É sempre difícil roteirizar, filmar e editar uma história dentro de outra e vários diretores tentaram e falharam, com alguns exemplos de sucesso, como nesse caso. É possível afirmar que faltou muito pouco para o roteiro atingir a excelência, mas, uma pena, peca por deixar um conjunto imperdoável de fios desencapados e lacunas em ambas as histórias, na principal e na contada em livro, com passagens um tanto incompreensíveis, sem que o diretor, parece iniciante, tente esclarecer. Na verdade o filme é bem dirigido e com fotografia que impressiona pelas paisagens texanas, embora fique faltando as bombas de extração de petróleo em pequenas propriedades rurais. A personagem feminina é bem fraca em que pese a talentosa Amy Adams, a Lois Lane, namorada do Super Homem na Liga da Justiça, se esforçar no papel não consegue superar as fragilidades do roteiro em relação a personagem. Por sinal, de todo o elenco a atuação de Michael Shannon no papel do policial é excelente o que lhe valeu, merecidamente, a indicação de melhor ator coadjuvante no Oscar de 2017. Direção pouco experiente, mas vale a pena assistir, embora pudesse, com mais dedicação na direção, melhorar bastante.