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    Artista de efeitos visuais da Marvel condena forma de trabalho e “poder de intimidação” do estúdio
    Diego Souza Carlos
    Apaixonado por cultura pop, latinidades e karê, Diego ama as surpresas de Jordan Peele, Guillermo del Toro e Anna Muylaert. Entusiasta do MCU, se aventura em estudar e falar sobre cinema, TV e games.

    Há algumas semanas, artistas têm se pronunciado sobre a dinâmica da empresa.

    Há algumas semanas, profissionais de efeitos visuais se reuniram em diversas publicações nas redes sociais para denunciar alguns problemas nos bastidores dos projetos do Marvel Studios. Agora, um novo artista ocupou um espaço na Vulture para detalhar a dinâmica entre as empresas.

    Inicialmente, ele relata que quando se envolveu com um filme da Casa das Ideias, passou quase seis meses trabalhando além do horário todos os dias, com média de 64 horas semanais "em uma boa semana". Ele se recorda de presenciar colegas de trabalho com crises de ansiedade ou "desmoronando e começando a chorar" ao seu lado.

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    O artista conta que comumente, para um filme fora do estúdio, uma equipe de pelo menos 10 profissionais se reúnem para conduzir um projeto. Em sua experiência com a Marvel, ele trabalhou com apenas outra pessoa, culminando em uma sobrecarga e excessos de trabalho devido aos prazos da empresa.

    Ele explica que além dos problemas citados acima, o estúdio ainda é famoso por "pedir muitas mudanças ao longo do processo", sem mudar o cronograma de entregas. "Talvez um mês ou dois antes de um filme sair, a Marvel nos fará mudar todo o terceiro ato", pontua.

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    Ele continua: "Você já está sobrecarregado, mas a Marvel está pedindo mudanças regulares muito além do que qualquer outro cliente faz. E algumas dessas mudanças são realmente importantes. Talvez um mês ou dois antes de um filme sair, a Marvel nos fará mudar todo o terceiro ato."

    Ele ainda sugere mudanças que podem melhorar a qualidade de trabalho dos profissionais de efeitos visuais. "A Marvel precisa treinar seus diretores para trabalhar com efeitos visuais e ter uma visão melhor desde o início", indica. "Outra coisa é a sindicalização. Há um movimento crescente para fazer isso, porque isso ajudaria a garantir que as casas de efeitos visuais não possam aceitar lances sem ter que considerar quais seriam os impactos. Porque na maioria das vezes, é como se você trabalhasse em um programa da Marvel, e trabalhasse nisso por baixos valores só porque é legal."

    O artista conclui: "Alguns dos problemas que mencionei são universais para cada atração e cada projeto. Mas você acaba fazendo menos horas extras em outros programas. Você acaba sendo capaz de interagir mais com os diretores. Quando eles dizem algo como 'Ei, eu quero isso', você pode dizer 'Isso não faz sentido'. Nem todo cliente tem o poder de intimidação da Marvel."

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