Média
4,2
1259 notas
Você assistiu O Homem nas Trevas ?
5,0
Enviada em 8 de setembro de 2016
Vocês acham que é fácil fazer um filme quase inteiro dentro de uma casa, e com uma ideia simples, com poucas personagens, conseguir prender a atenção até o fim, e fazer a gente prender a respiração e ainda nos fazer pular da cadeira a cada 5 minutos? E mais: Com tão pouco diálogo, e cheio de mistérios, fazer o público amar o filme? Tentem fazer, se acharem fácil. Não é para qualquer um não. Isso eu garanto. Nota 10,00 com certeza
Julia S.

2 críticas

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5,0
Enviada em 8 de setembro de 2016
Já saí do cinema, pensando no Don't Breathe 2 hehehe. Nossa! Anotei o nome do diretor: Fede Alvarez. O cara pegou uma história simples, uma casa isolada num bairro abandonado subúrbio de Detroit e nos entregou, nos deu uma obra prima do suspense, terror e ação. Tudo funciona neste filme. Cenário, diálogos, motivações dos personagens.
4,5
Enviada em 27 de novembro de 2024
"O Homem nas Trevas" é um thriller de terror que desafia convenções do gênero ao colocar os espectadores em uma posição moral ambígua, onde heróis e vilões se misturam. Dirigido por Fede Álvarez, o filme combina tensão constante, reviravoltas criativas e uma abordagem minimalista para criar uma experiência visceral e imersiva.

A trama segue três jovens ladrões que invadem a casa de um homem cego, acreditando que será um alvo fácil para um grande roubo. No entanto, o que eles encontram é muito mais perigoso do que imaginavam. Stephen Lang entrega uma atuação impecável como Norman Nordstrom, o homem cego, transformando-o em uma figura tanto assustadora quanto complexa. Ele transcende o papel de vítima e rapidamente se torna o predador, mantendo o público em um estado de tensão constante.

O uso inteligente do espaço limitado da casa como palco principal cria uma atmosfera claustrofóbica, enquanto a direção habilidosa de Álvarez manipula a escuridão, o silêncio e os sons para amplificar o suspense. Cada cena é construída com cuidado para maximizar a ansiedade, especialmente nas sequências em que os personagens são perseguidos no escuro.

Embora o filme seja tecnicamente brilhante, ele também levanta questões morais provocativas. Os protagonistas inicialmente parecem anti-heróis, mas as ações de Nordstrom revelam camadas de horror que desafiam qualquer noção de justiça ou redenção, resultando em um desfecho inquietante.

Com uma abordagem inteligente e um vilão memorável, O Homem nas Trevas é um thriller inovador que prende o espectador do começo ao fim. Memorável!
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5,0
Enviada em 9 de setembro de 2016
Um dos melhores suspenses já realizados. Surpreendente e assustador, ficamos tensos todo o tempo, sem saber ao certo pra que lado devemos torcer. Cenas bem gravadas, personagens convincentes e um conjunto amedrontador, tudo em um simples e curto roteiro, que em um primeiro momento, nem damos muito por ele.
4,5
Enviada em 9 de setembro de 2016
(...)Stephen Lang faz uma interpretação fantástica: ele é um veterano de guerra solitário, que perdeu sua filha e atualmente seu único companheiro é um cachorro – o qual é a perfeita reencarnação do famoso Cujo de Stephen King. Neste ponto, a moralidade dos adolescentes é até questionada. Quem consegue se aproveitar de uma deficiência física para roubar dinheiro de um herói de guerra? Nas palavras de Money: “Não é porque ele é cego significa que ele é um santo”.

Assim, o que parecia até então ser um homem indefeso, se torna em um monstro que resolve tomar aquele ato criminoso para uma justiça com as próprias mãos. Aí, é muito interessante como aquele homem cego consegue entender tudo o que acontece ao seu redor apenas com a exploração dos quatros sentidos, totalmente aguçados.

Temendo pelas suas vidas, os ladrões têm que a todo custo sair daquela casa muito bem trancada e selada. As portas de saída, em um efeito maravilhoso, se distanciam cada vez mais de nós, dando a impressão de algo inalcançável.

A partir daí, entramos em um jogo de perseguição que nos lembra muito a brincadeira de “cabra cega” de nossa infância; em um local que se transforma praticamente em um labirinto. Qualquer movimento, qualquer respiro, qualquer ranger do chão é um motivo de tensão e o completo silêncio da trilha vira um tormento. Os ângulos inclinados acentuam a frustração e a confusão dos personagens e os primeiríssimos planos nos faz sentir claustrofóbicos. Junto com uma maravilhosa direção de fotografia de Luque, o diretor uruguaio consegue provocar surpresas e sustos bastante eficazes, a partir da criação de momentos e reviravoltas imprevisíveis.

Consequentemente, temos essa inversão de papéis entre o “vilão” e o “herói”. Neste quesito, contudo, há algumas falhas de desenvolvimento. Os ladrões são humanizados, cada um possuindo arco interno dramático, uma história que até os transforma em vítimas. E eles podem até ser, mas o que talvez fosse mais interessante era se essa troca fosse mais intensificada, para criar um impacto maior e evidenciar o objetivo do filme. Além disso, as cenas, nas quais mostram os rituais de assalto e, portanto, a forma como os três personagens atuam em conjunto para praticar esses crimes, é filmada em um ritmo mais acelerado, e pouco explorado. Como cada um, individualmente, é tão diferente que não identificamos exatamente qual é a ligação entre eles, ou o que os mantém unidos, salvo o triângulo amoroso que motiva os resgates.

Apesar disso, o roteiro é bastante sólido, coerente e crível. Trata-se de uma crítica muito profunda acerca de nossos pré julgamentos (que viram preconceitos) em relação às pessoas. Até porque, em tese, teria justificativa para alguém roubar o patrimônio de outrem? E o que seria tão perturbador em um idoso cego?

Esta obra coloca uma discussão muito séria também sobre o fato de que a sociedade isenta muito facilmente as pessoas que fazem “justiça” com as próprias mãos. O que seria mesmo “justiça”? Durante a trama, vemos um homem ser autor de atos tão grosseiros, nojentos e desumanos que até esquecemos que os três personagens estavam errados em primeiro lugar. Isto, por óbvio, é executado propositalmente para, não somente definir o papel de Lang como o vilão da trama, mas também para que nós reflitamos sobre algumas atitudes que consideramos como aceitáveis.

Afinal, será que podemos realmente permitir que alguém a manter um cativeiro, praticar torturas ou matar outras pessoas, meramente por uma vingança passional?
5,0
Enviada em 8 de setembro de 2016
Um dos melhores, se não o melhor filme do ano. Realmente uma obra prima, que explora todos os nossos sentidos e põe à prova nossos conceitos sobre moralidade, ética. A sensação que tive assistindo este filme, é que tudo isso pode acontecer realmente, é algo credível, palpável.
Seu O.

5 críticas

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5,0
Enviada em 8 de setembro de 2016
Que bela surpresa é Don't Breathe (Não respire) ou O Homem nas Trevas. Pense num filme que brinca com espectador, testa nossos instintos, nossos sentimentos. Propositalmente te coloca em cima do muro, e isso não é ruim. Pelo contrário. A ideia de não existir um herói e um vilão o torna realista, cru. E o que te faz decidir para quem torcer, são as motivações dos personagens. Fica a critério da moral desenvolvida em cada espectador, o lado que ele escolherá. E isso, é uma sacada de gênio. Não é o filme que nos apresenta o vilão, ou vilões; ou o herói, ou heróis. É nós, de acordo com o nosso conceitos, nossos princípios, é que escolhemos o lado. Quero ver mais filmes de Fede Alvarez.
4,5
Enviada em 9 de setembro de 2016
Fazia um bom tempo que não assistia um suspense tão tenso e nervoso. Fede Alvarez entrega um intenso thriller, com boas surpresas, subvertendo papéis de vilão/mocinho da história. Muito bom!
4,0
Enviada em 7 de setembro de 2016
O Homem Nas Trevas a princípio esbarra em diversas dificuldades, culpa de um primeiro ato que tende a estabelecer um Universo para seus personagens, mas que destoa do restante. Passado a introdução destes, o filme torna-se capaz de deslumbrar qualquer fã do cinema de horror, ou do cinema em si, afinal, Fede Alvarez utiliza de todos artifícios possíveis da linguagem cinematográfica para potencializar O Homem Nas Trevas. Capaz de impressionar não só com violência gráfica, mas sua inteligência, acaba gerando questionamentos morais válidos e exibindo o terror em sua forma mais palpável, de maneira prática e deveras funcional.
5,0
Enviada em 19 de setembro de 2016
O Homem nas Trevas... o ano de 2016 está sendo bom para filmes de terror, o único que foi realmente ruim foi Boneco do Mal, de resto, foram todos bons, e aqui temos mais uma grata surpresa que com certeza é um dos melhores filmes do ano até aqui. O filme conta a história de três adolescentes, que pretendem assaltar a casa de um senhor cego, porém, esse senhor percebe a presença dos jovens, e eles precisam lutar por suas vidas contra um psicopata cheio de segredos e terrivelmente habilidoso. O filme é dirigido pelo Fede Alvarez, ele já havia feito um bom trabalho em "A Morte do Demônio", e aqui, ele se sai muito bem, o movimentos de câmera são precisos, há várias cenas onde realmente o espectador fica tenso e a edição também é ótima. O roteiro é genial, a premissa já parecia de cara interessante, e ela foi muito bem aproveitada. As atuações são excelentes, o próprio Stephen Lang, que interpreta o homem cego se sai muito bem, e dá vida ao personagem, os atores jovens Jane Levy, Dylan Minnette e Daniel Zovatto também se saem muito bem. A cinematografia do filme é perfeita, combina com o tom do filme, com a cor acinzentada e sombria, e a trilha sonora também é muito boa. Sobre os sustos, o filme tem alguns jumpscares que em sua maioria funcionam, mas o filme em si, mais te deixa tenso do que te assusta, o que é um ponto positivo, já que hoje em dia os filmes de terror se sustentam com sustos e mais sustos sem parar. O Homem nas trevas é um filme excelente, que consegue ter uma boa premissa que foi bem executada, sem dúvidas uma das maiores surpresas deste ano, que no geral está bem decepcionante, mas resumindo, é uma grata surpresa. Recomendo!
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