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    Família e abandono são tema de Coração Errante, filme do HBO Max com Leonardo Sbaraglia (Entrevista)
    Aline Pereira
    Aline Pereira
    -Subeditora
    Jornalista que ama boas histórias e combina a paixão por cinema e TV com comunicação para mergulhar ainda mais nos universos e personagens que já fazem brilhar os olhos. Pipoca, suspense, dramédia e uma pitada de reality são a receita perfeita para todos os dias.

    Filme emocionante do HBO Max, Coração Errante traz personagens lidando com o medo do abandono. Leonardo Sbaraglia e Miranda de La Serna analisam história e falam de experiência no Brasil.

    Com uma intensa, mas muito realista, história sobre família, amor e abandono, Coração Errante é o filme argentino do HBO Max que já está disponível no streaming. O longa é estrelado por Leonardo Sbaraglia, que, recentemente, trabalhou com Pedro Almodóvar em Dor e Glória e, agora, faz o pai de uma adolescente, interpretada por Miranda de La Serna - filha de Rodrigo de La Serna, o Palermo, de La Casa de Papel. A dupla, que veio ao Brasil para as filmagens, dividiu com o AdoroCinema a experiência com papéis tão caóticos.

    Coração Errante acompanha a história de Santiago (Sbaraglia), um pai solteiro que, após se separar do ex-companheiro, passa a viver uma vida de extremos. Ao mesmo tempo, vive uma relação difícil com a filha, Laila (de La Serna), uma adolescente que sofre com as consequências do abandono da mãe e da instabilidade do pai. Para o ator principal, foi justamente o caos o que mais o atraiu para o filme do HBO Max

    “O que mais me atraiu foi ter encontrado uma história que é difícil de contar. Como se expressam tantos sentimentos, tantas coisas sutis e complexas de contar? Poucas vezes fiz algo que reúne toda essa intensidade e sensibilidade (...) Há cenas em que estão acontecendo muitas coisas com Santiago, como se a todo tempo ele estivesse criando uma vida paralela em sua imaginação”, disse Sbaraglia em mesa redonda com participação do AdoroCinema.

    Errante Coração é um filme sobre o medo do abandono

    Após o fim do relacionamento com o ex-companheiro, o estilo de vida que Santiago adota faz pensar sobre os mecanismos, às vezes inconscientes, para tentar driblar a solidão. Para algumas pessoas, como é o caso do personagem, o sentimento vem de forma avassaladora e, mais ainda, o “modo defesa” para evitar pensar demais. “Santiago é um personagem que não se sente seguro quando está sozinho, ele sente que vai derreter, que vai morrer, que não pode viver em si mesmo. Acho que qualquer um pode se identificar com esse medo, com essa dor”, analisa o ator de Dor e Glória, que também conversou com o AdoroCinema sobre o filme de 2019.

    Família e todas as suas nuances

    A turbulência emocional vivida por Santiago também resvala em Laila, que acaba enfrentando dois tipos diferentes de abandono: o do pai, imerso em um mundo que parece não ter muito espaço para ela, e o da mãe, que se mudou para o Brasil e não cumpre com as promessas que fez. Apesar disso, boa parte dos conflitos vêm das semelhanças entre pai e filha, que faz com que os dois tenham mais dificuldade de enxergar um ao outro. 

    “É uma relação meio tóxica a princípio. Um dia, eles estão brigando como se não houvesse amanhã e no outro estão brincando. Mas ao mesmo tempo há um entendimento, uma cumplicidade e amor porque eles só têm um ao outro”, explica a atriz Miranda de la Serna, que relembra também sua primeira vinda ao Brasil. “Amei o Brasil, fiz amigos, fui à praia, dançamos muito. Foi mágico, vai ficar no meu coração para sempre”, disse.

    Filme LGBTQIA+

    Santiago é um personagem homossexual e, ao longo da história, conhecemos algumas de suas experiências amorosas, mas este não é o centro da trama, ponto positivo na opinião do elenco. “É uma história LGBTQIA+, mas isso não é o principal. Quase sempre quando falamos de filmes com personagens homossexuais, esta é a questão da trama. Acho que deixar em segundo plano é uma forma de naturalizar, o que é algo muito necessário”, analisa Miranda. Sbaraglia completa: “a orientação sexual de uma pessoa não é o que a define, uma pessoa é muitas coisas”.

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