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    Kati Critica: Para todos os ships que já amei (e odiei)

    Desculpa Peter Kavinsky, meu coração é de John Ambrose McClaren.

    Senhoras e senhores, o Kati Critica está de volta numa segunda temporada, para a alegria das 7 pessoas que acompanham essa coluna fielmente! E uma delas é a minha mãe — oi, mãe! Na realidade, eu tive que fazer uma pausa para cobrir a temporada de premiações, que é minha época favorita do ano, mesmo que eu seja um desastre nos bolões e perca dinheiro.

    Mas isso não vem ao caso. E tem coisa mais importante que o Oscar neste mês de fevereiro (e não estou falando do Carnaval, apesar de estar ansiosa para dormir no feriado enquanto todos vocês pulam no meio da rua). Trata-se da estreia de Para Todos os Garotos: P.S. Ainda Amo Você (também conhecida como Para Todos os Garotos que Já Amei 2 ou "sequência com nome mais complicado até o lançamento de Doutor Estranho no Multiverso da Loucura").

    Ps no meio de texto: Minha primeira coluna foi sobre comédias românticas, que surpresa que esse é o tema do meu retorno, não?

    Dessa vez, o charme do "whoa whoa whoa" de Peter Kavinsky (Noah Centineo) é ameaçado com a chegada da fofura de John Ambrose (Jordan Fisher). Mas preciso dar um pouco de contexto pessoal para continuar, então senta que lá vem história. *insira música de novela do Manoel Carlos*

    Através de uma amiga, eu fui apresentada para a trilogia de livros Para Todos os Garotos da Jenny Han, antes mesmo do primeiro filme ser comprado pela Netflix. Como péssima pessoa que sou, eu zoava muito a coitada quando ela começou a se apaixonar pelo John na segunda parte, enquanto eu seguia com o ship original Covinsky. Tradução = Lara Jean Covey + Peter Kavinsky.

    Ps no meio de texto 2: Eu amo nomes de ships desde os tempos de RBD, onde Alfonso "Poncho" HerreraAnahí virava Ponny, Christopher Von UckermannDulce María eram Vondy. Particularmente, eu era Trendy, que significava "ser traumada" em Alfonso e Dulce. Até hoje, nunca entendi esse nome...

    Ok, voltando para P.S. Ainda Amo Você. Quando o filme foi lançado, não é que eu fiquei com tanta dúvida quanto Lara Jean entre os dois boys magia? Isso se chama K-A-R-M-A

    Não me entenda errado, ainda verei todas as 12.327 comédias românticas do Noah Centineo na Netflix nessa vida. Mas é do Jordan Fisher que estamos falando. Ele faz musicais e eu sou a trouxa dos musicais. Ele salvou Rent! Live, que quase foi desastroso, porque um cara quebrou o pé nos ensaios. Ele tem a voz de um anjo e os passos de um Carlinhos de Jesus. Ele conhece o Lin-Manuel Miranda, que é tipo meu muso rei, cuja mente genial é dona da minha existência.

    Aí, esse garoto me vem todo cheio de flerte e fofura numa comédia romântica e querem que a Kati adolescente dentro de mim se controle? Não dá. 

    O grande karma aqui surge no fato que eu costumo ser vira-casaca. Sempre critiquei quem muda de ship ao longo de uma história. Eu fui team Edward (Robert Pattinson) mesmo depois do Jacob (Taylor Lautner) tirar a camisa em Lua Nova. Ele brilhar no Sol nunca foi problema. Inclusive, uma outra amiga descreveu essa paixão idiota de forma perfeita: "Para quê um diamante se ele brilha por vários?"

    Hoje em dia, fico com o diamante, sem pensar duas vezes, mas éramos jovens inocentes naquela época. Só depois descobri como, na realidade, isso era um relacionamento tóxico para todos os envolvidos e que eu não deveria me importar tanto com um universo ficcional. 

    Isso quer dizer que eu cresci e fiquei madura quando o assunto era não shippar em séries? CLARO QUE NÃO!

    Por sua vez, fui Stelena enquanto o ship foi destruído por causa de Delena, porque um grupo gigante de fãs torciam (mesmo depois dele ter matado o irmão dela!), pois Nian virou realidade, sendo que Nian terminou e Delena teve que continuar sendo empurrado pela minha goela abaixo. Esse parágrafo foi só para os fortes fãs de The Vampire Diaries não vou nem traduzir.

    E eu nem estou citando como fui trouxa de Klaroline em duas séries diferentes, nadei e morri na praia, Eu tive que aguentar Caroline (Candice King) pegando Tyler (Michael Trevino), enquanto iniciavam o relacionamento de Cami (Leah Pipes) e Klaus (Joseph Morgan) de forma semelhante ao relacionamento dele com a Caroline em TVD. Aí, matam todo mundo que atrapalhava o caminho do meu ship, trazem a vampira pra The Originals, me fazem acreditar que vai ter final feliz. Quando, na realidade, eu fiquei chorando por trinta minutos no episódio final de TO, tendo que me contentar com dois beijos e uma pegação na floresta num total de oito anos! Se eu ainda sou amargurada por isso? Jamais...

    Talvez eu tenha sido específica demais nos meus exemplos, mas a mensagem foi clara. Então, me ver realmente sem saber quem escolher num triângulo amoroso de ficção é realmente surpreendente. Gosto muito de dar opiniões, fui criada numa família onde tudo é resolvido na base da discussão, então acredito que sou capaz de argumentar sobre qualquer assunto. Mas nunca tinha parado para pensar que a dúvida também pode ser uma opinião. Afinal, a vida não é 8 ou 80, e existem infinitos números entre eles... Quem disse que comédias românticas também não proporcionam lições de vida?

    Moral da história: Nunca cuspa no prato, tenha comido nele ou não, pois, um dia, poderá comer. Sou uma filosofa, eu sei.

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