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    Por que doramas coreanos são tão viciantes?
    Nathalia Jesus
    Nathalia Jesus
    -Redatora e crítica
    Especialista e consumidora de filmes, séries, música e programas de TV da Coreia do Sul. Dos clássicos cult de Park Chanwook até as farofas protagonizadas por um Park Seojoon 15 anos mais velho que seus personagens, ela aprecia a riqueza artística do país há muitos anos.

    Entenda o que há de tão cativante em produções sul-coreanas que têm alcançado públicos de todas as idades e nacionalidades.

    Estamos em 2021 e absolutamente qualquer pessoa que acesse bastante a internet, redes sociais e serviços de streaming se depara com, ao menos, uma produção originada na Coreia do Sul. Nos últimos anos, o país asiático tem se consolidado como uma grande potência na indústria de entretenimento em escala global, exportando música, filmes, séries e, consequentemente, o idioma e a cultura local.

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    Entre tais produtos sul-coreanos trazidos para o ocidentes estão os K-Dramas, conhecidos popularmente como “doramas” pelos fãs do gênero. A obra consiste em uma espécie de série limitada com a média de 16 a 20 episódios e uma infinidade de possíveis temáticas a serem tratadas, não restringindo-se apenas a comédias românticas, como costuma ser conhecida.

    Conquistando públicos de todas as idades e nacionalidades, os doramas são cativantes e nos instigam a assistir em um tempo recorde, maratonando cada produção em um curto período de tempo e, quando tudo acaba, corremos para encontrar outro. Devido ao espiral de deleite que os consumidores se inserem ao iniciar um K-Drama, o AdoroCinema preparou uma lista com os possíveis motivos que tornam tais séries tão viciantes.

    Enredos criativos

    A indústria audiovisual da Coreia do Sul é referência no mundo inteiro e isso é um fato que pode ser comprovado pelas inúmeras produções ocidentais que foram adaptadas de filmes e séries coreanas. Com episódios repletos de reviravoltas, os doramas trazem histórias criativas e propostas diferentes até mesmo em enredos que não parecem promissores. De Goblins bonitos de mais de 900 anos querendo encontrar uma cura para a imortalidade até mulheres com habilidades de “ver” cheiros para solucionar crimes, os K-Dramas são um prato cheio para quem busca originalidade.

    Formato fácil de maratonar

    Dramas coreanos são facilmente digeríveis e há muitos fatores que justificam tal afirmativa. Como mencionado anteriormente, a produção costuma ter apenas uma temporada, com 16 a 20 episódios de, em média, uma hora de duração. Neste curto período, o ritmo da série é executado corretamente, de forma em que os personagens são apresentados com profundidade necessária e a história é construída e concluída de maneira proporcional, nos viciando em uma trama rápida, intensa e que pode ser concluída até mesmo em um único dia.

    Um elenco melhor que o outro

    Selecionar e preparar um elenco para ninguém colocar defeitos é uma especialidade que os produtores de K-Dramas dominam. Misturando talentos novos e veteranos, atores consolidados na indústria e cantores de K-Pop que ingressam na atuação, as séries coreanas quase sempre conciliam um elenco único, que funciona tão bem em suas dinâmicas em cena que nem conseguimos imaginar outras pessoas em tais papéis.

    Inserção em nova cultura

    Quem nunca assistiu a algum filme ou série para aprender um idioma ou conhecer melhor a história de um país? Os doramas são excelentes catálogos que abrem janelas para que o público absorva informações sobre uma cultura diferente. Ao assistir as produções, você aprende normas sociais observando o cotidiano dos personagens, descobre questões relevantes (ou não) que têm sido discutidas na Coreia do Sul, passa a saber como funcionam os órgãos públicos, as leis, hierarquias, mitologias e tudo o que o país asiático tem a oferecer em suas narrativas. Como espectador, é instigante adentrar neste universo e isso nos faz procurar por mais.

    Você quer ver um beijo!

    Como foi dito no tópico anterior, os doramas trazem informações culturais e um dos aspectos que podem ser percebidos nessas obras é o quanto a sociedade sul-coreana é reservada. As relações interpessoais retratadas nos dramas são um reflexo generalista de como as pessoas na Coreia do Sul são cuidadosas para não encostar ou invadir o espaço do outro.

    O costume é tão enraizado que, às vezes, até mesmo um abraço entre amigos parece um ato eletrizante e desconfortável — algo que não seria um problema no Rio de Janeiro, por exemplo, em que conhecidos se cumprimentam com dois beijinhos na bochecha. Por isso, qualquer mínima demonstração de afeto é algo muito valorizado para os fãs de doramas e estes não sossegam até ver toda a tensão dos personagens se transformar, finalmente, em um beijo.

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