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    Não foi só Avenida Brasil que parou o país: Conheça a primeira novela a formar uma legião de fãs nacionalmente

    Atração foi exibida em estádios durante o período ditatorial no Brasil.

    Avenida Brasil completa 10 anos de exibição em 2022 e, até o momento, é a novela mais memorável da última década. Lembrada frequentemente como a atração que parou o país, a atração estrelada por Adriana Esteves, Murilo Benício e Débora Falabella foi um dos maiores sucessos nacionais e internacionais da Rede Globo.

    A novela foi responsável por mobilizar a internet diariamente a cada novo episódio e o final da exibição gerou congestionamento no trânsito, emoção generalizada e, até mesmo, mudança na agenda presidencial. Na época, a então governante Dilma Rousseff modificou a data de seus compromissos para conseguir acompanhar o desfecho da trama.

    Avenida Brasil
    Avenida Brasil
    Data de lançamento 2012-03-26 | min
    Séries : Avenida Brasil
    Com Débora Falabella, Adriana Esteves, Murilo Benício
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    Assista agora

    No exterior, Avenida Brasil teve o último episódio exibido em um estádio em Buenos Aires, na Argentina, reunindo cerca de dez mil espectadores. Posteriormente, a novela foi exportada para 132 países até janeiro de 2016. O sucesso da atração, como podemos perceber, foi absoluto.

    Mas sabia que não foi a única a causar tamanho impacto no Brasil? Gerando comoção semelhante — ou maior, considerando a época em que foi exibida — a primeira telenovela que parou o país se chama O Direito de Nascer, lançada no início da Ditadura Militar, em 1964.

    Conheça o fenômeno ‘O Direito de Nascer’

    O primeiro grande ato da história da telenovela brasileira veio com O Direito de Nascer, da TV Tupi, que esteve no ar por oito meses, entre 1964 e 1965. A produção era adaptação do roteirista cubano Félix Caignet e já tinha sido um sucesso no Brasil quando foi transmitida no formato de radionovela na Rádio Nacional e teve destaque também em revistas, ao ser apresentada como fotonovela.

    A novela protagonizada por Nathalia TimbergAmilton Fernandes e Isaura Bruno acompanhava Maria Helena e Albertinho, que eram de famílias rivais, se apaixonaram e tiveram um envolvimento que apenas a empregada, Mamãe Dolores, sabia. Quando a jovem engravida, o pai da criança sugere um aborto e ela rejeita a ideia, escapando com Dolores em seguida com o objetivo de ter o filho sem interrupções. A trama já era inovadora na época por ter uma mulher negra como protagonista.

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    O público se envolveu tanto com o desenvolvimento da história repleta de reviravoltas que o final da novela se tornou um grande evento que parou o Brasil. Em agosto de 1965, o último episódio de O Direito de Nascer foi transmitido ao vivo no Maracanãzinho, no Rio de Janeiro, no Mineirão, em Belo Horizonte, e no Ginásio de Ibirapuera, em São Paulo, com todo o elenco reunido no local.

    Nos dois dias de exibição, os estádios ficaram lotados porque, na época, muitas casas ainda não tinham aparelho de televisão. Ainda assim, levando em consideração a época em que a TV ainda não estava presente em boa parte dos lares e o acontecimento do então recente golpe militar sofrido nacionalmente em 1964, as cenas foram vistas por cerca de um milhão e meio de pessoas. Na capital carioca, os espectadores gritavam e choravam em clamor à adorada novela, trazendo um vislumbre do impacto que as novelas causariam futuramente, a ponto de se tornarem parte essencial da cultura de massa brasileira.

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