Média
4,5
2614 notas
Você assistiu Os Miseráveis ?
3,5
Enviada em 5 de novembro de 2013
“Les Misérables”, de Tom Hooper, é mais uma adaptação para o grande ecrã do eterno romance de Victor Hugo. Além de terem sido inúmeras as adaptações desta obra para o cinema, esperava-se algo de diferente e verdadeiramente original desta nova adaptação, já que ela teve como inspiração essencialmente o musical da Broadway e não a obra-prima de Victor Hugo. As primeiras imagens e trailers deixaram toda a gente com muita vontade de ver o filme e as oito indicações ao Óscar que o filme obteve veio deixar as expectativas ainda mais altas, tendo eu próprio ficado bastante curioso em ver esta obra cinematográfica. Os valores da produção eram surreais, o elenco era extraordinário e o material de base tinha tudo para originar sequências musicais excepcionais, mas Tom Hooper, uma vez mais, não nos encheu as medidas, sendo “Les Misérables”, na minha opinião, mais um filme bastante sobrevalorizado do realizador.

“Les Misérables” conta-nos a história de Jean Valjean (Hugh Jackman), um prisioneiro que consegue a liberdade condicional do seu guarda prisional, Javert (Russel Crowe), depois de cumprir uma pena de dezanove anos pelo roubo de um pão. Jean Valjean sabe que nunca deixará de ser visto como um criminoso aos olhos de Javert, mas mesmo assim decide tentar a sua sorte num novo mundo, totalmente modificado pelo passar dos anos. A tremenda miséria impele Valjean a cometer roubo numa igreja, sendo posteriormente apanhado por oficiais. Mas, ao contrário do que seria de esperar, o padre da igreja absolve-o de toda e qualquer culpa e oferece-lhe uma oportunidade de redenção. Esta oportunidade foi agarrada com toda a força por Valjean, que surge anos depois, com outra identidade, como uma figura respeitada e adorada pela população onde vive. Valjean volta a cruzar-se com Javert, reacendendo uma rivalidade antiga. Na sequência, Valjean causa o despedimento e a desgraça de uma funcionária da sua fábrica, Fantine (Anne Hathaway), e enfrenta outro caminho de redenção. Depois de ver todo o mal que proporcionou a Fantine, Valjean promete-lhe, antes desta morrer, que irá cuidar da sua filha, Cosette (Amanda Seyfried na versão adulta da personagem). Javert está cada vez mais próximo, sendo Valjean obrigado a fugir com Cosette ao seu cuidado e com uma revolução em Paris prestes a emergir.

Um dos principais pontos fracos do filme é mesmo a sua realização, deixando Tom Hooper, como já tinha referido, muito a desejar, tendo sido incapaz de filmar um musical desta envergadura com a imaginação e o sentido de grandiosidade que ele merecia. Os diálogos maioritariamente musicais, embora bem compostos e ensaiados, não deixam de causar a impressão de uma excessiva teatralizarão que não assenta completamente no grande ecrã. Os constantes diálogos musicais entre as personagens chegam a ser saturantes, sendo este mais um erro de Hooper, que deveria adicionar alguns intervalos para as necessárias apreensões e para o estabelecimento do elo emocional entre as personagens e o espectador.

Quanto aos actores, Hugh Jackman esteve muito bem, demonstrando que é um excelente actor e que consegue ser muito mais que um “bicho”. Em “Les Misérables”, a grande interpretação pertence a Anne Hathaway, que esteve absolutamente irrepreensível, sendo, na minha opinião, o melhor papel de sempre da jovem actriz. Russel Crowe teve um interpretação segura, como de resto já é habitual nele, deixando apenas um pouco a desejar enquanto cantor. Amanda Seyfried, foi uma das piores, talvez pelo facto de apresentar-se de forma irritantemente semelhante ao seu papel em “Mamma Mia!”. Eddie Redmayne foi competente, apresentando uma interpretação segura. Quanto à dupla Sacha Baron Cohen e Helena Bonham Carter, ambos conseguiram boas interpretações, mas estiveram longe de se inserirem com sucesso no enquadramento do filme, fazendo esta dupla parte da película com um único fim, o de arrancar algumas gargalhadas aos espectadores.

Esta nova obra de Tom Hooper não é um completo desastre, longe disso, mas com tanto dinheiro para a produção, com um leque de actores de luxo, com uma história de base fantástica, pedia-se a Hooper muito mais que aquilo que conseguiu.
5,0
Enviada em 4 de março de 2014
Que linda adaptação desse maravilhoso musical da Broadway que foi inspirado na clássica obra do escritor Victor Hugo. Os Miseráveis que conquistou 2 Oscar mais deveria ter conquistado muito mais, é um filme maravilhoso, eu nuca fui muito fã de musicais, mais Os Miseráveis me cativou do inicio ao fim, um belo drama musical que você assistindo até esquece de respirar. È sem duvidas o melhor filme musical que eu já vi em toda a minha vida, ele tem uma leveza em cada cena, uma bela forma de contar a história da revolução francesa, uma linda peça teatral com interpretações digna de Oscar assim como foi com a bela e talentosíssima Anne Hathaway que levou o Oscar de melhor atriz coadjuvante, Hugh Jackman da um show a parte e merecia ter ganhado o Oscar de melhor ator, Russell Crowe esta muito firme em seu personagem e como sempre com interpretações fantásticas, a bela Amanda Seyfried é um doce de atriz e da o toque que faltava ao filme, Helena Bonham Carter mais uma vez esta ótima, Eddie Redmayne, Sacha Baron Cohen, Aaron Tveit cada um tem uma bela interpretação no filme e sem duvidas é mais um belo trabalho de toda equipe de produção e do Tom Hooper que tbm dirigiu O Discurso do Rei que levou o Oscar de melhor filme, uma pena que Os Miseráveis não ganhou o Oscar de melhor filme, mais se você nunca gostou ou nuca assistiu filmes musicais com certeza se impressionara com Os Miseraveis.
3,5
Enviada em 5 de agosto de 2013
A clássica história de Victor Hugo, foi adaptada na própria França para ser um musical, pela dupla Schönberg e Alain Boublil há 26 anos atrás. O sucesso aconteceu mesmo via Broadway, de onde foi exportada para o mundo todo. Les Misérables é na verdade uma ópera moderna, e não um musical, ao menos no conceito de cinema para musical, onde os atores cantam e dançam. Em Os Miseráveis os diálogos e pensamentos das personagens são todos cantados.
A montagem da Broadway é tão conhecida e famosa, que muitas de suas músicas são populares, mesmo entre aqueles que nunca assistiram à montagem teatral, ao vivo ou em alguma produção da TV. A dupla francesa Schönberg & Boublil inclusive criou uma composição original para o filme.
O diretor inglês Tom Hooper pareceu uma escolha estranha para dirigir esta versão para o cinema do sucesso da Broadway, mesmo com o sucesso que obteve com o recente O Discurso do Rei. Hooper se saiu bem, mas em nenhum momento seu talento limitado proporciona ao filme alçar voo próprio como filme, restando assim uma adaptação apenas correta da versão original do teatro. Fico imaginando que o resultado teria sido bem superior como cinema se houvessem entregue a tarefa à diretora americana Julie Taymor, sempre visionária criadora em filmes como Across the Universe e A Tempestade.
Acho que a sorte de Hooper foi ter contado com um número tão grande de atores talentosos. Hugh Jackman se sai muito bem como Valjean, tanto no canto como na interpretação, o mesmo podendo ser dito de Anne Hathaway, marcante em uma pequena participação. Hooper exigiu bastante dos atores, explorando o máximo os closes e planos fixos nos solos cantados. A cena mais marcante de Hathaway - quando ela canta a conhecidíssima I Dreamed A Dream - foi feita toda em uma única tomada, sem cortes, e em plano fechado. Embora até ridicularizado por alguns críticos, acho que Russel Crowe está bem no papel de Jovert. Sem esquecer a dupla deliciosamente divertida encarnada por Helena Bonham-Carter e Sacha Baron Cohen, como o casal Thénardier, responsáveis na minha opinião pela melhor sequência do filme, onde Hooper realmente se superou. Mas o grande trunfo do filme com relação ao elenco vem daqueles chamados de "elenco de apoio", atores desconhecidos com pequenos papéis na trama, com destaque para o muito jovem Daniel Huttlestone, interpretando (e cantando com desenvoltura) o menino Gavroche.
Os Miseráveis começa muito bem, e suas primeiras sequencias se desenvolvem com fluidez - chegamos até a nos acostumarmos com os diálogos todos cantados. Mas quando o filme dá um salto no tempo, e já encontramos Cosette adulta, parece que a trama começa a se arrastar, fazendo pesar suas quase 2h30min de duração. É claro que toda ópera clássica tem como história principal uma história de amor, sendo todo o resto apenas um pano de fundo. Os Miseráveis tem até a vantagem de apresentar mais de uma história de amor, na verdade - a de uma mãe por sua filha, a de um pai por sua filha adotiva, a de jovens por uma causa, e a de uma moça em seu amor não-correspondido. Mas aquela que deveria ser a história de amor principal, de Cosette e Marius, não nos desperta simpatia nem atenção, talvez porque no filme eles não enfrentem de verdade nenhuma grande dificuldade para viver sua paixão, ou talvez porque a esta dupla especificamente falte o carisma que encontramos de sobra no restante do elenco.
É claro que Os Miseráveis tem uma produção impecável, que nos transporta para a época retratada, mas tudo é muito "comme il faut" (adequado), como diriam os franceses, deixando aquela sensação de "esperava mais". Há poucas cenas de destaque, isoladas, que na verdade se destacam mais devido à qualidade das canções. Hooper se esforçou demais em fazer o público esquecer a origem teatral do material filmado, abusando dos closes, e angulações de câmera espetaculares, esquecendo que poderia ter tirado partido de uma fusão teatro-cinema para abordar a história. No geral, pode-se até dizer que ele não foi melhor sucedido que Carol Reed quando adaptou para o cinema o musical Oliver ! - baseado no clássico de Charles Dickens, com o qual Les Misérables guarda muitas semelhanças.
3,5
Enviada em 18 de abril de 2021
Músicas boas e atuações ótimas, isso é um resumo do filme. Apesar de ser bastante longo (para quem não gosta de musicais pode ser cansativo), Hugh Jackman e Anne Hathaway conseguem manter o nível. Além disso, conta com dois ótimos coadjuvantes que roubaram a cena: Aaron Tveit e Samantha Barks.
5,0
Enviada em 23 de julho de 2013
Filme simplesmente incrível! Já tinha lido o livro anteriormente e me emocionado muito com a leitura, agora volto a me emocionar com o filme e com a bravíssima atuação desse elenco maravilhoso! Recomendo!
4,5
Enviada em 21 de julho de 2013
Bom dia, nunca fui fã de musicais, tinha um certo preconceito, mas posso dizer que queimei minha lingua depois que vi "Os miseraveis". A historia já bem conhecida do classico de Victor Hugo ganha uma apresentação de luxo nesta pelicula, com grandes atuaçoes de Hugh Jackman, Russel Crowe, Anne Hathaway, alias a Hathaway mereceu realmente ganhar o oscar como atriz coadjuvante , arrasou no papel da sofrida Fantine .Com interpretaçoes fortes e convicentes, mesmo sabendo que alguns dos protagonistas não eram cantores profissionais , arrasaram nas cançoes, a unica que verdadeiramente cantava e ja fazia musicais anttes era a linda atriz Samantha Barks que interpreta Eponine, confesso que ouvi repetidas vezes ela cantando "My own" com sua belissima voz. Gente então vc que assim como eu tem um certo receio quanto a musicais , se arrisque a ver "Os Miseraveis", um classico , tenho certeza que vc vai se apaixonar pelas historias, personagens e dramas .
2,0
Enviada em 13 de julho de 2013
Vou ser sucinto. Pra quem gosta de musicais, nota 10, pra quem não aprecia esse tema, não perca o seu tempo.
Éverton

2 críticas

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4,5
Enviada em 6 de julho de 2013
Excelente filme, mesmo não gostando de musicais achei o filme sensacional, um filme que te prende em frente a tela do inicio ao fim, mesmo sendo grande não é cansativo, O filme conta com grandes atuações de Hugh Jackman, Russell Crowe e Anne Hathaway e ainda com Sacha Baron Cohen e Helena Bonham Carter fazendo um casal "cômico" esplendido, o filme conta ainda com uma ótima fotografia, o único "desconforto" que senti foi com a fraca porém tolerável atuação de Eddie Redmayne.
Nunca pensei que isso fosse acontecer mas quando acabei de assistir Os Miseráveis, pensei: 'se não fosse um musical não seria tão bom"
4,0
Enviada em 3 de julho de 2013
" Os Miseráveis " de Tom Hooper, é uma adaptação do livro do escritor francês Vitor Hugo, que também virou musical na Broadway, e está em cartaz até hoje. Mas estamos para falar do filme, e em uma história forte e com muitos personagens importantes ( todos no fundo são protagonistas ), é preciso de um grande elenco. E nesse musical, é Hugh Jackman que faz o protagonista Jean Valjean, e nesse personagem, o eterno Wolverine, mostrou que sabe cantar, e cantar bem, principalmente no começo, onde se exige mais do ator. Mas quem chama a atenção é Anne Hathaway, no papel na prostituta Fantine; ela só aparece um pouco mais de 20 minutos, mas é na famosa canção I Dreamed a Dream que ela mostra uma mega talento, e se torna a melhor voz do elenco. A novata Samantha Barks ( quem também trabalha nos musicais teatrais de Os Miseráveis ) tem uma das melhores voz do elenco ( ou quem sabe a melhor ) , e sendo uma " estreante " mostra muita habilidade para atuar ( era até que merecida uma indicação no Oscar para ela ). Russell Crowe foi muito criticado por sua voz, mas eu não o achei tão ruim assim. E Eddie Redmayne e Amanda Seyfried, mostraram que sabem cantar, mas só deixaram a trama um pouco chata. Mas para uma
trama dramática, o diretor escolheu Helena Boham Carter e Sacha Baron Cohen para fazer o alívio cômico, e deu muito certo. Esse foi um dos melhores elencos do cinema, mas a direção de Tom Hooper, cansou e fez o filme não ser chamado de perfeito. Tom Hooper e sua câmera que não para nunca, e quando está parada, ela treme. Outro ponto negativo para o filme, é a produção ter um pouco menos de 3 horas de duração, e dar para contar nos dedos os diálogos normais, ou seja, o filme é inteiro cantado, e até frases comuns do dia a dia são cantadas, como " oi " ou " boa tarde ", tornando o filme, para quem não é muito chegado a musicais, é insuportável. Nas partes técnicas, o filme é um show, desde o ótimo figurino de época, até as maquiagens, passando pelo cenário montado, e uma mixagem de som estupenda. Mas no meio de tudo isso, Tom Hooper fez uma coisa unica, que entra na história do cinema: Um musical totalmente cantado ao vivo, ou seja, sem playback, os atores não vão antes, a um estúdio para gravar, e depois fazem as cenas na hora com playback. Isso nunca tinha acontecido antes em musicais. Final: Um ótimo filme, com um grande elenco, atuações soberbas, arte e músicas incríveis, mas peca na direção de Tom Hooper. O musical venceu 3 Globos de Ouro ( Melhor Filme: Comédia ou Musical, Ator em Comédia ou Musical para Hugh Jackman, e Atriz Coadjunvante para Anne Hathaway ), e venceu 3 Oscars ( Melhor Atriz Coadjunvante para Anne Hathaway, Maquiagem e Mixagem de Som ).
2,0
Enviada em 26 de junho de 2013
Sou fã dessa história,mas esse filme deixou muito a desejar. Talvez pelo fato de ser um musical,não conseguiu me prender. Quase dormi xD
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