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    Afinal, o Batman mata? Entenda de uma vez a discussão em torno do personagem da DC
    Rafael Felizardo
    Rafael Felizardo
    -Redator | Crítico
    Sonhador desde pequeno e apaixonado por cinema de A a Z, encontrou em David Lynch um modo de sonhar acordado.

    Com dezenas de versões diferentes pensadas durante os anos, o legado do Homem-Morcego acaba causando algumas discórdias.

    Na quinta-feira (3), estreou oficialmente nos cinemas brasileiros um dos filmes mais esperados de 2022: Batman. Com atuações de Robert PattinsonZoë Kravitz e sob a direção de Matt Reeves, o longa vem sendo grandemente aclamado pela crítica especializada, adicionando um novo capítulo à mitologia do Homem-Morcego.

    Batman
    Batman
    Data de lançamento 3 de março de 2022 | 2h 57min
    Criador(es): Matt Reeves
    Com Robert Pattinson, Zoë Kravitz, Paul Dano
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    4,1
    Adorocinema
    4,0
    Assistir em streaming

    Como de praxe, após toda nova história envolvendo o vigilante de Gotham, algumas discussões na internet começam a surgir a respeito da natureza do personagem. Um dos grandes debates se dá em cima de uma questão antiga, que acompanha o herói por longos anos: afinal, o Batman mata? O AdoroCinema te conta.

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    O BATMAN MATA OU NÃO?

    Em meados de 2016, quando Batman Vs Superman chegou aos cinemas, tal discussão teve seu auge na internet. Após revelado que o Batman de Ben Affleck fazia uso de armas de fogo para abater seus alvos, uma grande polêmica a respeito da regra de ouro de “não matar” do personagem teve início.

    Para entendermos melhor esta questão, é preciso voltar alguns anos no passado, mais precisamente em Detective Comics #27, a primeira aparição do Batman nos quadrinhos. Na época, ano de 1939, os leitores foram apresentados a um Homem-Morcego um pouco diferente do que conhecemos hoje. Com cenários menos soturnos e histórias mais voltadas para investigação, nelas, tínhamos um Cavaleiro das Trevas que, sim, não tinha pena de seus inimigos, matando-os quando possível.

    Durante algum tempo, o personagem manteve-se assim, dando cabo daqueles que ousavam perturbar a paz de Gotham. Desde empurrar um criminoso em um tanque de ácido, até empalar um milionário excêntrico com uma espada, nos primeiros anos da cruzada do herói os assassinatos eram comuns. Com a chegada dos anos 1950, uma grande censura começou a ser aplicada nos quadrinhos, levando a CMAA (Comics Magazine Association of America), órgão responsável por regular as HQs, a começar a trabalhar de maneira mais rígida em cima das histórias, dificultando o aparecimento de temas como morte e sexo nos diversos títulos existentes.

    A partir daí, realmente, as tramas em que o vigilante executava os inimigos tornaram-se mais escassas, mas isso não quer dizer que deixaram de acontecer. Menções honrosas ficam ao suposto assassinato do Coringa nos quadrinhos de A Piada Mortal e ao momento em que Batman cede a Joe Chill — o responsável pela morte de seus pais — a sua própria arma, para que ele se suicide.

    O BATMAN NOS DIAS DE HOJE

    É sabido que todo enredo fictício acompanha o momento histórico da sociedade em que está inserido. Se na década de 1990, nos cinemas, com Tim Burton, tínhamos um Morcegão sádico, que assassinava os vilões, atualmente, o conceito de um Batman que não mata é o mais aceito pelos fãs em geral, reforçado, principalmente, pelas animações de TV de Bruce Timm e pela trilogia do Cavaleiro das Trevas de Christopher Nolan. Hoje, a persona incorruptível do herói faz mais sentido para o atual momento em que vivemos sócio-historicamente, ajudando o personagem a tornar-se um símbolo de esperança.

    Logo, a resposta mais precisa para “O Batman mata?”, seria: depende do autor. A versão mais aceita atualmente nas HQs é a de que o personagem não comete tal ato, mas, de novo, tudo depende de quem está oficialmente escrevendo a história.

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