2015 é o ano em que eu mais vi franquias antigas voltarem, por mais que falte originalidade em Hollywood, não da pra negar que está sendo muito bom rever esses clássicos nos nossos dias atuais de maneiras diferentes, e agora volta a aclamada franquia de Jurassic Park. Não tem como assistir esse filme e não sentir o mesmo encanto sentido quando o primeiro Jurassic Park chegou, seja pela incrível música tema ou pelo simples fato de ver o parque dos dinossauros finalmente aberto, isso já faz a ida ao cinema valer a pena. Na verdade o parque por incrível que pareça, está começando a deixar de ser algo novo as pessoas, elas já não aguentam mais dinossauros, uma crítica a nossa sociedade que não se surpreende tão fácil, e como chamar a atenção deles de volta, claro crie algo maior e mais assustador. Porém é justamente essa invenção que acaba fugindo e aí o caos está feito. Daí terão vários personagens, cada um com sua própria trama que logo vão se encontrar, é aquela mesma velha história, porém o que importa é se os personagens são ou não divertidos, e isso acontece na maioria deles. O Chris Pratt que é uma espécie de domador de alguns dinossauros, ele é muito carismático provando mais uma vez o talento dele como o ator muito bom que ele é. A Bryce Dallas Howard também esta bem afinal ela também é uma boa atriz, confesso que nunca vi alguém correr tanto em muitos lugares de salto alto, chega a ser surpreendente. Os dois são os únicos que se destacam, não porque os outros presentes são ruins, mais porque nenhum deles parece real, são muito estereotipados, muito semelhantes a tantos outros personagens do cinema, que meio que você torce por eles, mais só segue mesmo o Chris Pratt e a Bryce Dallas Howard. Inclusive a um personagem em especial interpretado pelo Vincent D’Onofrio que me incomodou bastante, ele é muito caricato, nenhum ser humano de verdade faria o que ele fez nesse filme. Mais isso não rebaixa o filme não, pois o produto final entregue é bem mais satisfatório do que incomodador. A junção de suspense e aventura é perfeita, o ritmo nunca cansa, você esta sempre lá acompanhando o filme sem nunca pensar no tempo que falta pra acabar o filme. A direção pode não ser do Steven Spielberg, porém o Colin Trevorrow que substitui ele aqui, se esforçou pra criar o melhor Spielberg possível, e ainda homenagear seu longa original, há momentos em que o filme parece até um filme homenagem.Tecnicamente não há o que falar, a produção deste filme é inquestionável. Quase o filme inteiro é feito por CGI, porém o CGI é perfeito, imperceptível até, é lindo mesmo, tanto durante as exibições do parque, quanto nas cenas de ação que são muito bem executadas, especialmente no final onde ocorre uma batalha colossal que empolga qualquer um. Há pouco uso de efeitos práticos, mais eles estão lá pra cobrir o excesso de CGI e a junção funciona, e quanto ao uso do 3D ele é bom, vale a pena, mais não é necessário. Pode não ter a magia do primeiro filme, e nem ser uma obra-prima, mais dizer que Jurassic World será esquecido, aí já não concordo. Este filme é melhor que o segundo e terceiro longa da série, inferior ao original mais não necessariamente menos divertido. Não só fico feliz pelo retorno dessa franquia como também é também, de novo, um sinal que Hollywood está sabendo trazer coisas do passado de volta, e fazem a gente se divertir, com ou sem crítica a crise dela.