O ano de 2020 foi complicado para todo mundo, não é mesmo? Mas se o mundo do cinema sofreu com a pandemia, o público seguiu sendo agraciado pelas séries de TV. Afinal, o streaming está mais importante do que nunca, enquanto as emissoras de TV também investem em projetos mais ousados para manter a atenção do espectador.
Após muitas discussões online, a redação do AdoroCinema reuniu suas 20 séries favoritas do ano. Para a lista, só valem obras que foram exibidas no Brasil — seja na TV ou pelo streaming. Mas antes disso, já fica aqui nossa menção honrosa para programas que não tiveram temporadas completas, mas soltaram episódios especiais que abalaram nossos corações: Sob Pressão e Euphoria!
Pronto, agora podemos começar. Confira abaixo a lista oficial:
20º Little Fires Everywhere
![](https://br.web.img2.acsta.net/newsv7/20/12/28/19/43/1558157.jpg)
"Little Fires Everywhere aparenta seguir diversos caminhos individuais no início, mas todos acabam conversando entre si. Seja com relação à caçula Izzy (Megan Stott) e seu sentimento de não-pertencimento; com Mia (Kerry Washington) e o dever que sente para trazer um pouco de justiça; ou com a própria Elena (Reese Witherspoon) e sua visão de mundo que preza muito mais pelo controle do que a própria felicidade, todos os pontos se interligam." Confira a crítica completa de Little Fires Everywhere.
19º Bom Dia, Veronica
![](https://br.web.img2.acsta.net/newsv7/20/12/28/19/43/1569077.jpg)
"É preciso dizer que Bom Dia, Verônica não é uma série para todos os públicos. Sim, existem cenas violentas na narrativa, indicada apenas para maiores de 18 anos, mas nem é apenas por isso. O que embrulha o estômago é perceber como trata-se de uma história que não está muito longe da realidade. Vivemos numa sociedade onde a palavra da mulher é desacreditada, onde vítimas são taxadas de loucas ou dramáticas, e onde o status é mais importante do que o caráter da pessoa — por muitas vezes, inclusive na hora de enfrentar a justiça." Leia a crítica completa de Bom Dia, Verônica.
Bom Dia, Verônica: Elenco e criadores contam como levaram crimes da vida real para a série (Entrevista Exclusiva)18º Lovecraft Country
![](https://br.web.img3.acsta.net/newsv7/20/12/28/19/43/1579998.jpg)
"Assistir a nova série da HBO é estar imerso em uma cultura poderosa, que vem sendo oprimida silenciosamente desde os primórdios do cinema e televisão. [...] Sem medo de ousar, Lovecraft Country entrega visuais impecáveis — que irão ditar um novo padrão de qualidade para obras do gênero —, performances comoventes e uma proposta corajosa o suficiente para cutucar todas as feridas de uma sociedade violentamente desigual. " Confira a crítica completa de Lovecraft Country.
17º O Gambito da Rainha
![](https://br.web.img3.acsta.net/newsv7/20/12/28/19/43/1590918.jpg)
Quem iria apostar que uma série sobre xadrez seria um dos maiores sucessos da Netflix? Trazendo drama e emoção para um esporte de nicho, O Gambito da Rainha conseguiu conquistar o público, mesmo com seu nome peculiar. Provando ser um dos maiores talentos de sua geração, Anya Taylor-Joy entrega uma Beth conturbada, porém genial, trazendo uma visão feminina daquela jornada de ascensão já tão vista na ficção. Sem falar que o design de produção e o figurino da série são impecáveis. E os memes, então?
O Gambito da Rainha: Série da Netflix está atraindo mais mulheres para o xadrez16º A Máfia dos Tigres
![](https://br.web.img3.acsta.net/newsv7/20/12/28/19/43/1601839.jpg)
"A completa dificuldade em definir do que se trata A Máfia dos Tigres é também o que faz com que a série seja tão interessante e peculiar. Aqueles que são apaixonados pelo ritmo caótico de acontecimentos e não se importam em sentir choque, vergonha alheia, incompreensão, surpresa, comédia e aflição (tudo ao mesmo tempo), certamente encontrarão seu lugar na audiência da série." Veja a crítica completa de A Máfia dos Tigres.
15º Mrs. America
![](https://br.web.img3.acsta.net/newsv7/20/12/28/19/43/1612759.jpg)
"Fica claro que Mrs. America não está querendo vilanizar ou glorificar nenhum dos partidos do debate pelo feminismo. Mas também não transforma Schlafly numa anti-heroína para quem você irá torcer no final, apesar de ser interpretada por alguém com o carisma de Cate Blanchett. Você sabe que ela está agindo de forma completamente errada, só não pode negar a genialidade de seus atos. Da mesma maneira que é possível ver as imperfeições de ídolos feministas, que também precisavam fazer sacrifícios para tentar avançar num cenário machista."
14º Upload
![](https://br.web.img2.acsta.net/newsv7/20/12/28/19/43/1623680.jpg)
"Pegando o gancho das tais questões existenciais, talvez o maior acerto de Upload seja construir piadas excelentes baseadas na nossa própria liquidez amorosa e social. [...] Os entusiastas das novas tecnologias provavelmente vão gostar do que nos é apresentado ao longo da série, já que boa parte dos avanços no campo são uma versão propositalmente exagerada do que já se espera. [...] O que consagra Upload é o equilíbrio entre suas temáticas. As piadas, as sacas de inovações tecnológicas e o teor cômico sabe se intercalar muito bem com o mistério principal que ronda a trama." Confira a crítica completa de Upload.
Os 12 documentários mais bizarros da Netflix e outros serviços de streaming13º Eu Terei Sumido na Escuridão
![](https://br.web.img2.acsta.net/newsv7/20/12/28/19/43/1634600.jpg)
"Eu Terei Sumido na Escuridão é muito mais do que uma obra de true crime. Diante do poder do arco principal, os crimes do East Area Rapist tornam-se, aos poucos, coadjuvantes de uma evolução comovente referente às suas vítimas. [...] Aliado à riqueza de detalhes do trabalho que Michelle executou, o documentário explora as complexas camadas dos traumas das vítimas apresentadas, o luto do marido e colegas de McNamara e, é claro, uma revisita moderna ao terror desencadeado há 40 anos." Leia a crítica completa de Eu Terei Sumido na Escuridão.
12º She-Ra e as Princesas do Poder
![](https://br.web.img2.acsta.net/newsv7/20/12/28/19/43/1645520.jpg)
Já faz tempo que She-Ra e as Princesas do Poder circulava dentre os candidatos a melhores séries do ano, por seu show de representatividade durante anos. Porém, em sua quinta temporada, a animação de Noelle Stevenson se apresenta na melhor forma, encerrando a série da maneira que seu público desejava. E tudo isso podia ter dado muito errado se a redenção de Catra/Felina não fosse feita da maneira correta. Mas foi emocionante, gradual e merecedora.
11º What We Do In The Shadows
![](https://br.web.img3.acsta.net/newsv7/20/12/28/19/43/1656441.jpg)
Mesmo tendo o adorado Taika Waititi como um de seus produtores, What We Do in the Shadows ainda não chamou a atenção do grande público. O que é um absurdo, já que trata-se de uma das melhores comédias atuais. Brincando com os clichês do mundo sobrenatural de forma criativa, é construída uma série com personagens irresistíveis e situações hilárias. Só o episódio onde Laszlo (Matt Berry) foge de um vampiro vivido por Mark Hamill já merecia uma vaga nessa lista.
The Crown: Produções na Netflix para entender mais sobre a família real britânica10º The Crown
![](https://br.web.img3.acsta.net/newsv7/20/12/28/19/43/1667361.jpg)
"A Rainha Elizabeth (Olivia Colman) pode até ser a protagonista da história, afinal a coroa está sobre sua cabeça. Mas precisa dividir o espaço com duas mulheres que tiveram suas marcas na história, para o melhor e para o pior. E o criador Peter Morgan conhece muito bem o poder que os nomes Princesa Diana (Emma Corrin) e Margaret Thatcher (Gillian Anderson) despertam na audiência." Veja a crítica completa de The Crown.
9º High Fidelity
![](https://br.web.img3.acsta.net/newsv7/20/12/28/19/43/1678282.jpg)
"High Fidelity continua sendo uma experiência importante, e acima de tudo, necessária. Todos os episódios oferecem um olhar maduro sobre os conflitos inerentes à vida. A gama de reflexões abrange questões sociais — como o racismo e o machismo — e também alguns embates emocionais, como a solidão e a falta de autoconfiança. Portanto, é impossível não se enxergar nas ocasiões retratadas, ou apenas criar empatia pelos personagens. E de quebra, ainda podemos cantar muito enquanto sentimos várias emoções." Confira a crítica completa de High Fidelity.
8º Ozark
![](https://br.web.img3.acsta.net/newsv7/20/12/28/19/43/1689202.jpg)
Quando você acha que a situação de Ozark não pode ficar mais tensa, os personagens de Jason Bateman e Laura Linney se encontram em outras situações complicadas — para o deleite do público, que se encontra diante de um puro drama criminal, onde riscos e expectativas ficam cada vez maiores. A composição do clima de suspense, com performances incríveis (inclusive Julia Garner, Janet McTeer e Tom Pelphrey) trazem um dos grandes destaques do catálogo da Netflix.
Qual foi a melhor série lançada em 2020? (Enquete)7º Nada Ortodoxa
![](https://br.web.img3.acsta.net/newsv7/20/12/28/19/43/1700122.jpg)
Também conhecida como "a melhor série da Netflix que você ainda não viu", Nada Ortodoxa traz uma experiência imersiva e intensa sobre uma jovem que busca liberdade e autodescoberta em um Berlim, fugindo de sua religião e dos deveres que tem com sua família. É impossível não se emocionar com tal jornada da protagonista — vivida por Shira Haas, uma das revelações do ano — numa narrativa especial que mistura entretenimento com informação, sem pecar em exageros para conseguir o que quer.
6º Dark
![](https://br.web.img2.acsta.net/newsv7/20/12/28/19/43/1711043.jpg)
"Passeando por algumas explicações complexas e outras nem tanto, Dark evidencia mais a capacidade dos roteiristas em garantir nossa atenção e algumas dúvidas até mesmo quando tudo parece encontrar um caminho unificado. Além disso, a montagem não só ajuda a nos situarmos com relação a qual época/mundo estamos como também sabe balancear de forma justa todos os núcleos. E o roteiro é consistente — assim como os aspectos técnicos (trilha sonora, fotografia, efeitos visuais e o uso de cores)." Leia a crítica completa de Dark.
Dark: Easter-Eggs que você não percebeu na 3ª temporada da série da Netflix5º Eu Nunca...
![](https://br.web.img2.acsta.net/newsv7/20/12/28/19/43/1721963.jpg)
"O grande trunfo da série de Mindy Kaling e Lang Fisher é saber exatamente com quem está lidando. Devi é uma nerd, mas não cai nos estereótipos do termo. [...] Mesmo imperfeita, é possível se identificar e torcer pela personagem, que apenas está tentando superar tanta dor. É a base emocional de Eu Nunca... que segura a história. Além disso, a escolha da novata Maitreyi Ramakrishnan é perfeita, pois ela sabe dosar a arrogância da jovem com uma performance divertida e cheia de carisma. Veja a crítica completa de Eu Nunca....
4º The Mandalorian
![](https://br.web.img3.acsta.net/newsv7/20/12/28/19/43/1732884.png)
"Mestre Yoda que me perdoe, mas a série do Disney+ é mais Star Wars que qualquer filme da nova trilogia. [...] A segunda temporada de The Mandalorian superou seu primeiro ano, conseguindo unir cenas adoráveis com Baby Yoda, ótimas sequências de ação e o carisma de Pedro Pascal à nostalgia da saga Star Wars, desde a filosofia dos Jedi até lutas de sabre de luz de arrepiar. " Confira a crítica da 2ª temporada de The Mandalorian.
Disney lançará 10 séries de Star Wars e 10 séries da Marvel. Confira quais são!3º Better Call Saul
![](https://br.web.img3.acsta.net/newsv7/20/12/28/19/43/1743804.jpg)
"Better Call Saul investe muito bem na tensão e no progresso de personagens já bem construídos dentro de uma base praticamente inquebrável. Assim como em Breaking Bad, esta é mais uma produção que prioriza o tratamento de roteiro e personagens em primeiro plano, pois sabe que esta é a melhor forma de extrair o máximo de emoção do espectador mesmo que nada seja dito em cena. O lugar é familiar e os personagens também, mas ainda assim tudo parece tão novo..." Leia a crítica da 5ª temporada de Better Caul Saul.
2º Normal People
![](https://br.web.img3.acsta.net/newsv7/20/12/28/19/43/1754725.jpg)
"O casal de Daisy Edgar-Jones e Paul Mescal vai além de sua química inegável. Se destacam pela vulnerabilidade e honestidade que entregam em suas performances. A transformação de Marianne é algo palpável e dolorosa a cada capítulo, enquanto Connell conquista o espectador em sua simplicidade, mas também sabe destruir o seu coração. Inclusive, a série inteira pode te emocionar, mas são seus quatro episódios finais que mostram o brilhantismo emocional de Normal People." Veja a crítica completa de Normal People.
Normal People: "A série é muito sincera com o que é ser humano", diz Daisy Edgar Jones (Entrevista)1º I May Destroy You
![](https://br.web.img3.acsta.net/newsv7/20/12/28/19/43/1765645.jpg)
Michaela Coel já tinha sido elogiada pela comédia Chewing Gum, mas ela surgiu com um projeto completamente diferente e inusitado que dominou a lista de queridinhos dentre a redação do AdoroCinema. Baseando a trama num abuso real que sofreu, ela transformou sua dor em arte. É uma trama pesada? Sim. Mas é algo que precisa ser debatido da forma como ela proporcionou: com diálogo aberto e acolhedor, através de honestidade na construção de seus personagens e situações. I May Destroy You não destrói, só nos deixa mais fortes.