diferenças.
James Gunn não economizou nos banhos de sangue, nos pedaços de corpos voando e na violência com que esperaríamos que os personagens agissem. Não recomendado para menores de 17 anos, na classificação dos Estados Unidos, o filme tem cenas de ação impactantes e explora a falta de ética e “moral” dos protagonistas de forma mais gráfica.
Os personagens são diferentes e o grupo funciona melhor
Embora Arlequina (Margot Robbie), Capitão Bumerangue (Jai Courtney) e Rick Flag (Joel Kinnaman) voltem no novo filme, a composição do grupo é diferente do que vimos em 2016, principalmente por conta da dinâmica entre os membros. No novo filme, não só o conjunto das habilidades gera um resultado mais interessante na tela, como as interações entre os personagens nos permitem conhecê-los melhor e, mais importante, criar algum laço com eles - fator que fez falta em um conjunto de protagonistas pouco explorados no filme original.
Embora as duas versões apostem no carisma já inquestionável de Margot Robbie, O Esquadrão Suicida não deixa que os outros personagens se apaguem. Idris Elba e John Cena surgem também como figuras de liderança, mas os “coadjuvantes” do Esquadrão também marcam presença.
O Esquadrão Suicida: Conheça a personagem de Alice Braga no novo filme da DCHumor, ritmo e personalidade
Assim que o primeiro trailer de O Esquadrão Suicida foi liberado, ficou nítida a diferença do tom entre uma história e outra. A parte sombria e as intermináveis cenas do escuro dão lugar a um banho de sangue vibrante e colorido (por mais estranho que isso possa parecer). A sequência de diálogos e acontecimentos absurdos deixam claro que o filme não pretende ser levado a sério demais e tornam a experiência divertida e inesperada.
Com isso, a sensação é de que o novo O Esquadrão Suicida é um filme mais autêntico - segundo o diretor James Gunn, o estúdio deu a ele mais liberdade criativa do que tem em seus trabalhos na Marvel, por exemplo. Por outro lado, o diretor David Ayer, do filme de 2016, contou que sua visão não foi transmitida pelo filme e que, por isso, quer uma versão ao estilo Snydercut. “Minha versão é uma jornada emocional com pessoas ‘más’ que são descartadas (um tema que conversa com a minha alma). A versão do estúdio não é a minha”, escreveu em declaração no Twitter.
Dá para assistir ao novo sem ter visto o antigo?
Se você não assistiu ou não se lembra de detalhes do filme de 2016, sem problemas. O novo filme não é uma sequência, mas também não é um reboot completo, principalmente porque compartilha personagens importantes com o anterior. A nova versão leva em consideração que o público já está familiarizado com a ideia geral do esquadrão para acelerar as apresentações, mas não faz conexões diretas a acontecimentos prévios.