O filme é bom(zinho), mas bastante superestimado. Tipo de filme que agrada público "art house", que vai falar das belas paisagens bucólicas da Itália, das sutilezas dos olhares, das rimas visuais, da poesia dos diálogos e blablabla... Mas no final, é uma história previsivel de descoberta da sexualidade/amor, bem cansativa, longa, desinteressante, com um ator mal escalado que deveria aparentar uns 25 anos, mas aparenta ter mais de 35, causando uns desconforto de acompanhar a relação. É isso.
O melhor do filme é a trilha sonora impecável e o diálogo final entre Élio e o pai dele. É a cena que justifica as 2h anteriores de muita contemplação poética, e fez finalmente eu me importar um pouquinho com aquele menino burguês mimado. Entendo a importância de ter um filme lgbt+ feito com cuidado técnico e bons atores, mas sem o verniz de "arte" que o Guadagnino coloca em tudo que faz, poderia ser um filme mais humano.
Menso assim, pela importância e pelas qualidades técnicas, dou 3,5 estrelas, acho uma nota justa.