Média
4,5
6366 notas
Você assistiu Pantera Negra ?
5,0
Enviada em 4 de abril de 2018
Finalmente, um filme da Marvel com emoção, apesar de ser uma história isolada dos vingadores, achei o melhor roteiro até agora! Elenco mais doq notável! Efeitos visuais na medida! Agora souberam distribuir a atenção, para esse espetáculo.
5,0
Enviada em 13 de junho de 2021
Como todos sabem, a década de 1960 foi uma época de grandes e decisivas mudanças no mundo. Dentre essas mudanças estava a igualdade de direitos civis aos negros nos EUA. Esse movimento tinha duas vertentes: uma, liderada pelo pastor batista e vencedor do Prêmio Nobel da Paz Martin Luther King (1929-1968), que, inspirado pela Bíblia Sagrada e pelas ideias do líder político e espiritual indiano Mahatma Gandhi (1869-1948), tinha como método de luta a não-violência e o amor ao próximo.

A outra vertente era liderada pelo líder muçulmano Al Hajj Malik Al-Shabazz, que passou à história como Malcolm X (1925-1965). Essa vertente criticava os métodos de Luther King - considerados passivos - e defendia a violência e o uso de armas como método de autodefesa, mas não de ataque.

O ano de 1966 foi particularmente agitado para o Movimento Negro. Foi nesse ano que Stockley Carmichael, um militante negro radical, ao ser preso pela 27ª vez, deu a seguinte declaração:

"Estamos gritando liberdade há seis anos. O que vamos começar a dizer agora é: Poder Negro".

Nesse mesmo ano, inspirado por Malcolm X e pelo maoísmo - vertente chinesa do comunismo baseada nas ideias do revolucionário Mao Tsé-Tung (1893-1976) - os ativistas Huey Newton e Bobby Seale fundaram o Partido dos Panteras Negras.

Os Panteras Negras ficaram conhecidos pelos seus confrontos com a polícia (o diretor do FBI, o famoso John Edgar Hoover, chegou a dizer que os panteras eram "A maior ameaça à segurança interna do país"), mas também pelos seus programas sociais comunitários como, por exemplo, clínicas de saúde. Um de seus membros mais conhecidos era a ativista Angela Davis (1944- ) sobre quem há o interessante documentário Libertem Angela Davis (2012).

Os Panteras Negras tiveram seu auge no início da década de 1970, quando houve o julgamento de Angela Davis, e, depois, começou a declinar até o partido ser extinto em 1982. Em 1989, foi fundado o Novo Partido dos Panteras Negras para Autodefesa, que os antigos panteras chamam de "ilegítimo".

No mesmo ano de 1966, o escritor Stan Lee e o desenhista Jack Kirby criaram o super-herói negro Pantera Negra. Lee, até hoje, jura que a escolha do nome do personagem nada tinha a ver com o partido e que foi uma "estranha coincidência".

Há aqueles que afirmam que a origem do nome teria sido por influência do maior futebolista português em todos os tempos, Eusébio (1942-2014), artilheiro e melhor jogador da Copa do Mundo de 1966, e que também era conhecido justamente pela alcunha de "O Pantera Negra".

O Pantera Negra não foi o primeiro super-herói negro. Já haviam aparecido personagens assim desde a década de 1940, mas sem superpoderes, sempre muito caricatos e nunca como protagonistas. O Rei de Wakanda inovava por ser radicalmente o oposto de seus antecessores.

Pantera Negra inicia contando a história do Reino de Wakanda, na África, onde, há milhares de anos atrás, caiu um meteorito repleto de vibranium, um metal duríssimo, durante uma guerra tribal. Ao final do conflito, todas as tribos, exceto uma, reconhecem o guerreiro chamado de Pantera Negra como seu rei.

O vibranium ajuda no grande desenvolvimento de Wakanda, que, devido às infindáveis guerras que ocorriam ao seu redor e ao modo como o povo negro era tratado pelas outras raças, isola-se do resto do planeta que pensa que o reino é um país pobre do Terceiro Mundo como tantos outros.

No século XX, em 1992, o rei T'Chaka (John Kani, de Coriolano) vai aos EUA encontrar-se com seu irmão, N'Jobu a quem acusa de ter vendido vibranium ao contrabandista de armas sul-africano Ulysses Klaue (Andy Serkis, da franquia Planeta dos Macacos). As acusações são confirmadas por um espião.

Após a morte de T'Chaka, seu filho, T'Challa (Chadwick Boseman, de Get On Up: A História de James Brown), torna-se o rei de Wakanda. Nesse meio tempo Klaue e Erik "Killmonger" Stevens (Michael B. Jordan, de Creed - Nascido Para Lutar), um ex-agente da CIA, roubam um artefato wakandiano de um museu e viajam para a Coréia do Sul para tentar vender o produto do roubo para Everett K. Ross (Martin Freeman, da série Sherlock), um agente da CIA. Klaue é preso por T'Challa, mas é libertado por Erik. Ross é gravemente ferido e T'Challa o leva para Wakanda para curá-lo.

T'Challa interroga Zuri (Forrest Whitaker, de Rogue One - Uma História Star Wars. Veja a crítica aqui), um antigo servo de seu pai, sobre N'Jobu. Zuri conta que N'Jobu planejava vender tecnologia de Wakanda para os afrodescendentes ao redor do mundo para iniciar uma guerra contra seus opressores. Erik aparece, revela ser o filho de N'Jobu, desafia e vence T'Challa pelo trono de Wakanda e torna-se o novo rei. T'Challa deve retomar seu trono para evitar Erik de realizar o plano de seu pai.

Pantera Negra retoma com força o movimento do cinema totalmente produzido e interpretado por artistas negros iniciado na década de 1970, nos EUA, que ficou conhecido como Blaxploitation (sobre o qual Panorama do Cinema falará futuramente) e que o cinema francês já vem realizando já há algum tempo como pode ser visto em duas produções realizadas em 2017: Château-Paris (veja a crítica aqui) e Uma Temporada na França (veja aqui).

Pantera Negra difere-se desses filmes franceses pelo fato de ser uma superprodução de um personagem de histórias em quadrinhos (HQ), mas assemelha-se ao mesmos por conter críticas sociais e políticas sobre como são vistas e tratadas as comunidades negras, africanas, afro-americanas e/ou afrodescendentes, o que inclui a onda de imigrantes-refugiados que vão para a Europa - e, em escala menor, os próprios EUA - em busca de salvação e de uma nova vida tal como pode ser visto no já citado Uma Temporada em Paris e, também, em outro filme francês, Samba (2015, veja aqui), estrelado pelo ator Omar Sy (Intocáveis).

Em um sentido mais amplo, o termo afro-americano também pode ser utilizado por comunidades negras de outros países do continente como, por exemplo, o Brasil, embora aqui sejam preferidos os termos afro-brasileiro ou, simplesmente, negro.

É importante dizer que, de uns anos para cá, também vem ocorrendo o fenômeno de onda de imigrantes-refugiados em terras brasileiras - que, assim como nos EUA, ocorre em escala menor em relação a Europa. Esse fenômeno pode ser visto na Grande São Paulo, principalmente na capital e na região do ABCD; e, recentemente, no estado de Roraima com a chegada de refugiados vindos da Venezuela.

As críticas sociais e políticas feitas em Pantera Negra refletem os dias atuais, pois vão desde o racismo e a intolerância até o extremismo político, o que inclui a interferência dos EUA em assuntos internos de outras nações. Aliás, esse é um tipo de crítica cada vez mais comum em filmes estadunidenses e, particularmente e curiosamente, em filmes de super-heróis como, por exemplo, o mal compreendido Batman vs Superman: A Origem da Justiça (2016). Porém, o que mais chama atenção é o conflito dos dois tipos de ideologia que dividem o Poder Negro até hoje: a de Martin Luther King (representada por T'Challa) e a de Malcolm X (representada por Killmonger, mas de modo distorcido).

É impossível não notar a estética Afrofuturista de Pantera Negra. Para aqueles que não sabem, o Afrofuturismo é uma estética cultural e filosófica de ciência, história e arte surgida na década de 1990 (com raízes na década de 1950) que combina elementos de ficção-científica, ficção histórica, arte africana - que inclui a arte da diáspora africana -, Afrocentrismo (ideologia dedicada ao estudo da história africana) e realismo mágico com cosmologia não-ocidental. O Afrofuturismo está presente em todo filme como nos cenários, figurinos, veículos, nas histórias contadas, sem falar na maravilhosa trilha sonora composta pelo sueco Ludwig Goranson.

O cineasta Ryan Coogler é um dos nomes mais recentes da nova safra de diretores negros juntamente com seu amigo Steven Caple Jr. (Creed II). Coogler fez sua estreia na direção em 2013 com o filme independente Fruitvale Station: A Última Parada, que foi o grande vencedor do Festival de Sundance daquele ano tendo conquistado os prêmio de melhor filme do júri e do público. Essa produção também marcou sua primeira colaboração com Michael B. Jordan.

Pantera Negra é apenas o terceiro trabalho de Coogler, mas parece ser o trigésimo, pela segurança demonstrada tanto nas cenas de ação quanto na direção de elenco. Sua direção faz o filme fluir tão bem que nem parece que tem mais de duas horas de duração. Pelo que demonstra até aqui, Coogler tem tudo para ser um dos grandes cineastas dos próximos anos.

A fotografia de Rachel Morrison (Mudbound - Lágrimas Sobre o Mississipi) mostra a África não como um local de miséria e violência, como é normalmente visto pelo Ocidente, mas como um lugar belíssimo, de flora e fauna exuberantes, de cultura rica e fascinante.

Uma das grandes sacadas de Pantera Negra é o sotaque "wakandiano" (que acaba por se perder na dublagem em português) de vários personagens que lembra muito o de países africanos de língua inglesa tais como Gana, Nigéria, Quênia e África do Sul, o que contribuiu para que o filme tivesse grande aceitação no continente.

Porém, Pantera Negra não teria tido tanto sucesso se não fosse pelo seu competentíssimo elenco.

De minha parte, não consigo ver outro ator que não Chadwick Boseman para o papel-título, que lhe coube como uma luva. Sua interpretação passa todas as características que se espera desse tipo de personagem: bondoso, forte, nobre, generoso, inteligente e bem humorado.

Michael B. Jordan mostra porque é considerado um ator-sensação em Hollywood. Com a mesma convicção que fez de Adonis Creed um grande herói, faz de "Killmonger" um grande vilão. O Oscar será uma questão de tempo para este grande intérprete.

Nakia mostra que está à altura de T'Challa tanto como noiva quanto como companheira de lutas. Sem dominação ou submissão. Desde a sua vitória no Oscar de melhor atriz coadjuvante por 12 Anos de Escravidão (2013), Lupita Nyong'o não para de fazer sucesso com direito, inclusive, de participar da saga Star Wars - que terá seu próximo episódio lançado no final de 2019. O céu é o limite para ela.

Angela Bassett, Forrest Whitaker, Martin Freeman e Andy Serkis são os chamados coadjuvantes de luxo, que acrescentam experiência e brilho à produção, sendo que Serkis mostra que não é apenas um intérpretes de personagens virtuais tais como Golum (sagas O Senhor dos Anéis e O Hobbit) e Capitão Haddock (As Aventuras de Tintim: O Segredo do Licorne). Seu talento supera essas limitações.

Para mim, uma coadjuvante que destaca-se em Pantera Negra é Letitia Wright (Jogador Nº 1), que faz da sua personagem, Shuri, uma versão feminina, afro e adolescente (embora a atriz esteja atualmente com 25 anos) do armeiro do serviço secreto britânico da franquia James Bond 007, Q (interpretado primeiro pelo saudoso Desmond Llewelyn e, atualmente, por Ben Wishaw). Além disso, ela é uma simpatia!

Na recente cerimônia do Oscar, Pantera Negra foi indicado a sete prêmios, incluindo o de melhor filme (perdeu para Green Book: O Guia), um feito inédito para um filme de super-heróis, e conquistou três (cuja relação está no início do texto). Sempre há aqueles que contestam a premiação de cinema mais famosa do mundo, mas, ainda assim e independente da quantia de prêmios conquistadas, foram vitórias justas.

Pantera Negra é um daqueles filmes que marca uma época. E nesta era das trevas que vivemos atualmente - com ascenção de governos de extrema-direita, preconceitos raciais e de gênero, e intolerância religiosa - torna-se um filme importante pela transmissão de valores bons, nobres e tolerantes, que estão cada vez mais raros em uma sociedade que torna-se mais materialista e fascista a cada dia que passa. É também um filme que transmite esperança, um sentimento que nunca devemos deixar de ter. E tudo isso vai muito além da cor da pele.

ESTE TEXTO É RESPEITOSAMENTE DEDICADO À MEMÓRIA DA VEREADORA MARIELLE FRANCO (1979-2018), DO JOVEM PEDRO HENRIQUE GONZAGA (2000-2019) E DO ATOR CHADWICK BOSEMAN (1977-2020).
3,5
Enviada em 19 de maio de 2018
Hoje dia de escrever mais uma vez sobre o universo Marvel, dessa vez apresentando um herói que já apareceu em outro filme, mas que consegue fazer isso sem bagunçar o que já foi apresentado. A apresentação do filme é simples, apresenta o principal lugar do filme sem enrolação, pulando direto para o drama que acompanha o filme, a mistura dos dois não é algo que surpreende, até pode ser um tanto clichê, para um filme que está apresentando um herói é até aceitável. A história foca tem 2 vertentes principais, uma envolvendo o vilão e outra com as dúvidas pessoais e internas do herói, ambas se encaixando bem, que mesmo parecendo um tanto clichê, cai bem para um super-herói. A parte que envolve o vilão não é muito diferente do que pode se ver em boa parte de filme de super-heróis, uma ligação forte com o herói, baseado num fato oculto e que envolve outros que o herói tanto gosta, com direito a reviravoltas, mortes e tudo mais o que se tem direito. Já conflito interno remonta para algo um pouco mais interessante, mostrando bastante a transformação de como o herói precisa mudar seu modo de pensar para evoluir, seja como herói, pessoa ou líder, e é nesse momento que o filme dá uma boa arrastada. Mesmo depois da maior reviravolta do filme, a falação e o drama continua, até mesmo um dos personagens parece dar um toque de parar com o drama e resolver logo as coisas, para não ficar muito enjoativo ver a mesma briga pelo sobre o mesmo assunto tantas e tantas vezes. Já o fim do filme é um pouco esperado, há mais conversação, muitas cenas de ação e que vale bem por ser um filme de super-herói, tudo fecha dentro do que serve para um super-herói, uma boa evolução pessoal, novos pensamentos e atitudes, além de superpoderes, um líder como o Pantera Negra mostrou muito mais como pessoa. No geral, um filme bom para apresentar um super-herói, com dramas interessantes apesar de parecer um tanto comum, e que tem um final mostrando bem a evolução do personagem, mas deixa o miolo do filme muito arrastado, um tanto repetitivo, e que lembra alguns outros filmes da Marvel que chegaram a parecer uma boa novela mexicana.

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4,0
Enviada em 5 de maio de 2019
Muita ação, bom roteiro, reviravoltas interessantes, mantém clima interessante e não é enfadonho. Consegue manter harmonia entre super heróis, tecnologia e importancia dos atores na trama. Vale a pena.
4,0
Enviada em 19 de julho de 2021
Bom Filme, eu Gostei, ação, aventura e ficção, o Filme conta a História de uma Disputa para assumir o Trono de Rei de Wakanda, Bom Filme, esse filme foi um absoluto sucesso de Billheteria, sendo o Segundo Lugar no Mundo em maior Bilheteria no ano de 2018.
3,0
Enviada em 25 de maio de 2018
Uma desgraça o que o Império Britânico fez com os povos colonizados da África. E agora, após assistir Pantera Negra, eu não consigo deixar de me lembrar desse sotaque britânico inconveniente de Chadwick Boseman, que soa tão fake, mas tão fake, que chega a ser mais fake que a própria historieta do filme sobre recursos trazerem tecnologia e sobre a riqueza ser um jogo de soma zero. Até quando serão contadas as lendas sobre economia folclórica ou dívida histórica para nossos filhos? É uma desgraça.

cinetenisverde.com.br
anônimo
Um visitante
5,0
Enviada em 17 de fevereiro de 2018
É com certeza um dos melhores e mais inovadores filmes de herós que existem, tem o humor o drama e a ação bem combinados, ás vezes imprevisivel , o que é bom! Pantera negra também traz excelentes atuações e faz um excelente trabalho acrescentando um novo universo aos universo cinematográfico da Marvel
Outro ponto positivo é o vilão que esse filme traz, é um vilão desafiador, com boas razões e intenções e trás excelentes diálogos( pelo menos bem melhores do que:"Eu vou destruir o mundo" ou "Eu vou acabar com todos vocês")
Com mais esse excelente filme o que nos resta a fazer é esperar por Vingadores: Guerra Infinita que promete ser um filme tão bom quanto esse ou melhor!
anônimo
Um visitante
4,0
Enviada em 11 de março de 2018
um bom filme. tudo muito bem equilibrado e bem feito. o vilão foi sensacional. fora isso sem grandes comentários.
4,0
Enviada em 18 de março de 2018
Pantera Negra chega aos cinemas dia 15 de fevereiro e vai mostrar que herói pode sim trazer uma mensagem séria e ser fiel aos quadrinhos, mesmo com adaptações que fazem todo sentido. O longa que faz parte do Universo Cinematográfico Marvel apresenta uma estética e um tom muito diferente do que estamos acostumados nos heróis da Marvel no cinemas.

Pantera Negra (Black Phanter) é um dos heróis mais interessantes da Marvel Comics e foi apresentado nos cinemas em Capitão América: Guerra Civil, e seu filme solo é uma conseqüência direta dos acontecimentos pós Guerra Civil e as ações de seu pai enquanto Rei de Wakanda. Mesmo não sendo um herói muito popular T’Challa (Chadwick Boseman) era um dos personagens mais esperados pelos fãs de quadrinhos a ter um filme solo, e quem conhece sua história e seu núcleo nas HQs já sabia o que viria, e realmente o filme não deixou nada a desejar. Wakanda é grandiosa e sensacional, e seus personagens possuem a profundidade necessária para a trama que se mostra um pouco previsível, mas mesmo assim muito interessante.

Com um elenco de peso que conteve atuações excelentes mantendo o filme sempre no ápice, como foi o caso de Lupita Nyong’o (Nakia), Danai Gurira (Okoye), Leticia Wright (Shuri) entre outras mulheres que roubam a cena durante todo o filme. As Dora Milaje são um caso a parte se mostrando como uma guarda impressionante, assim como nos quadrinhos, e Shuri (Leticia Wrigh) a super gênio engraçada e sempre pontual com suas tiradas, são com certeza os destaques do longa, e o que mais vai chamar a atenção de todo o público.

O vilão Erik Killmonger, interpretado por Michael B. Jordan, vai entrar para o hall de melhores vilões do MCU, que tem a fama de construir grandes antagonistas. Killmonger possui realmente uma boa motivação que é entrelaçada com a própria coroação de T’Challa (Chadwick Boseman) e muito bem explicada, além é claro de ser impiedoso e calculista, o que torna o vilão uma real ameaça, e é uma pena ter visto nos trailers de Guerra Infinita que o Pantera Negra estará presente senão seria bem possível achar que o herói iria ser derrotado.

Pantera Negra é um ótimo filme de herói que traz muito do tom de Capitão América: Soldado Invernal, consegue modificar algumas percepções sobre os filmes da MCU e principalmente é fiel aos quadrinhos quando mostra o empoderamento feminino, a força e a luta dos negros pelo seu espaço na sociedade moderna. Para quem leu ou lê Pantera Negra o longa manteve a expectativa esperada, para aqueles que não conheciam o personagem o filme será transformador e um divisor de águas dentro do universo dos heróis.

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3,5
Enviada em 4 de março de 2018
Em Pantera Negra, T'Challa, agora rei de Wakanda, um país isolado do resto do mundo com uma tecnologia super avançada graças ao vibranium, a maior riqueza desse povo, precisa capturar Ulysses Klaue, que conseguiu roubar um pouco do vibranium do país.

Durante essa jornada, T'Challa descobre que seu pai, T'Chaka, já falecido, no passado assassinou seu irmão, que tinha um filho (Erik Killmonger) fora de Wakanda, o rei escolheu não trazer essa criança para o reino. Agora, Erik quer se tornar rei de Wakanda e ajudar outros da sua raça usando a tecnologia que o país oferece.

Pantera Negra é de extrema importância por nos trazer um herói negro, com praticamente todo o elenco do filme também negro, a cultura africana tem uma presença extremamente forte no filme, além da general de Wakanda ser uma mulher. Todos esse elementos de representatividade fazem de Pantera Negra um filme de grande sucesso, algo diferente de tudo que já nos foi mostrado nos filmes de heróis até hoje.

Dos personagens, o que me chamou atenção foi que o vilão, Erik Killmonger, na verdade não pode ser considerado um grande vilão, ele na verdade tem os seus motivos para querer governar Wakanda, de uma forma diferente, ele quer defender seu povo. O próprio T'Challa, quando assume o trono, já se questiona de que forma poderia ajudar os povos que não possuem todos os privilégios de Wakanda, essa é uma questão presente no filme todo.

As mulheres também tem um espaço de destaque no filme, temos a general Okoye, sempre fiel ao trono, Shuri, irmã de T'Challa, que coordena o setor tecnológico de Wakanda, e Nakia, o grande amor de Pantera Negra, uma das personagens que mais se importa com os dever social que seu povo deveria ter com outros povos.

A cultura e os personagens apresentados no filme são o grande diferencial e são os elementos que fazem de Pantera Negra ser um grande sucesso, esse filme veio no momento certo. Na narrativa, vemos que a Marvel seguiu a mesma receita do sucesso dos seus outros filmes, um ritmo bem acelerado, com muitas cenas de ação, e um pouco de humor. Encontraremos Pantera Negra novamente em Vingadores: Guerra Infinita.
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