Média
4,4
1721 notas
Você assistiu Spotlight - Segredos Revelados ?
4,0
Enviada em 26 de janeiro de 2016
Um grande filme, não será surpresa se leva o Oscar. Bem feito, bem dirigido e com excelente elenco, Michael Keaton, Mark Ruffalo, Rachel McAdams. Um drama social e uma investigação jornalística sobre o lado negro da igreja católica, o celibato, e o abuso sexual de crianças por padres americanos. O filme é forte e detona a Igreja. Não será novidade se tiver dinheiro de judeus em seu financiamento. Todo ano tem um filme que interessa a esse grupo milionário de americanos. Muitos deles contra os nazistas. Um detalhe interessante é que não tem protagonista principal, todos são coadjuvantes. Mark Ruffalo, muito bem, também concorre ao Oscar. A Igreja, de tempos em tempos, é atacada de frente e sempre se recupera e continua sua trajetória, ela é maior que todos os padres, cardeais e papas, juntos. Aconteceu na idade média, quando se recuperou das atrocidades causadas pelas cruzadas e inquisições. Desta vez não será diferente. Um Papa argentino, talvez seja parte do processo de mudança. Quem for muito católico vai se sentir desconfortável, mas vale a pena.
anônimo
Um visitante
3,5
Enviada em 5 de fevereiro de 2016
-Filme assistido em 05 de Fevereiro de 2016
-Nota 7/10

Nos primeiros minutos de "Spotlight" já revela traços dramáticos daquilo que iremos encontrar no restante do filme.Um caso de pedofilia é registrado numa delegacia de Boston.A grande surpresa da história, é que o acusado é nada mais,nada menos que o padre da igreja local.
Daí começam então as investigações mais apuradas de alguns jornalistas focados no assunto. A jornalista Sacha (Rachel McAdams) parece ser a mais preocupada e interessada com a situação atual de seu trabalho.Seguida de perto por Michael (Mark Ruffalo),que passa seus dias correndo atrás de informações valiosas sobre o caso,junto com as principais vítimas do molestador.Não é a toa que a dupla de atores foram indicados ao Oscar.São as melhores coisas desse filme.O roteiro adaptado é preguiçoso. São poucos momentos interessantes nessa história.Muitos diálogos e pouca dinâmica entre os fatos reais.
3,0
Enviada em 1 de fevereiro de 2016
Em Boston, um grupo de jornalistas passa a investigar denúncias de pedofilia cometidas por padres, e a partir daí, conforme eles se aprofundam no assunto, percebem o quão entranhado no sistema esse crime hediondo está enraizado, sendo tratado com normalidade e acobertado pela Igreja de maneira criminosa. O tema em si já é bastante polêmico e pertinente. O filme mostra a hipocrisia de uma sociedade que aceita esse tipo de atrocidade por um dito “bem maior”, como se fosse algo aceitável, se for cometido por clérigos, que por fazerem “bem” a comunidade, podem fazer o que quiserem nos “bastidores”. Em um país cuja maioria de sua população é católica, esse consentimento torna-se algo estarrecedor. E disso o filme trata com bastante efeito. O elenco inclui nomes importantes como Michael Keaton, Rachel McAdams, Liev Schreiber, Stanley Tucci e Mark Ruffalo (todos ótimos). O filme foi indicado a alguns prêmios como o Globo de Ouro (incluindo Melhor Filme, Melhor Roteiro e Melhor Diretor), e não nego que tais indicações me parecem exageradas. O filme demora um pouco a engrenar. Seu ritmo inicial é arrastado e desinteressante. Começa a prender o interesse a partir do momento em que as vítimas começam a dar seus depoimentos, e depois há certo clima de suspense no ar. Há aquela expectativa pela busca da justiça. Pena que o filme é tão comedido. Apesar de alguns lampejos de histeria, o filme não chega a causar o impacto que poderia. Acho que se tratasse de um documentário (por ser baseado numa história real), seria muito mais interessante e intenso. Aqui tudo parece muito pasteurizado. Acho que é um filme que tinha tudo pra ser marcante e relevante, mas parece ficar no meio do caminho entre um filme denúncia e um drama açucarado sobre arrependimentos devido a “olhos fechados”. Tem mais boas ideias e intenções do que valor cinematográfico em si. Não há nada de realmente novo, contundente ou especial. Trata-se de um filme que não causa grande alarde. Vale a conferida mais pelo conteúdo de que trata, do que por sua realização em si.
4,0
Enviada em 25 de janeiro de 2016
Um interessante exemplar de uma história baseada em fatos reais, que revela notável importância no cenário mundial, nos segredos velados pela Igreja Católica sobre uma possível rede de pedofilia. Que faz refletir não só através dos homens por trás do poder que abusam desta posição, visto que põe em cheque, todo um sistema que passa a ocultar seus segredos as custas de traumas, suicídios e transtornos irremovíveis diante das revelações descobertas durante as investigações mostradas na película. Mostra ainda por cima, seres humanos com os seus dilemas e crenças em conflito com a sua própria fé, muito bem interpretado pelo grupo do Boston Globe, entre eles se destaca Keaton que emerge depois de seus sucesso com Birdman e um Mark Rufallo inspirado em seu papel. O filme prende do começo ao fim, porque o espectador logo se identifica com a improvável investigação que se transforma num escândalo e numa denúncia que com certeza nos promove uma reflexão as coisas institucionalizadas no decorrer de nossa existência. Esta denúncia soa também como uma crítica sobre a conivência que muitas vezes naturalizamos sem pensar nas consequências disso, e que nunca é tarde para consertar erros do passado em busca de uma paz na consciência. Direção correta de McCarthy, e mesmo não sendo digno de uma estatueta de melhor filme, merece esta indicação: pela importância, pela competência envolvida no aferimento do material e pela forma que a trama se desenvolve. Imperdível!!!!
4,5
Enviada em 30 de dezembro de 2015
Filme forte, digamos que de certa forma um soco no estomago. Forte não pelas cenas, mas, pela historia. Baseado em uma historia real, o filme aborda casos de abuso sexual com crianças na cidade de Boston, e a igreja ao invés de punir, transferiam os padres para outras regiões, onde supostamente continuariam praticando tais crimes.
O roteiro e direção estão impecáveis. Assim como a trilha sonora está muito bem com o ritmo do filme. O destaque para atuação, mesmo com um excelente elenco, Mak Ruffalo. Consegue convencer no papel e em certos momentos emocionar.
Ótimo filme, muito bem feito. Vale apena ser visto e revisto.
4,5
Enviada em 7 de novembro de 2016
Envolvente! Ótimo filme. Atuações primorosas de um elenco de primeira. Realmente, mereceu o Oscar de melhor filme. Deu vontade de fazer jornalismo! ;-)
3,0
Enviada em 8 de julho de 2017
Spotlight – Segredos Revelados, o vencedor das estatuetas de Melhor Filme e de Melhor Roteiro Original no Oscar 2016, ganha uma dramaticidade maior por sabermos se tratar de um caso que realmente ocorreu e que abalou as estruturas da Igreja nos EUA pós 11 de Setembro. Os jornalistas que realmente participaram da investigação iniciada em 2001, e que tiveram o fruto desse exaustivo trabalho finalmente publicado um ano depois, puderam sentir a sensação de dever cumprido com toda a repercussão e as consequências geradas pela divulgação de um assunto tão delicado: padres pedófilos.
A trama do filme nos apresenta ao mais novo editor do prestigiado jornal The Boston Globe, Marty Baron (Liev Schreiber). Ele se mostra interessado em desvendar possíveis desdobramentos de um caso envolvendo denúncia de pedofilia supostamente praticada por um padre da cidade. Para isso, Baron destaca o time de jornalistas investigativos da redação que se auto-intitula Spotlight (“holofote”), sob o comando de Walter Robinson (Michael Keaton). Assim a equipe, formada ainda por Michael Rezendes (Mark Ruffalo), Sacha Pfeiffer (Rachel McAdams) e Matt Carroll (Brian d'Arcy James) se empenha nas investigações que se estendem por meses, durante os quais dois advogados são integrados à história. Um deles é o acobertador Phil Saviano (Billy Crudup), e o outro é Mitchell Garabedian (Stanley Tucci). Este último possui muitos clientes que já foram molestados, e por isso mesmo está interessado que a verdade venha à tona. A apuração dos fatos irá culminar em uma lista composta por nada menos do que 87 nomes de padres que teriam abusado sexualmente de menores, apenas na cidade de Boston, o que leva a crer que esse número só se multiplicaria, se a investigação se estendesse pela América e ainda por todo o mundo.
Do ponto de vista jornalístico, Spotlight – Segredos Revelados revela muito mais do que a investigação em si. A rotina de trabalho na redação – cujo desenho de produção reconstituiu com exatidão – é detalhadamente ilustrada, por meio das diferentes atitudes tomadas pelos jornalistas (e as grandes atuações de seus intérpretes) nas diversas “frentes de batalha”. A começar pelo impacto causado pelo maior atentado terrorista já sofrido pelos EUA, que acontece no meio da trama, e obviamente reverbera em todos na redação do jornal. Mas a vida tem que continuar e os trabalhos do grupo Spotlight seguem adiante. O Rezendes de Mark Ruffalo se mostra o mais determinado em querer divulgar os resultados o quanto antes, o que fica evidente não só pela sua correria na tela, mas também pela gravidade das denúncias. Tanto ele quanto a Sacha de McAdams ouvem atentamente os relatos contendo os mais sórdidos e repugnantes detalhes, de maneira que ela não consegue ficar indiferente ao fato de que sua avó é uma frequentadora assídua das missas de sua paróquia. Enquanto isso o Carrol de d'Arcy James deixa evidente sua preocupação com seus filhos pequenos, ainda mais por haver uma casa paroquial ali próximo de onde mora. Já o Robinson de Keaton (que fez outro papel semelhante em O Jornal, filme de 1994) precisa lidar com uma triste decisão que tomou anos atrás, e que poderia ter mudado completamente o curso dos acontecimentos, e certamente evitado muitos abusos que se deram depois de sua displicente atitude. Há ainda uma curiosa cena, na qual Rezendes, cansado do “chá de cadeira” que estava tomando, levanta-se e corre para dentro da sala do advogado Garabedian, antes que sua secretária o impeça. Este momento inevitavelmente nos remete a um certo filme que é citado no próximo parágrafo, além de ser uma atitude ousada que permitiu ao jornalista ter acesso a um mar de descobertas, que foi se abrindo à medida que o advogado foi percebendo que as intenções do The Boston Globe eram mesmo as de levar os casos a público.
O oscarizado roteiro de Tom McArdle, mesmo sendo linear e convencional, permitiu ao diretor Tom McCarthy construir uma narrativa tão aflitiva (ou até mais) quanto a de outro filme referência do subgênero “suspense jornalístico”: Todos os Homens do Presidente (1976), ambas as histórias extraídas da realidade americana. Enquanto o clássico de Alan J. Pakula protagonizado por Dustin Hoffman e Robert Redford buscava elucidar o quebra-cabeça político do caso Watergate, que acabou vindo à tona e provocando a renúncia do então presidente Richard Nixon, Spotlight desvenda um dos maiores escândalos envolvendo a Igreja nos últimos anos, e talvez por isso seja mais dramático, pela delicadeza de seu tema, que permite ainda uma enorme gama de discussões. E as denúncias que se seguiram após os eventos relatados no longa não se restringem apenas aos EUA, pois, antes dos créditos finais, é possível visualizar uma extensa lista de casos de pedofilia envolvendo paróquias de diversas cidades do mundo, inclusive no Brasil.
A publicação real da reportagem do Spotlight em 2002, que congestionou os telefones da redação do The Boston Globe, rendeu a seus jornalistas o Prêmio Pulitzer no ano seguinte. Após a primeira publicação, mais de 600 matérias se seguiram, com novas denúncias, vindas de diversas outras cidades, que causaram o afastamento de 249 padres em todo o território norte-americano. Uma rápida busca na internet revela que os casos brasileiros citados no filme também tiveram consequências, com padres presos em várias cidades, mediante depoimentos. Se o jornalismo se empenhou para interromper práticas abusivas perpetradas vergonhosamente por pessoas que, ao contrário, deveriam prezar pelo bem de sua comunidade, o cinema dá a sua parcela de contribuição, tornando palatável um tema difícil por meio da produção e exibição de um grande longa-metragem, que revela segredos, expõe verdades e incentiva a justiça.
4,0
Enviada em 6 de fevereiro de 2016
O FILME É MUITO BOM.
LIÇÃO DE ÓTIMO JORNALISMO EM TEMPOS DE CRISE MORAL E ÉTICA!
A edição, dinâmica acompanha o processo de apuração da história dantesca dos padres abusadores de crianças. Edição do filme, edição do jornal, apuração da história, tudo muito bem conectado, atuações impressionantemente ótimas e uma trilha sonora para nos acalentar diante de toda sorte de sacanagens que estão sendo desveladas pela equipe de jornalistas investigativos do jornal de Boston.
Uma história horripilante, cujos efeitos ainda estão sendo sentidos pelas vítimas e seus parentes. Uma história de uma equipe de jornalistas que nos mostram como é importante a liberdade de imprensa. Não publicar os fatos apenas, mas ir mais a fundo, explicitar a estrutura criminosa toda. É, aliás, disso que andamos carentes em nosso Brasil, de mensalão e petrolão, Lava Jato e tantos crimes que infelicitam milhões de brasileiros pois o dinheiro roubado vai para os bolsos privados, para a locupletação de poucos, criminosos, bandidos ideológicos, infelicitando pessoas, o combate a doenças, epidemias, deixa de ser aplicado no que é vital para a população, para o País.
Como diz a crítica acima o filme é trabalhado numa chave bastante convencional, sem grandes arroubos estéticos e cinematográficos. Há um tanto de drama, política, triller, investigação, mas a edição que não nos deixa suspeitar de que os cortes são feitos para nos levar a outro campo de ação dos personagens, tudo feito com agilidade e maestria (é dessa edição que trata, André Bazin, em capítulo dedicado à criação da linguagem cinematográfica, com foco na montagem, em seu indispensável "O que é o Cinema?"). Sim, o filme trabalha numa chave bastante convencional, sem, contudo deixar de mostrar ao espectador toda a trajetória, o raciocínio, as contradições, interesses e medos e vontades envolvidos.
A denúncia, não aos padres e seus superiores, mas também à hierarquia e à instituição Igreja Católica, visto que o caso do assédio de crianças ganhou a dimensão planetária, não antes de ser constatado em centenas de cidades nos EUA, na Europa, e em todos os continentes. Esse a meu ver foi o grande serviço da apuração e publicação das reportagens e histórias publicadas pelo Boston Globe. É aí também que acerta o filme, ao ser fiel, pelo que sabemos, à história tal qual ela foi apurada pela equipe de jornalismo investigativo.
3,0
Enviada em 2 de outubro de 2016
Spotlight apresenta uma narrativa cíclica, em que a história se limita a tangenciar assuntos já sabidos pelo público desde o começo do filme: O abuso de crianças por padres da igreja católica. As complicações são meros conflitos de interesses de quem quer que os segredos sejam revelados e quem não os quer.
É salutar os conflitos interpessoais em filmes que possuem proposta similar a de Spotlight, porém não se pode imaginar que tais conflitos- que constituem o drama de qualquer obra-, sejam incansavelmente instados durante todo o filme.
O final já é o esperado, a denúncia dos casos encobertos. Spotlight não apresenta nada de mais, não há algo novo que impressione o espectador.
4,5
Enviada em 19 de maio de 2020
Ótimo filme, valendo destacar o ótimo roteiro e desenvolvimento da história, atuação maravilhosa de Mark Ruffalo, fotografia muito bem feita, Vencedor de melhor filme no óscar 2016. Spotlight é uma tapa da cara na igreja que conrropeu e foi conrronpida.
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