Bates Motel
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Ricardo L.
Ricardo L.

62.941 seguidores 3.117 críticas Seguir usuário

Crítica da 5 temporada
4,5
Enviada em 7 de junho de 2017
Temporada show! Atuações fantásticas de todo o elenco, roteiro um pouco confuso, mas é bom, fotografia linda, trilha sonora inesquecível, digna do clássico Psicose, uma serie de terror que finaliza com chave de ouro.
Liliana G.
Liliana G.

6 seguidores 20 críticas Seguir usuário

Crítica da série
5,0
Enviada em 2 de setembro de 2018
Simplesmente brutal! Ao tempo que não via uma série tão boa e tão espetacular! Roteiro super bem construído e uma representação top !!
Yanko Rodrigues
Yanko Rodrigues

365 seguidores 254 críticas Seguir usuário

Crítica da série
4,0
Enviada em 19 de fevereiro de 2020
Um excelente ponto positivo dessa série, é que cada temporada é melhor do que a anterior. Mas tem muito poucos episódios que fazem você querer ver mais um episódio. As atuações são excelentes e os últimos episódio da quarta temporada e a quinta são excelentes. Vale a pena ver essa série.
Ricardo A.
Ricardo A.

168 seguidores 174 críticas Seguir usuário

Crítica da 2 temporada
4,0
Enviada em 27 de janeiro de 2018
Com uma melhora significativa no enredo e o suspense dando espaço ao drama principalmente da mãe de Norman (o que considero uma ótima sacada, visto que Vera Farmiga está maravilhosa no papel, e convence muito mais do que o protagonista de Psicose Norman que tem uma atuação mais robotizada e digamos que toda vez que ele fica nervoso, a impressão é que ele vai sofrer uma embolia cerebral com aquelas veias assaltadas do pescoço). A relação construída de Norma com os filhos, com seus possíveis pretendentes, com a cidade em geral e todos os problemas que a cercam e com a quase filha adotiva Emma é a espinha dessa segunda temporada. No fim já temos um gancho sobre como Norman gerou suas psicoses e acho que será melhor tratado na próxima temporada. Ainda não posso deixar de fazer um comparativo de Norma com minha própria mãe: as tentativas frustantes desta em querer ser feliz e ter uma vida em paz sempre sendo tombadas por acontecimentos fortuitos de problemas e tragédias; eis minha catarse.
Markosdc
Markosdc

14 seguidores 33 críticas Seguir usuário

Crítica da série
0,5
Enviada em 12 de março de 2023
DE 0 A 10 - 2

FRACA, UMA DA PIORES QUE VI
CANSATIVA DEMAIS, NAO TE PRENDE E NAO TE FAZ TER VONTADE DE SEGUIR EM FRENTE
Adriano Silva
Adriano Silva

1.604 seguidores 478 críticas Seguir usuário

Crítica da 1 temporada
4,0
Enviada em 7 de setembro de 2023
TEM SPOILERS!

Bates Motel (1ª Temporada) 2013

"Bates Motel" foi criado por Anthony Cipriano e desenvolvido por Jeff Wadlow (diretor de "Quebrando Regras", de 2008), Carlton Cuse (produtor da série "Jack Ryan"), Kerry Ehrin (roteirista da série "The Morning Show"), e é produzido pela Universal Television e American Genre para a rede de TV a cabo A&E. A primeira temporada foi ao ar em 18 de março de 2013 com 10 episódios.

A série é vista como uma "prequela contemporânea" do clássico "Psicose", de Alfred Hitchcock, de 1960 (baseado no romance homônimo de Robert Bloch, de 1959), que retrata a vida de Norman Bates (Freddie Highmore) e sua mãe Norma (Vera Farmiga) antes dos eventos retratados no filme, embora em uma cidade fictícia diferente (White Pine Bay, Oregon, em oposição a Fairvale, Califórnia) e em um cenário moderno.

Após a misteriosa morte de seu marido, Norma Bates decidiu começar uma nova vida longe do Arizona, na pequena cidade de White Pine Bay, e leva o filho Norman, de 17 anos, com ela. Ela comprou um velho motel abandonado e a mansão ao lado.

Estre ano eu finalmente consegui realizar um antigo desejo, que era ler a obra-prima de Robert Bloch, rever o clássico do mestre Hitchcock e assistir todos os filmes subsequentes da franquia "Psicose". Posso dizer que foi uma experiência incrível, uma das maiores experiências que eu já vivi em toda a minha vida literária e bibliófila. O livro é magnífico, excelente, uma verdadeira obra-prima da literatura sombria e um dos melhores livros que eu já li na vida. Já o clássico de 1960 fala por si só, simplesmente por ser um dos maiores suspense de toda a história do cinema, que foi conduzido justamente pelo mestre do suspense. Os filmes subsequentes não estão no mesmo nível, não estão na mesma prateleira do livro e do clássico. Eles seguem histórias próprias, paralelas e até continuações dentro do universo de "Psicose". O que pode até ser interessante, ou simplesmente horroroso, como é o caso do remake de 1998. E logo após ter lido o livro e assistido todos os filmes da franquia "Psicose", chegou a vez de conferir a série "Bates Motel", que também faz parte do universo e nos conta uma história sobre o início de tudo. Algo parecido com o que foi feito no filme "Psicose 4: O Começo", de 1990.

A série é bem intrigante e ao mesmo tempo interessante, pois obviamente ela constrói toda uma abordagem sobre o universo de "Psicose" servindo justamente como um prelúdio do clássico ao nos mergulhar naquela trama que futuramente irá nos nos contar sobre todo desenvolvimento de Norman Bates. Ou seja, a trama nos levará ao lado sombrio e psicótico entre a infância e a adolescência de Norman, explicando como o amor incontrolável de sua mãe ajudou a moldar um dos maiores maníacos e psicopatas da história do cinema.

O primeiro episódio já inicia de modo surpreendente com uma pessoa morta. Esta pessoa é simplesmente o pai de Norman, que está ali morto na garagem de forma bastante misteriosa (ou não, como vemos mais à frente na temporada). Logo após este início já temos um salto no tempo de 6 meses e chegamos até a cena da Norma chegando em seu mais novo Motel. O seu novo empreendimento antes tinha o nome de Seafarer's Motel, e em uma cena bem interessante vemos a troca do letreiro para Bates Motel. Por sinal a réplica que foi construída do Motel e da casa ficou excelente, com uma fidelidade ao clássico incrível. Este primeiro episódio já é um dos melhores da temporada por já nos confrontar com aquela sequência que vai desde a chegada do ex-proprietário do Motel (Keith Summers, interpretado por W. Earl Brown), passando pela invasão na casa, o estupro na Norma e a sua morte. Onde aconteceu em um momento de fúria incontrolável de Norma quando o esfaqueou brutalmente até a morte (por sinal, uma excelente cena). O episódio termina de forma intrigante ao revelar uma certa garota aprisionada.

O segundo episódio é muito revelador e diferente, eu diria. Simplesmente por acrescentar na trama a presença de Dylan Massett (Max Thieriot), o filho mais velho de Norma e meio-irmão de Norman. Pelo o que me consta, tanto pelo livro quanto pelo clássico sessentista, o Norman não tinha um meio-irmão assim dessa forma como foi abordado na série. Bem, achei interessante esse contexto trazido para a série. O episódio segue com os dramas e as aflições de Norman ao tentar se introduzir na nova cidade e conhecer novas pessoas. Como é justamente o caso do seu primeiro interesse - a jovem Bradley Martin (a belíssima Nicola Peltz). Aqui também fica claro que Norman tem muitos ciúmes da mãe e da forma como as pessoas se referem à ela. Até por isso vemos os constantes conflitos de Norman com Dylan.

O terceiro episódio segue mergulhado no mistério e no suspense pelo fato da polícia está no encalço da Norma pelo suspeita referente ao desaparecimento de Keith Summers. Aqui já temos vários envolvimentos na história; como é o caso do antigo dono do Motel parecer ter ligações com as garotas chinesas desaparecidas que está sendo investigada pela Emma Decody (Olivia Cooke). Logo essa ligação com o desaparecimento das garota cai sobre o policial Zach (Mike Vogel), pelo fato do Norman ter invadido sua casa procurando pelo cinto de Keith Summers, e ter sido confrontado com a garota oriental presa em seu porão.

A partir do quarto episódio temos cada vez mais revelações e acontecimentos surpreendentes. Norma está envolvida em uma verdadeira bola de neve, ao estar envolvida com o policial Zach como uma forma de se safar das investigações sobre a morte de Keith Summers. Por outro lado ela se recusa a acreditar em Norman sobre a possível garota presa no porão da casa de Zach. O que a leva a entrar em transe e levantar suspeitas sobre o estado mental e a sanidade de Norman com esta descoberta bizarra. Temos aqui a primeira transa de Norman, que aconteceu com a Bradley, e a prisão de Norma pelo assassinato de Keith Summers.

A história segue em uma verdadeira teia de aranha com cada vez mais confrontos: a garota oriental que era mantida como escrava sexual de Zach é encontrada e levada para o Motel. Zach por sua vez encontra a garota em um dos quartos do Motel e corre atrás dela pela floresta (não foi revelado, mas ao que tudo indica ele matou a garota). Logo após temos mais uma ótima sequência de cenas, que é todo confronto de Zach com a Norma e o Dylan na casa. O que termina brutalmente com um tiro no olho de Zach disparado por Dylan.

O desfecho do assassinato de Zach proposto pelo Xerife Alex Romero (Nestor Carbonell) é tudo muito suspeito. Por fim temos a aparição de um hóspede misterioso no Bates Motel, que parece saber demais. Já o Norman passa a enfrentar as complicadas garotas populares e o descaso da Bradley com ele. Essa é um situação bem complicada: a Emma é apaixonada pelo Norman e vive correndo atrás dele, já ele se rasteja pela Bradley e ela passa a desprezá-lo. Sem falar que é tudo muito estranho essa repentina aproximação da Bradley com o Dylan.

No oitavo episódio é onde o Norman desperta o interesse pela taxidermia (animais empalhados), com o pai da Emma. No filme clássico temos toda a dimensão desse amor que ele tem por essa arte. Norma está mais preocupada com a possível construção da nova estrada principal, o que vai mudar o trajeto das pessoas que passariam pelo seu Motel. A relação de Norma e Dylan parece melhorar. O episódio termina com aquele cadáver do Zach na cama da Norma.

O nono e o décimo episódio é a construção (e ligação) do fechamento dessa temporada. Norma sofre com as constantes ameaças de Jake Abernathy (Jere Burns), o hóspede misterioso. Norma decide que quer vender o Motel e recomeçar a vida novamente no Havaí, mas o Norman não quer ir. Norman por sua vez está cada vez mais apegado na cadela empalhada. E temos aquela cena onde a Norma vai ao encontro de Jake e é surpreendida pelo Xerife Alex confrontando justamente o Jake. Que termina com o Xerife dando um tiro em Jake.

Sobre o elenco:
Vera Farmiga (atualmente em cartaz nos cinemas em "A Freira 2") é sensacional, é sem dúvida a principal e mais destacável da série. É realmente impressionante como a Vera escolhe bem as suas personagens e sempre eleva o nível em cada trabalho apresentado. Em "Bates Motel" ela se encaixa como um luva na pele da Norma Louise Bates mais jovem. Ela traz esse lado mais jovial da mãe do Norman, que pretende recomeçar sua vida após os recentes acontecimentos, que mantém os seus dramas e os seus conflitos íntimos, justamente ao confrontar os seus traumas em relação à criação do jovem Norman.

Já o Freddie Highmore ("The Good Doctor") é outro que também se encaixa como uma luva na pele da versão adolescente do lendário Norman Bates. Caracteristicamente falando, o Freddie traz uma versão impecável do Norman jovem, que está se descobrindo, que está se conhecendo, que está conhecendo o mundo ao seu redor e as pessoas (e principalmente as garotas) ao seu redor. O Norman de Freddie pode soar como inocente, inexperiente, indefeso, tímido, ao mesmo tempo também soa como misterioso, enigmático, introspectivo e principalmente letal - como vimos na cena final do décimo episódio com aquele assassinato brutal da Srta. Watson (Keegan Connor Tracy).

Max Thieriot ("SEAL Team") começa em um ritmo mais morno em seu personagem Dylan, até pela forma como ele entra na série. Porém, com o passar dos episódios vamos nos afeiçoando à ele, vamos conhecendo ele melhor, vamos entendendo melhor os seus dramas e seus traumas. No fim da temporada ele já passa a ser um personagem que nos importamos.
Nicola Peltz ("Transformers: A Era da Extinção") traz uma personagem que faz o caminho inverso do Dylan. A Bradley Martin é uma personagem que eu até simpatizei no início, que eu acreditava no seu drama em relação a terrível morte de seu pai, porém com o tempo eu fui começando a questionar as suas atitudes com o Norman e principalmente a sua aproximação com o Dylan. No fim ela não passou de uma patricinha mimada que usou o Norman no momento em que ela estava frágil e vulnerável.
Olivia Cooke ("Jogador Nº1") com sua personagem Emma Decody me fez vê-la ao inverso da Bradley. Justamente por ela se apegar verdadeiramente ao Norman, por ela realmente criar um amor verdadeiro por ele, que realmente se importava com ele e não queria só usá-lo. Por fim ela vivia correndo atrás do Norman na intenção dele notar a presença dela, e ele não tirava a Bradley da cabeça. O que uma transa não faz!

"Bates Motel" acerta muito bem no suspense, no mistério, no enigmático e na construção do drama. Acredito que em si a história é sobre o amor incondicional de uma mãe por seu filho. Temos um relacionamento que é explorado através da premissa de que o jovem é excessivamente temperamental e ambos estão cercados por um ambiente com problemas, que os conduz ao extremo. No caso, cada um ali presente tinha os seus medos, os seus traumas, os seus conflitos e os seus dramas. Principalmente no caso da Norma e do Norman, que ora pareciam muito próximos e apegados, ora pareciam distantes e completamente diferentes.

Porém, tem alguns pontos dentro dessa temporada que me incomodou bastante: como o fato da história ser modernizada para a atualidade e se passar em um cenário moderno, onde temos os avanços tecnológicos como o uso constantes de notebooks e afins. Eu até entendo esse avanço na modernização da série, até para se encaixar com o público atual, mas particularmente eu não consegui engolir e me adaptar com essa proposta dentro do universo de "Psicose" (algo parecido com o que me aconteceu com a versão modernizada do filme "Carrie - A Estranha", de 2013).
Outro ponto que me incomodou (aqui eu já acho uma falha mesmo da série), é o fato de cada história ser mal desenvolvida, mal planejada, vaga, rasa, pobre, sem um aprofundamento que pudéssemos sentir o peso de cada acontecimento de cada personagem envolvido. Por exemplo: temos três personagens com histórias distintas que começou e terminou nessa temporada, e de forma totalmente rasa e aleatória. Que é o caso da personagem Jiao (Diana Bang), a garota presa no porão, o Zack Shelby e o Jake Abernathy. Sinceramente eu não sei o que os roteirista pretendiam, mas acredito que eles queria impactar, queriam nos surpreender com mortes repentinas quando não estivéssemos esperando, com de fato aconteceu. Eu entendo o fato de não quererem construir uma temporada ou mais elaborando subtramas e desenvolvendo histórias paralelas com a trama central, mas você não pode simplesmente jogar vários personagens em uma série, tentar construir uma história diferente pra cada um, onde você desperta o interesse do espectador, e simplesmente decidir matar o personagem assim do nada, só pra gerar impacto sem a mínima coerência. Eu achei um erro grotesco do roteiro da série.

Tecnicamente a série é muito boa!
Acredito que a direção de arte é o principal destaque aqui, e muito por construir cenários fiéis com o clássico e encaixá-los com harmonia na forma moderna adotada pela série. A fotografia é bem destacada, bem organizada, muito bem projetada em cada cena. Assim como a trilha sonora, que acompanha bem a série em sua versão modernizada.

"Bates Motel" é a série dramática com roteiro original de maior duração na história do canal A&E. Os atores principais da série, Vera Farmiga e Freddie Highmore, receberam elogios especiais por suas atuações na série, com a Vera recebendo uma indicação ao Primetime Emmy Award e ganhando o Saturn Award de Melhor Atriz de Televisão. A série também ganhou três People's Choice Awards de Drama Favorito de TV a Cabo e de Atriz Favorita de TV a Cabo (Vera Farmiga) e Ator (Freddie Highmore).

A primeira temporada recebeu críticas positivas dos críticos: no Metacritic, a temporada detém uma pontuação de 66 em 100, com base em 34 críticos, indicando "críticas geralmente favoráveis". No agregador de resenhas Rotten Tomatoes, a temporada tem uma classificação de 84% "fresco certificado" com uma pontuação média de 7,11/10, com base em 43 resenhas. O consenso crítico do site diz: "Bates Motel utiliza manipulação mental e táticas de medo de suspense, além de um trabalho de personagem consistentemente nítido e relacionamentos familiares maravilhosamente desconfortáveis".

A primeira temporada de "Bates Motel" é muito boa, muito bem apresentada, com um início bastante cativante, onde conta com um ótimo elenco e ótimas apresentações. Acredito que a temporada deixa muito a desejar no quesito roteiro, por querer contar várias histórias todas ao mesmo tempo e no fim não desenvolver e não finalizar nenhuma com coerência e relevância. Porém, ainda assim eu acredito que a série tem potencial para desenvolver melhor os roteiros das próximas temporadas e entregar uma série que no fim honre o nome de uma das maiores franquias de suspense de todos os tempos - "Psicose". [03/09/2023]
Adriano Silva
Adriano Silva

1.604 seguidores 478 críticas Seguir usuário

Crítica da 2 temporada
4,0
Enviada em 26 de setembro de 2023
TEM SPOILERS!

Bates Motel (2ª Temporada) 2014

A segunda temporada de "Bates Motel" teve novamente 10 episódios e estreou na TV a cabo A&E em 3 de março de 2014. A temporada foi ao ar às segundas-feiras às 21h e foi concluída em 5 de maio de 2014.

Em sua segunda temporada, "Bates Motel" continua na mesma linha da temporada passada, porém constrói uma história mais complexa e com várias subtramas. Temos novos conflitos que envolve, dessa vez, duas famílias que controlam as plantações de maconha da cidade de White Pine Bay. Dentro desse contexto, Norma (Vera Farmiga), Norman (Freddie Highmore) e Dylan (Max Thieriot) se encontram em situações delicadas.

A segunda temporada gira em torno de situações distintas: Norman fica obcecado em uma espécie de trauma pessoal referente à morte da professora Blaire Watson (Keegan Connor Tracy), que aconteceu no final da temporada passada. O passado sombrio de Norma se volta contra ela com o aparecimento de seu misterioso irmão. Bradley Martin (Nicola Peltz) está obcecada na busca pelo verdadeiro assassino de seu pai. Emma Decody (Olivia Cooke) vive seu drama pessoal ao se sentir excluída da família Bates, e logo se envolve em um novo interesse amoroso. Já o Xerife Alex Romero (Nestor Carbonell) se vê ameaçado ao ser perseguido e descoberto em suas investigações.

O primeiro episódio é muito bom e já se destaca relevando alguns segredos que até então estavam guardados:
Norman não se conforma com a morte da Sra. Watson e não consegue se desprender desse acontecimento, passando a visitar seu túmulo no cemitério constantemente. Isso, claro, incomoda muito a Norma. No enterro da Sra. Watson o Norman chora copiosamente, talvez por culpa ou por remorso. Assim como o cinto do Keith Summers, Norman também guarda o colar da Sra. Watson. Bradley está totalmente descontrolada e transtornada pela morte do pai, o que a leva a tentar um suicídio ao se jogar de uma ponte, principalmente pelo fato dela ter descoberto que o seu pai estava tendo um caso com a Sra. Watson. Nesse ponto é interessante nos atentarmos que Bradley havia encontrado algumas cartas de amor que seu pai estava trocando com uma mulher que se identificava apenas como "B" (Blaire Watson). Norman está cada vez mais se dedicando ao empalhamento de animais no porão de sua casa. Bradley recebe alta do hospital psiquiátrico em que estava internada e quer buscar vingança contra o assassino de seu pai. E aqui temos um final de episódio surpreendente, que é justamente a Bradley indo até a casa de Gil Turner (Vincent Gale) e o matando com um tiro na testa. Ela havia descoberto que ele era o assassino de seu pai.

O segundo episódio mostra a Norma preocupada com aquela obsessão doentia de Norman pela morte da Sra. Watson, o que a leva a convencê-lo a participar de uma peça musical na cidade. Após ter matado o assassino de seu pai, Bradley se vê desesperada e busca a ajuda de Norman, que a esconde no porão de sua casa. Ela quer a ajuda de Norman para fugir da cidade, e com isso o Dylan, atendendo um pedido de Norman, ajuda ela a fugir. Com a morte de Gil a cidade fica bastante impactada, já que Zane Morgan (Michael Eklund), o chefe de Dylan, acredita que tem uma outra família no ramo das drogas, liderada por Nick Ford (Michael O'Neill), que está envolvida com o ocorrido, o que gera uma guerra de drogas na cidade.

A temporada segue nos mostrando o empenho da Norma na luta contra a construção da nova estrada. E podemos notar que finalmente o Bates Motel está prosperando, ao começar a receber hóspedes (mesmo aqueles hóspedes estranhos). Norma toma uma atitude de certa forma até precipitada, ao tomar conhecimento que o conselho da cidade fará uma reunião sobre o tema, e ela decidir confrontar os superiores expondo o seu descontentamento com a construção da estrada. De certa forma podemos até entender esta postura da Norma, já que realmente aquela nova estrada interferiria diretamente no movimento do seu Motel. Porém, a forma como ela contesta em seu discurso acaba sendo confrontada pelo pelo vereador Lee Berman (Robert Moloney), onde logo ela perde o controle da situação e acaba expondo as atividades ilegais que existem na cidade (o império da maconha).

Nos episódios seguintes temos uma revelação enigmática, que é justamente o aparecimento do irmão da Norma, Caleb Calhoun (Kenny Johnson). E este aparecimento revive lembranças traumáticas para Norma, o que a leva a revelar um segredo do seu passado. Em contrapartida Caleb tenta se aproximar de Dylan, que o leva até a casa da Norma, causando uma trágica situação com a própria Norma quando chega e dá de cara com seu irmão dentro de sua casa. Norma fica transtornada ao ver o irmão e o expulsa da sua casa. Em uma discursão Norma revela que ela era estuprada pelo seu irmão quando tinha 13 anos. Logo após ela revela que ele é o pai de Dylan. Na sequência temos outra cena impactante, que é justamente o momento em que Norma revela para Dylan que Caleb é o seu pai.

Temos outra revelação traumática para Norman, que acontece justamente quando Emma leva para ele a notícia de que Bradley havia se suicidado e deixado um bilhete junto com suas roupas na margem da praia (este foi um acordo que Bradley havia feito com Dylan antes dela fugir da cidade). Norman fica visivelmente transtornado com esta notícia referente a Bradley. A partir daí Norman começa uma amizade com Cody Brennan (Paloma Kwiatkowski). Cody conhece Norman em um mercado, quando ele estava fazendo compras para preparar um disfarce para a fuga de Bradley. Logo esta amizade toma um outro rumo, quando Norman transa com Cody, o que faz com que os dois se aproximem e Norman começa a tomar conhecimento da complicada vida de Cody, mas como ela é uma jovem rebelde, Norma não quer que o filho conviva com ela.

Cody tem uma importante participação na temporada ao colaborar (de forma negativa) no despertar dos "apagões" de Norman (um espécie de estado traumático, um transe psicótico). E justamente a Cody convence Norman a ir até o motel que Caleb estava hospedado e confrontá-lo (após Norman ter revelado este segredo para ela). A intenção de Cody era que Norman desse um susto em Caleb na intenção que ele se afastasse de Norma, porém Norman acaba desistindo da ideia no meio do caminho, onde logo após ele tem o seu primeiro apagão. Depois Norman volta até lá e confronta Caleb. Incrível que logo vemos como Norman entra em transe e passa a se identificar com as memórias da mãe diante de Caleb, que sofreu os abusos, como se ele fosse a Norma em um estado psicótico. Nesse mesmo episódio temos um final que revela que em meio a todas as questões investigativas que o Xerife Romero passou, ele acaba tendo a sua casa incendiada e ele precisa passar um tempo morando em um dos quartos do Motel Bates.

Norma se torna amiga de Christine Heldens (Rebecca Creskoff), a ex-diretora daquela peça musical que ela levou o Norman, e até comparece a uma festa na casa dela. A partir dessa amizade Christine leva Norma para a vida social de White Pine Bay. É interessante que a partir dessa amizade com Cristine, Norma conhece o misterioso Nick Ford, que também se mostra contra a construção da nova estrada. Norma acaba se envolvendo com Nick Ford sem saber que ele é o chefe da outra família de drogas, rival daquela para quem Dylan trabalha. Norma acaba entrando em uma teia de aranha com este envolvimento, ao aceitar a ajuda de Nick Ford onde rapidamente a construção da estrada é paralisada. O maior problema para Norma é que Nick Ford acaba cobrando a ajuda que ele deu para ela, e isso traz um problema seríssimo para Norma.

O quinto episódio nos mostra como Dylan precisa lutar por sua vida na guerra iniciada por Zane. Como o Xerife Romero foi se hospedar no Motel Bates, com o contato diário a sua relação com Norma vai aos poucos melhorando. Logo temos mais uma nova personagem chegando na série, trata-se da misteriosa Jodi Morgan (Kathleen Robertson), a irmã de Zane, que já se auto intitula como a verdadeira chefe de Dylan. Norma está cada vez mais se envolvendo com a política da cidade, o que lhe traz sérios problemas. Os constantes apagões de Norman acaba preocupando à todos, principalmente a Norma, que sabe os reais motivos desses apagões mas se recusa a contar a verdade para ele. O sexto episódio termina justamente em uma discursão entre Norman e Cody, quando o pai da Cody aparece e entra na discursão, e na sequência Norman acaba o empurrando da escada, matando o pai da Cody.

O sétimo episódio nos revela que Norman foi considerado inocente pela a morte do pai da Cody, que foi considerado como um acidente (e na real não foi). Cody rompe a amizade com Norman e vai morar com a tia em outra cidade. Por fim é confirmado, através de um exame, que o sêmen no útero da Sra. Watson é de Norman Bates, o que prova que foi ele mesmo quem a matou. E logo após temos a cena que revela que Norman fez sexo com a Sra. Watson naquela noite e depois cortou sua garganta com um canivete. Já no último episódio da temporada temos aquela já famosa matança descontrolada, que é justamente o Nick Ford sendo morto pelo Dylan. E logo após temos o resgate do Norman do cativeiro em que ele estava preso. No fim vemos que Norman está sempre com sua mãe dentro da sua mente, como se ela o controlasse o tempo todo, o fazendo negar até o seu assassinato da Sra. Watson. Gostei muito desse final de temporada.

Porém: a segunda temporada de "Bates Motel" continua insistindo nos mesmos erros da temporada anterior, que é justamente no desenvolvimento do roteiro, por novamente querer contar várias histórias todas ao mesmo tempo e no fim não desenvolver bem nenhuma. Por exemplo: em cada temporada aparece uma figura para ser o grande vilão do final de temporada (o que pode ser normal). Na primeira temporada foi o Jake Abernathy (Jere Burns) e nessa temporada é o Nick Ford. Me parece mais uma tentativa forçada de querer sempre por obrigação implantar um grande vilão, o manda-chuva, o big boss, sempre com aquele ar de poderoso, de superior, e no fim terminar como um morto qualquer sem nenhum sentido. No fim o grande vilão de temporada não passa de um personagem raso, falho e sem nenhuma relevância para o contexto da temporada e principalmente da série.

Outro ponto: criam histórias na primeira temporada e não tem uma relevância na próxima; como no caso do assassinato de Keith Summers, que foi completamente esquecido. A história da morte do pai da Bradley até deram uma certa continuidade nessa segunda temporada, mas depois esqueceram, e muito pelo fato da própria Bradley ter fugido da cidade (mas acredito que ela voltará na próxima temporada). Parecem que querem contar tantas histórias ao mesmo tempo que se perdem em diversas vezes e não dão continuidades e nem finalizam nenhuma, todas ficam como pontas soltas. Várias histórias paralelas que tiram o foco da série, como essa briga das gangues de maconha. Todo esse envolvimento da Norma com o Nick Ford na tentativa de ajudá-la com a estrada nova, o que resultou em todo esses arcos de histórias paralelas, rasas, falhas e sem sentido. Tudo isso só para integrar cada vez mais personagens na série, o que fatalmente mascara a história principal e faz com que toda essa inserção de novos personagens faz com que os protagonistas apareçam menos.

Sobre o elenco:
Vera Farmiga (atualmente em cartaz nos cinemas em "A Freira 2") é novamente o grande destaque da temporada. Dessa vez ainda mais atuante nos comportamentos e atitudes de Norman, o que começa a trazer cada vez mais problemas para ele. Mais uma excelente atuação de Vera Farmiga.
Freddie Highmore ("The Good Doctor"), assim como a Vera, é também mais um belíssimo destaque da temporada. Nessa temporada o Norman começa a lidar com os seus constantes apagões, o que logo resulta em seus transes psicóticos. Ele passa a reviver e conviver cada vez mais com as memórias de sua mãe, ou seja, praticamente se transformando nela. Aquela cena no final da temporada, com ele esboçando aquele olhar e aquele sorriso, é sensacional. Nos mostra o grandioso talento que Freddie Highmore tem.
Max Thieriot ("SEAL Team") está melhor nessa temporada e muito mais participativo. Ele tem participações cruciais em vários pontos importantes dentro da história. Nicola Peltz ("Transformers: A Era da Extinção") tem uma transformação gigantesca nessa temporada. Ela deixa de ser aquela patricinha mimada da primeira temporada e passa a ser uma personagem muito importante dentro do contexto da série. Aquelas cenas em que ela aparece descontrolada no carro e logo após se jogando da ponte, é genial. Sem falar na cena em que ela vai toda sedutora e vestida para matar - maravilhosa!
Olivia Cooke ("Jogador Nº1") novamente tem sua importância dentro da temporada (assim como na anterior), mas eu confesso que esperava mais da sua personagem. Sinceramente, eu queria ver a Emma mais participativa nos pontos cruciais da história, que ela fosse mais fundamental (como no início da temporada passada, nas investigações sobre a garota asiática). Mas aqui me parece que ela tem seus momentos de destaques, tem novamente a sua paixão, mas no fim ela se sente excluída e passa a ser escanteada.
Nestor Carbonell ("The Morning Show") tem uma participação muito mais relevante nessa temporada. O Xerife Romero tem participações mais fundamentais na história e sua aproximação com a Norma pode resultar em novas subtramas nas próximas temporadas. Não posso deixar de destacar a excelente participação de Paloma Kwiatkowski, que trouxe uma personagem muito importante para o desenrolar da temporada.

A segunda temporada de "Bates Motel" recebeu críticas positivas de críticos de televisão, e o episódio de estreia atraiu um total de 3,07 milhões de espectadores. A série foi renovada para uma terceira temporada depois que cinco episódios da segunda temporada foram ao ar. Por sua atuação, Vera Farmiga recebeu indicações para o Critics' Choice Television Award de Melhor Atriz em Série Dramática e o Saturn Award de 2014 para Melhor Atriz na Televisão.

A segunda temporada de "Bates Motel" recebeu uma pontuação de 67 em 100 no Metacritic, a partir de 11 comentários. O Rotten Tomatoes relatou uma classificação de 86% a partir de 12 comentários para a segunda temporada.

Apesar das falhas de roteiro e do desenvolvimento das histórias paralelas serem vagas e rasas, esta temporada continua em um bom nível de suspense, de mistério, conseguindo um bom aprofundamento no drama e na construção do terror psicológico. É interessante notar esse relacionamento que soa tóxico e doentio entre mãe e filho, o que logo nos leva a perceber que esse estado de possessão controladora da Norma é o principal fio condutor para o desenvolvimento dos comportamentos psicóticos do Norman. É também a partir dessa temporada que começamos a notar as principais diferenças comportamentais do Norman, o que logo resultará na sua transformação em um dos maiores maníacos e psicopatas da história do cinema.

Por fim, "Bates Motel" consegue novamente nos entregar uma boa temporada (por mais que persista no mesmos erros da anterior), com uma boa história central que começa a tomar o principal rumo da série, e uma boa construção em elementos que poderá ser melhor utilizados nas próximas temporadas. [24/09/2023]
Adriano Silva
Adriano Silva

1.604 seguidores 478 críticas Seguir usuário

Crítica da 3 temporada
4,0
Enviada em 13 de outubro de 2023
TEM SPOILERS!

Bates Motel (3ª Temporada) 2015

A terceira temporada de "Bates Motel" é novamente constituída em 10 episódios e foi transmitida pela A&E de 9 de março a 11 de maio de 2015, com exibição às segundas-feiras às 21h.

Na primeira e na segunda temporada de "Bates Motel" tivemos o início e o desenvolvimento da psicose de Norman Bates (Freddie Highmore). Ou seja, podíamos notar os primeiros indícios do seu lado psicótico, que de fato ainda acontecia em casos mais raros. Nessa terceira temporada esse quadro se agrava ainda mais, ficando cada vez mais específico e tomando uma proporção ainda maior. Norman passa a sofrer apagões mais constantes e passa a ter vagas memórias de suas ações nos momentos desses apagões. É como se ele sofresse para distinguir as criações de sua mente daquilo que realmente aconteceu.

O primeiro episódio já inicia de forma bastante peculiar com uma cena intrigante do Norman dormindo na cama com a Norma (Vera Farmiga), o que deixa o Dylan (Max Thieriot) incomodado ao presenciar esta situação. E mais bizarro ainda é o fato do Dylan confrontar a Norma sobre o caso e ela simplesmente dizer que acha isso tudo normal. É justamente nessa temporada que passamos a observar um comportamento cada vez mais estranho do Norman com sua mãe. Era como se o Norman sentisse algum tipo de desejo pela mãe, e ela em contrapartida acaba contribuindo para esse seu comportamento. Outro fato intrigante é justamente a cena em que a Norma recebe um telefonema informando que sua mãe havia falecido, e ela fica incomodada mas reage naturalmente como se não se importasse. E é muito curiosos a Norma dizer que não liga para o fato da morte de sua mãe por já ter 20 anos que não fala com ela, porém ela sofre com essa notícia por algum trauma do passado.

Norman ainda não superou a morte da professora Blaire Watson (Keegan Connor Tracy) e não consegue voltar para a escola, porém sua mãe o obriga. Várias plantações de maconhas da cidade foram queimadas pela narcóticos. Muito estranha essa atitude do Norman em querer namorar com a Emma (Olivia Cooke) agora, depois de tanto tempo. Eu acho que isso foi uma atitude tomada por pena dela, por ela ter informado que sua doença progrediu bastante. Norman decide largar a escola e passar a estudar em casa, sendo uma atitude apoiada pela sua mãe. Emma toda encantada pelo início do namoro também decide seguir os mesmos passos do Norman e também abandona a escola. Uma hóspede misteriosa chega no Motel e deixa o Norman bem impressionado. A garota se chama Annika Johnson (Tracy Spiridakos) e acaba revelando para o Norman que ela é uma garota de programa e está na cidade por causa de uma festa.

Temos o primeiro mistério da temporada: o desaparecimento de Annika. Como sempre acontece, o desaparecimento da moça levanta uma grande tensão na cidade. O fato do Norman ter retornado para o Motel no carro da moça deixa a Norma com vários pensamentos em relação ao seu filho. Norma vai investigar o local da festa que Annika disse que iria e acaba descobrindo a verdade sobre o Arcanum Club. A relação de Dylan e Caleb (Kenny Johnson), que retornou para a cidade após a morte de sua mãe, não está nos melhores dias. E pra piorar a situação, eles encontram um vizinho bem misterioso. O Xerife Romero (Nestor Carbonell) vai embora do Motel pelo fato da sua casa ter ficado pronta após 3 meses de hospedagem. Norma fica visivelmente chateada com a partida de Romero.

Como o Norman foi a última pessoa que esteve com a Annika antes de seu desaparecimento, o Xerife Romero decide investigá-lo. Norma hesita quando Romero faz perguntas complicadas a Norman. Norman está sofrendo uma pressão psicológica muito grande da mãe, ao ponto de deixá-lo completamente transtornado. A partir daí temos algumas revelações curiosas na temporada; como o fato do Xerife Romero conhecer o seu adversário para reeleição. Um corpo de uma garota misteriosa foi encontrado boiando em um lago da cidade, o que fatalmente pensaríamos que pudesse ser o corpo de Annika. Mas não era o corpo de Annika, era de outra garota, já que Annika reaparece no Bates Motel gravemente ferida e entrega um pen drive para a Norma e morre ali mesmo em seus braços.

A cidade de White Pine Bay continua com suas mortes misteriosas. O Xerife Romero investiga as mortes misteriosas de Lidsay e Annika, as duas garotas assassinadas que trabalhavam no Arcanum Club. Segredos enterrados vêm à tona para Caleb e Dylan. Norma decide voltar para a faculdade e acaba conhecendo o professor James Finnegan (Joshua Leonard). James por sua vez acaba se envolvendo com Norma e passa a conhecer um pouco dos seus problemas familiares, o quê ele se arrependeu mortalmente. A relação do Xerife Romero com a Norma tinha tudo para dar certo, mas a constante desconfiança dele sobre ela e o Norman impossibilita essa aproximação. E o fato da própria Norma querer acobertar o filho a todo custo acaba dificultando cada vez mais essa aproximação.

Em cada temporada temos a figura de um vilão, aquele maioral que dá as cartas na cidade de White Pine Bay. Nessa temporada esta figura é o misterioso Bob Paris (Kevin Rahm). Bob é o dono do Arcanum Club, que dá grandes festas na cidade regado a orgias sexuais e várias personalidades importantes. Mais tarde descobrimos que Bob é o homem responsável pela morte das duas garotas, além de ter colocado um concorrente ao posto de Xerife no caminho de Romero, e ter planejado uma tentativa de assassinato do próprio Romero. A principal subtrama da temporada consiste no Bob Paris em resgatar aquele pen drive que a Annika deu para a Norma em seu leito de morte. Este pen drive possui um conteúdo sigiloso que envolve todo o reinado de Bob Paris na cidade.

Por outro lado, Dylan faz uma tentativa de pedir para a Norma considerar falar com seu irmão Caleb. Esta tentativa não deu certo, já que a Norma ficou revoltada e acabou saindo de casa. Norma realmente considera uma vida fora de White Pine Bay, deixando Norman em uma posição vulnerável. Com a saída da Norma de casa, Norman ficou completamente transtornado, o que aproximou Dylan e Emma quando ambos se uniram para ajudar o Norman. O Xerife Romero descobre sobre a sua tentativa de assassinato e assim ele consegue ir atrás do seu concorrente no cargo de Xerife e matá-lo (uma cena espetacular, diga-se de passagem). Norma se encontra totalmente desequilibrada e perdida emocionalmente. Aquela cena com ela indo até o Caleb e o perdoando diz muito a respeito.
Preciso destacar uma cena do sexto episódio: que é a cena com a Norma chegando na agência de carros e pedindo para trocar seu carro. Logo me lembrou a mesma cena que aconteceu no filme clássico de 1960.

Com a aproximação de Dylan e Emma, ele acaba descobrindo notícias chocantes sobre a saúde de Emma. Emma precisa de um transplante de pulmão urgente ou poderá morrer e Dylan está tentando ajudá-la. Caleb e Dylan aceitam um trabalho que envolve certo risco. Dylan pretende vender toda a entrega de maconha para o transplante de pulmão da Emma. Incrível como Norman sente ciúmes das pessoas que a Norma dorme, como ele implica com ela, sente desejos sexuais por ela, e ainda olha seu corpo de relance.

Surpreendendo um total de zero pessoas, Bradley Martin (Nicola Peltz) está de volta. Esta volta de Bradley na série é bem questionável, e ela volta a atormentar o Norman com as suas loucuras. Dylan dá 50 mil dólares para o pai da Emma para a sua cirurgia. Emma tem uma reação surpreendente a notícias aparentemente positivas sobre sua chance de fazer o transplante de pulmão, mas ela não sabe que foi o Dylan que pagou. Parece rolar uma química entre o Dylan e a Emma, e finalmente rola um beijo entre eles. Eu acho que o Dylan se mostrou muito mais preocupado com o estado de saúde da Emma do que o Norman. Disto isto: eu prefiro muito mais o casal Emma e Dylan do que Emma e Norman.

Norma chega ao limite com os problemas de Norman e decide que quer interná-lo em uma clínica psiquiátrica. No final da temporada temos a morte de Bob Paris pelo Xerife Romero. Também temos Norman em um estado psicótico quando incorpora sua mãe e mata a Bradley. No final Norman faz exatamente como no filme clássico: ele coloca o corpo da Bradley no porta-malas do carro e o empurra até um lago. E assim termina a terceira temporada de "Bates Motel".

Um dos principais problemas das temporadas anteriores era exatamente na questão do roteiro, por querer contar várias histórias todas ao mesmo tempo e no fim não desenvolver bem nenhuma. Especificamente nessa temporada não temos este problema relacionado ao número de histórias paralelas desnecessárias. Temos algumas subtramas, é claro, como no caso do Bob Paris e sua incansável busca pelo pen drive. Que sim, foi uma história paralela bem desnecessária e totalmente cansativa, por se repetir demais. Mas eu confesso que no geral esta terceira temporada é mais direta ao ponto, é mais centrada na trama principal, que é justamente o desenvolvimento tóxico do Norman e da Norma. A história principal de "Bates Motel" tem uma alavancada nessa temporada justamente pelos problemas mentais de Norman se aflorarem e ele ficar cada vez mais descontrolado.

Porém, o excesso de personagens desnecessários é um ponto que me incomoda bastante na série. Nessa terceira temporada não é diferente, temos vários personagens desnecessários, que são trazidos para a série apenas para servirem de muletas para o desenvolvimento de uma história de um personagem principal da série. Como no caso das personagens Lidsay e Annika, e aquele postulante ao cargo de Xerife da cidade, que serviram de muletas para o encaixe do personagem Bob Paris na temporada. Bob Paris por sua vez é mais um personagem desnecessário que mantém aquele legado de vilão de temporada que é sempre morto no final. Na primeira temporada foi o Jake Abernathy (Jere Burns), na segunda temporada foi o Nick Ford (Michael O'Neill) e nessa temporada é o Bob Paris.
Uma personagem que foi extremamente importante na série, que teve a sua época, e que foi trazida de volta nessa temporada se tornando uma personagem completamente desnecessária, é exatamente a Bradley Martin. Quando a Bradley foi embora da cidade o seu retorno era só questão de tempo, e eu tinha certeza que isso mais cedo ou mais tarde iria acontecer. Bradley teve o seu auge e a sua relevância nas temporadas passadas, principalmente na segunda temporada, mas a sua volta nessa terceira temporada foi completamente infundada e desnecessária, servindo apenas para compor mais uma morte do Norman. Eu não duvido nem um pouco se nas próximas temporadas não irão trazer de volta a Cody Brannan (Paloma Kwiatkowski) para servir de vítima para o Norman.

Sobre o elenco:
Vera Farmiga como sempre é o principal destaque da temporada e da série. Em cada temporada é cada vez mais notável o seu crescimento e o desenvolvimento impecável de sua personagem Norma Louise Bates.
Freddie Highmore só cresce na série cada vez mais. Incrível como o Freddie vem em uma constante crescente, em uma constante evolução, que só melhora e nos surpreende em cada temporada. Especificamente nessa temporada a dupla Vera Farmiga e Freddie Highmore estão com mais sintonia e com mais química, cujo as cenas onde ambos estão contracenando juntos é tomada por um forte clima de tensão e desconforto para nós espectadores.
Max Thieriot ganha mais espaço na trama e logo seu personagem ganha mais destaque pelo o local que ele ocupa na série.
O mesmo vale para o Nestor Carbonell, que também se destaca em razão da importância que seu personagem tem com os vários problemas que surgem ao longo da temporada.
Olivia Cooke continua na mesma linha da temporada passada, com uma participação mais contida, mas eu confesso que fiquei bastante animado com as possibilidades da personagem para a quarta temporada. Já que agora temos uma aproximação da Emma com o Dylan e logo ela fará o transplante de pulmão.
Kenny Johnson finalmente consegue conquistar o seu espaço na série, e algo me diz que ele será importante nas próximas temporadas.
E pra finalizar o elenco, Nicola Peltz, que voltou para a série apenas para compor o final da temporada com o Norman liberando toda a sua fúria e descontrole do seu lado psicótico.

A terceira temporada de "Bates Motel" recebeu 72 de 100 da Metacritic, com base em 5 críticas de críticos de televisão, indicando "críticas geralmente favoráveis". O Rotten Tomatoes relatou que 11 das 12 respostas críticas foram positivas, com média de 92% da classificação." O episódio de estreia da temporada atraiu um total de 2,14 milhões de telespectadores. Por suas atuações nesta temporada, Vera Farmiga e Freddie Highmore foram indicados ao Critics' Choice Television Awards de Melhor Atriz e Melhor Ator em Série Dramática, respectivamente. A terceira temporada ficou em quarto lugar na lista de final de ano dos principais programas ao vivo + 7 dias da Nielsen, ganhando uma média de 201,8% de espectadores em DVR.

Tecnicamente a temporada também se destaca:
A trilha sonora é boa e agrega bastante na história. A fotografia se sobressai em cada cena apresentada. A direção de arte é muito bem representada. A edição é muito boa, assim como a mixagem de som. Cada detalhe técnico conta muito para a qualidade da temporada e consequentemente da série.

A terceira temporada de "Bates Motel" melhora em relação as temporadas anteriores. E muito dessa melhoria se dá exatamente por focar mais na trama central e deixar um pouco de lado as inúmeras histórias paralelas e desnecessárias. A temporada também se sobressai na questão da construção e no desenvolvimento do Norman Bates, que se mostra cada vez mais psicótico e insano, que vai perdendo o seu autocontrole gradativamente com o passar do tempo. No começo o Norman se mostrava assustado e coagido pelos seus apagões e a sua dupla personalidade, agora ele já parece dominar o seu caráter imprevisível, dúbio, e parece cada vez mais a vontade ao explorar a sua mente psicótica.
Esta temporada é também a responsável em nos elucidar sobre o comportamento e as atitudes da Norma Bates em relação ao seu filho. Que logo nos mostra quem é a verdadeira personalidade psicopata da história.

Acredito que agora a série irá crescer cada vez mais nas próximas temporadas. Potencial sempre teve, só não estava sendo totalmente explorado. [12/10/2023]
Adriano Silva
Adriano Silva

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Crítica da 4 temporada
4,5
Enviada em 28 de outubro de 2023
TEM SPOILERS!

Bates Motel (4ª Temporada) 2016

A quarta temporada de "Bates Motel" estreou em 7 de março de 2016 e terminou em 16 de maio de 2016. A temporada continua com o padrão de 10 episódios e foi ao ar às segundas-feiras às 21h pela A&E.

Posso afirmar aqui que as duas primeiras temporadas da série funcionou basicamente como uma apresentação de personagens, mais propriamente um desenvolvimento do Norman Bates (Freddie Highmore) e da sua mãe, Norma Louise Bates (Vera Farmiga). De certa forma a série estava tentando se achar como uma série moderna inserida em todo o universo do clássico "Psicose". Na terceira temporada a série começa a tomar um novo rumo, na verdade a série começa a trilhar o caminho principal de toda a história, e passa a focar ainda mais nos indícios psicóticos de Norman Bates. Esta quarta temporada se destaca como a melhor temporada da série até aqui, e muito por mergulharmos de vez no estágio mais crítico da relação tóxica e doentia entre Norman e Norma. É uma temporada que abrange diretamente o embate entre mãe e filho, e nos mostra todas as facetas de um Norman muito inteligente porém extremamente cético e manipulador para conseguir alcançar os seus principais objetivos.

A temporada já inicia nos mostrando os resquícios do final da temporada passada, onde temos o Xerife Alex Romero (Nestor Carbonell) desovando o corpo de Bob Paris (Kevin Rahm), que ele mesmo matou, em um barco no mar. Norman está desaparecido de casa desde o final da temporada passada, quando ele matou a Bradley Martin (Nicola Peltz) e disse que voltaria a pé para sua casa. Exatamente nesse ponto do primeiro episódio que Norman se mostra totalmente descontrolado e desequilibrado, onde sua liberdade passa a ser considerada como uma ameaça para a sociedade, caso Norma não o interne em uma clínica psiquiátrica. Já pelo outro lado da história temos a Emma Decody (Olivia Cooke), que está internada em um hospital em Portland pronta para realizar seu transplante de pulmão.

Este primeiro episódio já se destaca como muito importante e bastante revelador para o contexto de toda a história. Pois é justamente nele que temos o aparecimento repentino de Audrey Ellis (Karina Logue), a mãe que abandonou a Emma enquanto ela era uma criança doente. Interessante que Audrey tem uma pequena participação na história, pois no final do episódio o Norman já mata ela enforcada. Porém, o que chama a atenção é justamente o envolvimento que Audrey criou e como ela se torna um dos pilares centrais para o desentendimento entre Norma e Norman.

Podemos considerar que finalmente Norma percebe que o caso do seu filho é sério e que ele precisa de ajuda médica. Já que Norman passa a ter um comportamento que afeta diretamente a relação com a mãe e sempre a deixa extremamente irritada. Aqui entra um ponto bastante curioso na temporada, que é justamente esse abrupto casamento entre Romero e Norma, já que ela precisava de ajuda com o plano de saúde para conseguir a internação do Norman na clínica psiquiátrica Pineview. A princípio podemos notar que este casamento é totalmente de fachada, já que era por puro interesse por parte da Norma, mas com o tempo eles vão se entendendo e acabam realmente se apaixonando. Norman atinge o ápice do seu surto psicótico contra Norma, ao apontar uma arma para ela, e o Romero o encaminha para o instituto.

Esta temporada funciona muito bem em mesclar a trama principal envolvendo o Norman, a Norma e o Xerife Romero, com a subtrama do Dylan (Max Thieriot) com a Emma. Emma já fez a sua cirurgia e tudo foi um sucesso. E aqui temos uma cena muito boa, que é justamente a cena em que a Emma retira os aparelhos de respiração após a cirurgia e vemos o quanto o Dylan se preocupa com ela, quando ele fica desesperado com ela não respirando. Dylan pensa em seu futuro com a Emma, já que seu relacionamento começa a fluir. Realmente ele está pensando em abandonar o ramo dos negócios com maconha e viver este romance.

Na clínica o Norman começa apresentando bastante resistência em seu tratamento com o Dr. Edwards (Damon Gupton). Porém com o tempo ele passa a aceitar as novas circunstâncias que lhe é designado. Sinceramente eu não acho que Norman aceitou, ele simplesmente está usando todo o seu poder de manipulação, principalmente com o Dr. Edwards. Podemos observar justamente essa questão quando Norman começa a agir com naturalidade as exigências da clínica, e principalmente quando ele conhece aquele seu novo "amigo" e juntos embarcam em uma aventura ao fugir da clínica. De qualquer forma logo Norman entra em outro surto psicótico e revela alguns dos seus segredos ao Dr. Edwards, e vai ainda mais além, quando ele decide denunciar sua mãe em relação as mortes que ocorreram. Norman revela que acredita que todos os assassinatos dos quais ele é o autor foram, na verdade, cometidos por sua mãe, quem realmente precisava de ajuda era ela, e não ele. Esta é uma cena emblemática em toda a série.

Outro ponto que a temporada aborda, e parece bem interessante, é esse relacionamento íntimo e de negócios que o Xerife Romero mantinha com a gerente do Banco Rebecca Hamilton (Jaime Ray Newman). Rebecca era a responsável em lavar o dinheiro para o Bob Paris. Ela revela ao Romero que Bob deixou uma grande quantia no banco, e que ela tem uma das chaves do cofre enquanto ele tem a outra (e realmente ele tinha). A partir desse envolvimento, a DEA passa a usar a Rebecca e passa a levantar uma investigação criminal que ameaça a vida de Romero.

O personagem Chick Hogan (Ryan Hurst) entre em cena ao perseguir a Norma em uma loja. Por fim, Chick revela tudo sobre Caleb (Kenny Johnson) para Norma, explicando para ela tudo que Caleb fez com ele. Norma fica preocupada com o que poderá acontecer com Caleb e ameaça Chick. Pegando este gancho, Norma revela a verdade para Romero sobre seu irmão Caleb ser o pai de Dylan. Ela também revela que teve um relacionamento com ele durante anos e ela o amava, porém quando ela quis terminar tudo ele não aceitou e estuprou ela. Uma cena bem chocante, por sinal.

A estadia de Norman na clínica parecia correr bem até ele descobrir, através de recortes de jornais, que sua mãe havia se casado com o Xerife Romero. Imediatamente a chave em sua cabeça muda e Norman quer deixar a clínica de qualquer forma. Norman é extremamente manipulador e persuasivo, e ele usa de todos os seus meios para convencer o Dr. Edwards que precisava voltar para casa para ficar ao lado de sua mãe, que isso seria muito benéfico para ele e o ajudaria ainda mais no tratamento. Após o Norman fazer todo um teatro ele convence o Dr. Edwards a assinar a sua liberação da clínica. Romero não ficou nada feliz pela a Norma aceitar que o Norman voltasse para casa, ainda mais agora com ele morando com ela. A presença de Norman em casa incomoda muito o Romero, e a Norma fica dividida entre os dois, tentando agradar os dois. E realmente Norman está decidido por um fim no casamento de sua mãe com o Xerife, pois ele foi confrontar pessoalmente o Romero para pedir que ele se divorciasse de sua mãe. O maior erro da Norma como mãe é proteger demais o seu filho, como se ele fosse um cristal que vai se quebrar a qualquer momento. Essa proteção excessiva atrapalha em seu crescimento e desenvolvimento como uma pessoa adulta.

No oitavo episódio temos uma reedição de uma cena clássica de "Psicose": que é a cena com o Norman olhando pelo buraco da parede no Motel a sua mãe transar com o Romero. Na hora eu peguei toda a referência da obra-prima do mestre Hitchcock.

O nono episódio revela como o Romero e o Dylan pretendiam se unir para forçar uma nova internação do Norman, mesmo contra a vontade da Norma. Norman está conseguindo manipular a mãe com relação ao seu casamento com o Romero, ou ela está deixando ser manipulada, mesmo sabendo as reais intenções do filho. A obsessão do Norman pela Norma é tanto, que ele fechou todas as entradas e saídas de ar da casa, ligou o forno no porão e soltou uma espécie de gás venenoso saindo unicamente embaixo da cama onde ele e a mãe dormiam. A ideia dele era se matar e matar a própria mãe enquanto dormiam. O Romero chega na casa e quebra a janela para entrar um pouco de ar mas já era tarde. Norman acorda porém sua mãe não.

O último episódio da temporada é magnífico, facilmente o melhor episódio da temporada e um dos melhores de toda a série. Temos o Norman planejando um evento especial para o velório da Norma. Também somos informados que a intoxicação por monóxido de carbono foi o que matou a Norma, causado pelo Norman, e esta substância pode afetar a memória. A guerra entre Romero e Norman está declarada, ele quer tentar de qualquer jeito provar que o Norman é o responsável pela morte da mãe. Norman parece conseguir manipular todos em sua volta, menos o Romero, que é astuto, inteligente e muito sagaz. Os últimos eventos na temporada do Xerife Romero consiste em como ele é pressionado pelos seus atos no passado, o que acaba fechando o cerco e ele acaba terminando a temporada sendo preso.

O final do episódio é catártico, pois ele nos mostra como ocorreu toda a libertação de tudo que estava reprimido entre sentimentos e emoções do Norman em referência com sua mãe. A partir daí temos uma excelente sequência de cenas; que é justamente quando o Norman vai até o cemitério e desenterra o corpo da Norma e a leva para casa. Logo temos uma cena completamente bizarra e bem mórbida, onde o Norman cola os olhos da defunta da mãe. Agora ele passa a conviver com a presença dela morta como se estivesse viva, e conversando com ela normalmente e constantemente, algo bastante natural para ele. Esta parte segue bem um roteiro se baseando na história original, tanto do clássico dos anos 60 quanto da obra-prima da literatura de Robert Bloch.

Sobre o elenco:
Não tem como mais elogiar e enaltecer a Vera Farmiga em "Bates Motel". Ela já atingiu um ápice de excelência inimaginável dentro da série.
Já o Freddie Highmore sempre esteve em uma ótima performance em cada temporada, porém nessa quarta ele atinge um grau superior, o ápice do seu personagem, se destacando em todas as cenas. Incrível como o Freddie cresce de produção em cada temporada, e aqui ele entrega um nível de dramaticidade muito fiel com o contexto do seu personagem.
Max Thieriot tem uma temporada bem apagada, em comparação com os seus maiores destaques nas temporadas passadas. O roteiro dessa temporada não contribuiu com o Dylan, o limitando em poucas participações na trama central.
O mesmo vale para a Olivia Cooke, que também tem uma temporada bem discreta, se limitando apenas em torno do seu transplante e recuperação morando em outra cidade com o Dylan.
Nestor Carbonell está em sua melhor temporada na série. É completamente incrível o crescimento absurdo em questão de relevância que o Xerife Romero tomou. Em contrapartida a sua atuação só melhora e cada vez mais nos surpreende. Acredito que o ápice de sua performance será exatamente na quinta temporada, com a guerra declarada contra Norman Bates. Nestor Carbonell é um ator excelente.
Ryan Hurst tem uma participação menor na temporada porém extremamente importante para o seguimento na quinta temporada. Eu estou muito curioso em como será a participação do Chick na última temporada.
Já o Kenny Johnson foi completamente esquecido nessa temporada, e eu que pensei que o Caleb teria participações cruciais nessa quarta temporada.

Parece que finalmente os roteiristas aprenderam a dar o maior foco e o maior destaque para a trama principal e deixar de lado as inúmeras subtramas paralelas. Este foi o maior erro das duas primeiras temporadas, o fato de querer contar várias histórias todas ao mesmo tempo e no fim não desenvolver bem nenhuma. Na minha opinião as histórias paralelas foram trazidas para a série apenas como uma válvula de escape, para chamar a atenção do espectador para outros rumos na história e não focar unicamente em torno do Norman e da Norma (apesar de esse ser o nosso principal interesse na série). As tramas secundárias nunca conseguiram atingir o mesmo grau de excelência dos eventos envolvendo os dois protagonistas. Na terceira temporada essas subtramas já haviam sido bem reduzidas e nessa quarta elas perderam ainda mais as suas forças. Por mais que ainda temos alguns desdobramentos paralelos na história, mas eles são bem pequenos e não interferem tanto como antes.

Outro ponto que não foi diretamente revelado nessa temporada, mas eu cheguei na conclusão: lá no começo da série foi levantado toda a questão que envolvia a construção da nova estrada que desviaria o fluxo do Bates Motel, e que obviamente a Norma Bates era contra. Ela chegou a lutar na prefeitura e comprou uma grande briga por esta causa. Porém, esse assunto não foi mais discutido na série, o que me leva a crê que a Norma perdeu a disputa e a estrada foi realmente construída.

A quarta temporada de "Bates Motel" recebeu elogios da crítica da televisão e foi indicada para dois Primetime Creative Arts Emmy Awards. Também ganhou três prêmios People's Choice Award por drama de TV a cabo, atriz de TV a cabo (Vera Farmiga) e ator de TV a cabo (Freddie Highmore). A quarta temporada do Bates Motel manteve classificações consistentes ao longo de sua exibição, com a estreia da temporada atraindo 1,55 milhão de espectadores e o final totalizando 1,50 milhão.

A temporada foi recebida com elogios da crítica. A temporada teve uma classificação 100% positiva no site agregador de críticas Rotten Tomatoes, com base em 17 respostas de críticos de televisão.

A série "Bates Motel" finaliza mais uma temporada em alto nível. A quarta temporada é de longe a melhor de toda a série até aqui. E muito por trazer uma temporada mais centrada, mais enxuta, mais focada na trama central, sem ficar vagando perdida em tramas paralelas e desinteressantes.

O que vimos até aqui foi a construção de um relacionamento entre mãe e filho baseado na obsessão, no extremismo, na devoção, na adoração, onde logo foi desenvolvido um relação tóxica e doentia. Uma demonstração de amor excessivo e corrosivo que se transformou em ódio, loucura e manipulação extrema.

A quinta (e última) temporada promete demais, pois será a primeira temporada sem a presença real da Norma Bates, o que trará um grande impacto para a trama central. Também será a primeira temporada em que teremos um Norman agindo "teoricamente sozinho", com suas escolhas e suas decisões tiradas de uma mente totalmente deturpada e psicótica.
Sem falar que nessa última temporada teremos o ápice do Norman, onde ele demonstrará toda a sua psicopatia e sua dupla personalidade. Ou seja, será na quinta temporada que Norman agirá da forma que conhecemos no clássico dos anos 60; quando o saudoso Anthony Perkins se consagrou como um dos maiores maníacos e psicopatas da história do cinema. Dessa vez o bastão foi passado para o talentosíssimo Freddie Highmore, e eu quero conferir como será a sua apresentação final na pele do lendário e icônico Norman Bates.
[27/10/2023]
Adriano Silva
Adriano Silva

1.604 seguidores 478 críticas Seguir usuário

Crítica da 5 temporada
4,0
Enviada em 18 de dezembro de 2023
TEM SPOILERS!

Bates Motel (5ª Temporada) 2017

A quinta (e última) temporada de "Bates Motel" teve a sua estreia em 20 de fevereiro e terminou em 24 de abril de 2017. A temporada manteve os seus já tradicionais 10 episódios (como toda a série) e foi ao ar às segundas-feiras às 22h no canal de TV americana A&E.

Enfim chegamos na última temporada da famosa série que foi pensada e idealizada como como um "prequel contemporâneo" do clássico do mestre Alfred Hitchcock - "Psicose" - de 1960. Especificamente nessa quinta temporada, a série adapta (de modo bem leve) o enredo do filme clássico em uma versão modernizada, fazendo uma releitura de alguns de seus principais acontecimentos. Por outro lado também podemos considerar que esta ação ousada dos produtores serviu como uma espécie de despedida e homenagem ao icônico filme da década de 60.

A história da quinta temporada se passa justamente dois anos após a fatídica morte de Norma Bates (Vera Farmiga), que aconteceu na temporada passada. Tudo parece caminhar bem na vida de Norman Bates (Freddie Highmore), ele tenta manter as aparências após tudo que aconteceu, sempre se mostrando feliz e já muito bem adaptado ao gerenciar sozinho o Bates Motel. Por outro lado ele tenta incansavelmente preencher o vazio deixado por sua mãe criando em sua mente doentia e degrada a figura da Norma. A partir daí Norman interage com naturalidade vendo a figura fantasmagórica da mãe em várias partes da casa. A essa altura Norman já parou de tomar seus remédios contra os seus apagões, o que agora acontece constantemente, que logo o domina completamente pela personalidade de sua mãe.

O primeiro episódio já inicia nos mostrando como a vida de outros importantes personagens da história também passaram por grandes mudanças, que é justamente o caso de Dylan (Max Thieriot) e Emma (Olivia Cooke), onde eles se casaram e vivem juntos com uma filha. O curioso aqui é o fato do Dylan ter se afastado completamente de seu irmão Norman, onde ele sequer ficou sabendo da morte de sua mãe. Outro personagem que ao longo da série foi ganhando um grande destaque e se tornou uma peça fundamental na trama, é justamente o Xerife Alex Romero (Nestor Carbonell), que no início da temporada ele se encontra cumprindo pena em um presídio da cidade.

A quinta temporada de "Bates Motel" tem um início fulminante, principalmente pelos acontecimentos da temporada passada que permeia todo ódio e fúria de Alex no presente. Alex quer vingança a qualquer custo contra Norman pelo falecimento de Norma. A partir daí vemos um Alex completamente frustrado pelo seu plano não ter saído como ele desejava em relação ao Norman. Por outro lado ele se sente fortemente confrontado pelo próprio Norman, quando ele surge no presídio como uma visita inesperada. Aqui já temos uma outra versão do Alex Romero, muito diferente daquele Xerife do início da primeira temporada. Logo outro personagem importante da história reaparece, trata-se de Caleb Calhoun (Kenny Johnson), que invade a casa de Norman e vai até o porão, onde ele encontra o corpo empalhado de Norma Bates.

A partir desse ponto da temporada temos a já esperada transformação de Norman Bates, que consiste justamente em ele tomar pra si a personalidade de sua mãe ao vestir seu vestido e usar uma peruca loira. Logo temos aquele ataque do Norman contra o Caleb, ao perceber que ele viu a figura empalhada da Norma em seu porão. E aqui temos outra surpresa na temporada, que é a chegada na casa de Chick Hogan (Ryan Hurst) bem no momento em que Norman estava vestido e atacando o Caleb. Nesse ponto do episódio temos o Norman proferindo a emblemática frase para o Chick: "agora você sabe que eu ainda estou viva". Por sinal uma cena sensacional!

Fora os protagonistas e os coadjuvantes da série, nessa última temporada temos a chegada de novos personagens secundários: como a presença de uma nova Xerife na cidade de White Pine Bay, Jane Greene (Brooke Smith). Temos a Madeleine Loomis (Isabelle McNally), que é casada com Sam Loomis (Austin Nichols), por sinal um personagem conhecido do clássico "Psicose". Sam tem um relacionamento extraconjugal com Marion Crane, que também se destaca como outra personagem clássica de "Psicose", e aqui sendo vivida pela cantora Rihanna.

Esta última temporada também se destaca pelo clima de suspense e tensão que se instala na casa de Norman enquanto ele mantém preso no porão o Caleb e divide sua atenção com Chick. Novamente preciso citar que aqui o Norman já está completamente tomado pela personalidade da mãe, e muito por acompanharmos ele sempre tomando decisões em nome da Norma, como no caso daquele projeto que que trabalha junto com Chick. E aqui eu preciso destacar o péssimo final que deram para o Caleb na série, onde o limitaram apenas como uma marionete do Norman, e o levaram a ser morto atropelado pelo Chick enquanto fugia do Norman. Isso que eu chamo de descarte de personagem que não faz mais sentido na história.

Mais uma vez temos o Norman usando uma pessoa e depois o descartando com inutilizável. Que é justamente o que acontece com o Chick, quando Norman o manda embora de sua casa, e mesmo sabendo que agora ele sabe de seus segredos envolvendo a sua dupla personalidade. Nesse ponto da história temos outro envolvimento de Norman com uma garota, que é o caso de Madeleine. E novamente somos confrontados pela aparição da figura da Norma simulando a morte de Madeleine para Norman, o que logo o deixa desesperado enquanto foge do local.

A temporada transcorre bem ao dar espaço para os personagens coadjuvantes, que também tem a sua parcela de relevância dentro de toda a história. Como no caso do Dylan revelando para Emma tudo que ele pensa sobre o Norman ser culpado pelas várias mortes que aconteceram ao longo dos anos na cidade, isso incluindo até a morte da sua própria Mãe. A partir desse ponto na temporada temos o Norman sofrendo um forte descontrole mental e confessando ser o assassino de várias mortes. Isso inclui todas as investigações que estava no momento sobre a desiginação da Xerife Jane. Isso também passa pelas suas recentes descobertas sobre os vários corpos que foram jogados dentro do lago. Baseado em todas essas descobertas e todas as revelações, Norman vai preso. Por outro lado Romero está incansavelmente na busca por vingança, quando ele invade a casa de Norman em sua busca, mas ele não o encontra. Romero se depara com Chick no porão da casa e o mata a sangue frio com um tiro na testa.

Dylan e Emma sofrem com os acontecimentos que desabam sobre eles. Emma cuida dos negócios da família enquanto Dylan se vê preso entre seu passado e seu futuro. Dylan fica confuso, dividido, entre aceitar/acreditar no que o Norman cometeu todo esse tempo. Já a Emma está sofrendo muito por ter descoberto o monstro que o seu cunhado é, e por ele ter matado sua mãe. E aqui temos outra cena emblemática da temporada, que é a cena em que a Emma vai até o local onde Norman está preso para confrontá-lo. Já o Romero obriga Norman a levá-lo até o local onde Norma está morta. Porém, a forma como se dá toda a sequência na cena em que o Norman mata o Romero é patética para um fechamento de história. Colocaram uma grande expectativa em cima desse núcleo para finalizarem de forma pífia. No mínimo esta cena deveria ser emblemática, afinal de contas estamos falando de uma grande rivalidade que foi se criando dentro da série. Já a parte final dos flashback com o Norman e a Norma quando estavam se mudando para começar uma vida nova é muito bom. O final foi bem interessante e trouxe um fechamento coerente com o próprio Norman, já que ao ser morto pelo Dylan ele meio que retorna para os braços de sua mãe que já estava morta. É como se finalmente eles pudessem viver, ou morrer, felizes para sempre e juntos.

Quero destacar aqui a escolha de roteiro para esta última temporada de "Bates Motel", que eu já citei acima. Achei interessante esta ousadia dos produtores em aproximar a história com uma adaptação modernizada do clássico "Psicose". A inclusão na trama dos personagens Sam Loomis e Marion Crane serviu para nos trazer uma releitura de algumas cenas do clássico. Porém, devo deixar bem claro que temos as referências do clássico sessentista mas feitas de forma diferente, com uma nova roupagem e uma liberdade criativa, que até soou interessante.
Por exemplo: temos aquela referência do clássico, que é a Marion chegando no Bates Motel embaixo da chuva e tocando a companhia do Motel fechado, logo ela vai ao lado e olha para a casa dos Bates. O personagem Sam Loomis também é outra referência do clássico, até com o envolvimento com a Marion. A cena do Motel entre Marion Crane e Norman Bates é muito boa e foi baseada nessa mesma cena do clássico, até com alguns diálogos iguais. Achávamos que a cena clássica do chuveiro se repetiria com a Marion Crane, igual no clássico, mas dessa vez foi o Sam a vítima de Norman Bates na cena clássica do chuveiro de "Psicose". Eu confesso ter gostado dessa cena, por mais que entendo a frustração de outras pessoas que desejariam a releitura original do clássico, mas entendo a mudança e a liberdade criativa no quesito imprevisibilidade.

Os pontos fracos da temporada:
Um ponto que ao longo de cada temporada eu sempre reclamei, que são justamente as tramas secundárias da série, aqui elas voltam a incomodar. Não chegam a interferir tanto como nas duas primeiras temporadas, mas elas estão presentes e de certa forma bem irrelevantes. Eu diria que a trama secundária envolvendo a Madeleine, o Sam e a Marion é bem desinteressante e claramente não mantêm o mesmo nível da história principal. A temporada final acaba correndo demais em vários pontos para dar a conclusão para a história, porém se esqueceram de serem coerentes com várias pontas que ficaram soltas na história como um todo. Posso citar o caso do psiquiatra do Norman que acabou sendo esquecido na história final. O próprio Caleb foi totalmente subaproveitado e teve um final deprimente. O Chick foi um personagem no começo da série e terminou sendo outro totalmente diferente com seus desejos e opiniões, o que me deixou um tanto quanto confuso. No começo o Chick era um personagem decidido a dar fim no irmão da Norma e na última temporada ela meio que se oferece para ser aceito na casa pelo Norman e passa a "cuidar" dele. Confesso que essa mudança de chave no personagem não me agradou. Sem falar que o Chick tinha aquelas suas fitas e o livro, que também foi completamente esquecido no final.

Como o tema do empoderamento feminino está em bastante evidência, eu compreendo algumas tomadas de decisões na série e na temporada, principalmente envolvendo personagens como a Marion Crane e a Madeleine Loomis. Os personagens Dylan e Emma já estiveram em melhores posições de destaques dentro da série, porém especificamente nessa última temporada as participações de ambos chega a ser deprimente. O Dylan toma atitudes controversas e impensáveis, agindo por impulso próprio quanto ao confrontar o Norman. A Emma é a mais triste da temporada, sua participação é completamente abaixo de tudo que ela já entregou na série. A Emma não faz a menor diferença na temporada, se limitando a algumas cenas envolvendo a descoberta da morte de sua mãe, mas no geral ela é uma coadjuvante totalmente escanteada na trama - uma pena!

Alex Romero é tão mal utilizado nessa última temporada que chega a dar pena de seu personagem e do seu desfecho final. Volto a falar que a forma como ele morreu foi tão pífia que soa como um desrespeito com o personagem de Nestor Carbonell.

Já a Vera Farmiga, com a sua impecável Norman Bates, tem sempre uma participação irretocável dentro da série, e aqui chama a atenção por ela ter passado a temporada inteira sempre atuando como uma presença ilusória na história.
Freddie Highmore é sem dúvida o maior destaque da temporada e de toda a série (juntamente com a própria Vera Farmiga). É incrível e assustador a interpretação de Freddie na figura do Norman Bates, a sua entrega para o personagem, a sua dramaticidade, a sua desconstrução e degradação psicológica. Realmente é um trabalho impecável e com um grande final do personagem.

Tecnicamente e artisticamente a série beira a perfeição:
Temos uma trilha sonora muito bem performada em cada episódio, e que dizia muito sobre o que aquele episódio estava tratando. A fotografia é muito fiel com a proposta modernizada de uma série que tem como princípio um clássico dos anos 60. A direção de arte da série é muito bem conduzida, deixando cada ponto, cada cenário, cada item de cena com um padrão próprio. O trabalho cenográfico e de direção é outro grande acerto da série, mostrando o talento e a competência de cada diretor que conduzia a história.

A quinta temporada de "Bates Motel" recebeu 81 de 100 do Metacritic, com base em 8 avaliações. O Rotten Tomatoes informou que 8 em 8 respostas críticas foram positivas, com média de 100% da classificação. No geral, a quinta temporada de "Bates Motel" teve uma média de 1,29 milhão de espectadores, com uma classificação de 0,5 na faixa demográfica 18-49.

Por fim, a já lendária e aclamada série de TV "Bates Motel" chega ao seu final, ao seu fechamento de ciclo. Como um todo eu gostei demais da série, ela soube se reinventar e entregar algo novo tirado de um clássico antigo e renomado. Acredito que toda produção da série soube inovar bem no quesito modernização de uma história, até ousando em certos pontos que soa como uma referência e uma homenagem para a obra-prima divida do mestre Alfred Hitchcock.
Especificamente nessa última temporada a série tem seus altos e baixos, tem seus erros e seus acertos (o que é normal), mas consegue entregar uma temporada muito boa, que atinge o objetivo da missão de recontar a incrível história de Norman Bates por uma outra visão, com uma nova perspectiva, o que deixa ainda mais interessante. Sem falar no final, que na minha opinião foi fantástico, entregando a sua forma poética de representar aquele vínculo afetivo entre mãe e filho, por mais diferente que seja. Um verdadeiro final catártico e apoteótico! [17/12/2023]
Luis R.
Luis R.

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Crítica da série
4,0
Enviada em 30 de outubro de 2018
Série é muito boa em suas cinco temporadas, Norma e Norman são personagens interessantes e bem trabalhados, a trama é bem desenvolvida com surpresas e reviravoltas que conseguem entreter, os personagens secundários contribuem muito bem para o enredo da trama, o ritmo da série agrada assim como o seu final.
Vitor Araujo
Vitor Araujo

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Crítica da 1 temporada
3,5
Enviada em 6 de outubro de 2019
Prelúdio da história do filme Psicose, com a relaçao do filho com a mãe, muitos assassinatos, mentes loucas, mistério e assuntos do motel. Gostei, envolvente e boa atuação da Vera Farmiga. Até que para o começo mataram bastante gente.
Vitor Araujo
Vitor Araujo

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Crítica da 2 temporada
3,5
Enviada em 3 de fevereiro de 2020
Continuação da vida turbulenta da família Bates em White Pine Bay, com mais crimes, mortes, brigas de gangues e revelações. Norman está doidão.
Vitor Araujo
Vitor Araujo

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Crítica da 3 temporada
3,5
Enviada em 15 de abril de 2020
Temporada onde o clima fica mais tenso, Norman se torna mais psicopata, Norma mais doida e Dylan aumenta sua responsabilidade no mundo das drogas. Mais foco nas histórias pessoais. Continua tudo bom e interessante, como sempre. Cuidado com o Norman/Norma.
Vitor Araujo
Vitor Araujo

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Crítica da série
5,0
Enviada em 13 de setembro de 2020
Série maluca sobre Norman Bates e sua mãe, e toda a história que precede o famoso filme Psicose. Misteriosa, envolvente, assassinatos, problemas mentais, amor excessivo e taxidermia. Muito legal e doido. Adorei.