Guerra Mundial Z – Vi ou não vi sangue?
Com uma leva de filmes nos últimos anos criando os seus “zumbi” de formas particular e as vezes com características novas esquecendo os clássicos zumbis. O que se esperava do filme era exatamente isso: Aí vem outra “espécie” de zumbi. E como será? E será que eles acertam desta vez? – Eu particularmente fui com essas perguntas. O público sempre espera algo novo, mas que não fuja da daquela essência dos clássicos zumbis. Como em “Madrugada dos Mortos” e da recente série “The Walking Dead” zumbi são zumbi e ponto. Não precisamos de novo de uma massante introdução ao gênero, ponto para o roteiro aqui, que coitado sofreu com tantas alterações, mas que conseguiu se vender.
Quando decidimos sair de casa e ir ao cinema, queremos ver a tal criatura e assim como no filme e na série que citei acima, em Guerra Mundial Z, o roteiro não perde tempo e já cai direto na ação. Para não dizer que o ponto de virada está no início da projeção, temos uma breve apresentação da família que será a espinha do roteiro. Uma família um tanto clichê: Uma mãe dedicada, um pai herói, uma filha asmática - para aumentar o drama -, e mais uma menina para piorar, ou seja, o personagem de Brad Pitt, Gerry Lane, está rodado de mulheres em um mundo desmoronando.
Se todos nós já tínhamos a ideia de como seria um apocalipse, eis que assistindo este filme mudamos nossos pensamentos e passamos a enxergar de uma outra maneira o cenário e os perigos que uma ameça desta magnitude pode causar a uma população despreparada para um ataque viral sem precedentes. Deixando um pouco de lado essa essência política do roteiro e olhando para os personagens, é chato não existir a “jornada do herói” (evolução do personagem de Pitt), na verdade, nenhum dos personagens passa por evoluções e nisso todos pecam: Todos entram e saem do mesmo jeito. Gerry (Pitt) é herói do começo ao fim e elevando ainda mais seu mérito quando descobre a cura.
Basicamente o que irá impulsionar o protagonista para dentro do filme será aceitar a missão com o objetivo de manter em segurança sua família. Um objetivo fraco, mas que funciona. Com a decorrer da ação frenética e os susto na poltrona, vamos esquecendo do seu verdadeiro objetivo, mas em certos pontos, o roteiro faz questão de nos lembrar que ele só está ali por causa disto, porque claro, ele deixou um rádio comunicador com a esposa que sempre vai voltar a cena tentando contato. O que torna desnecessário em certas ocasiões.
Faltou estampar o sangue, os pedaços de carne humana, as mordidas, etc?...Isso é algo que esperamos em um filme de zumbi. Faltou! Mas não percebemos essa falta ao assistir porque o diretor conseguiu usar bem os enquadramentos deixando tudo bem subentendido para baixar a classificação do filme. No final da projeção o sangue jorrou, as pernas foram arrancadas e as cabeças estouraram. Um bom filme e um dos melhores e inovador do gênero da atualidade.