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    Animais Noturnos
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    4,0
    876 notas
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    92 Críticas do usuário

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    Sidnei C.
    Sidnei C.

    115 seguidores 101 críticas Seguir usuário

    4,5
    Enviada em 6 de janeiro de 2017
    Tom Ford dirigiu seu primeiro filme há 7 anos. Sofreu com o preconceito de quem não acreditava na sua capacidade de produzir e dirigir um filme, supondo que se tratava somente de um capricho de um famoso estilista de moda que possuía fama e dinheiro para fazer o que quisesse. Ford surpreendeu a todos com o sensível e eficiente Direito de Amar, que de quebra trazia a melhor interpretação nas telas do ator Colin Firth. Agora, com Animais Noturnos, Tom Ford demonstra que Direito de Amar não foi um “feliz acidente”, e que ele possui, sim, muito talento para o cinema. Só que desta vez, ele está mais ousado, procurando apresentar uma história menos linear.

    Os créditos de abertura já demonstram que o diretor quer “causar”, e não está disposto a fazer simplesmente um filme quadradinho e convencional. Estas primeiras imagens, carregadas de poderosa mensagem subliminar remetem mais ao cinema tão personalíssimo de David Lynch. Analisadas superficialmente, as imagens dos créditos de abertura parecem não ter relação alguma com a história do filme, a não ser se constituir numa reprodução com vida das esculturas que Susan, a protagonista, está expondo em sua galeria de arte. Na verdade, este verdadeiro prólogo funciona mais como uma observação sobre a condição da protagonista. As “modelos” da cena não são magras e bonitas como Susan (Amy Adams), mas, ao contrário dela, demonstram estar muito felizes e alegres.

    Depois das cenas iniciais, onde somos apresentados a Susan, a história realmente começa, quando ela recebe o manuscrito de um livro escrito pelo ex-marido, Edward. Susan decide ler o manuscrito, e num recurso de metalinguagem, o livro se torna um outro filme dentro do filme. O interessante é que “vemos” o livro através dos olhos e imaginação de Susan, de “sua” leitura do livro. Assim, convencida que o livro – que é dedicado a ela – é uma espécie de vingança de Edward contra ela, Susan vê o protagonista da história, Tony, com a aparência física de seu ex-marido (assim, Jack Gyllenhaal interpreta os 2 papéis), enquanto que a esposa dele tem grande semelhança física com ela (a atriz que interpreta Laura é, de fato, extremamente parecida com Amy Adams). A partir dessa leitura de que o livro tem relação com ela e o ex-marido, Susan passa a relembrar seus momentos com Edward. Assim, o filme começa a transitar por esses 3 tempos narrativos: a vida atual de Susan, sua juventude – quando conheceu, se apaixonou e se casou com Edward – e a história contada pelo livro, o Animais Noturnos do título.

    Falando assim, pode parecer que o filme é confuso, mas não é. A grande demonstração de talento de Tom Ford é saber propor essa narrativa em 3 camadas e a maneira virtuosística com que ele as alterna. Não há passagens de forma clichê entre uma e outra, mas o diretor consegue marcar cada uma delas com elementos bem distintivos. A própria fotografia (excelente trabalho de Seamus McGarvey) se encarrega de dar o tom entre o mundo real e o fictício. Quando foca na história do livro, há o predomínio de tons saturados e secos – típicos de deserto onde a história se passa. Quando acompanha Susan, principalmente na época atual, o filme emprega uma luminosidade mais cristalina, e utiliza em cena o predomínio monocromático de cores fortes como o vermelho, o verde, o preto e o branco, que simbolizam o estado de espírito de Susan, que se alterna entre o medo, a culpa, a solidão e a insatisfação, e que se espelham em suas roupas e no ambiente em que ela se encontra. Além disso, como Susan trabalha em uma galeria de arte, Ford aproveitou para usar as obras (expostas na galeria ou na sua casa) como comentários visuais e metafóricos para a narrativa. E, mais uma vez, chamou o compositor Abel Korzeniowski para a trilha sonora. Embora não tenha um tema melódico tão marcante quanto o que havia feito para Direito de Amar, a trilha funciona muito bem para compor o clima do filme.

    Além da parte técnica, Tom Ford novamente demonstra grande habilidade na condução dos atores. Amy Adams possui uma interpretação mais introspectiva do que Jack Gyllenhaal, mas ambos entregam performances marcantes. No entanto, quem chama mais atenção são os coadjuvantes Michael Shannon e Aaron Taylor-Johnson (melhor interpretação de sua carreira, sem dúvida) que quase roubam a cena. Aqui é preciso comentar o cuidado de Ford com os detalhes. Não sei se o resultado foi fruto somente de maquiagem ou se houve um toque de efeitos digitais, mas é impressionantemente realista a diferença de aparência entre as 2 idades que Amy Adams e Jack Gyllenhaal interpretam no filme.

    Animais Noturnos poderá frustrar muitos espectadores com seu final, mas que, ao que tudo indica, foi fiel ao livro. No entanto, até chegarmos lá, Tom Ford nos carrega por um labirinto de emoções e observações sociais. A qualidade do filme é tão grande, que se ele se resumisse a contar a história do manuscrito já seria por si só excelente. É realmente nesta parte – o “filme” dentro do filme – que Ford demonstra um talento inusitado para uma narrativa carregada de adrenalina, lembrando trabalhos de Sam Peckinpah e os irmãos Coen. Lembrando apenas. Porque a partir deste Animais Noturnos, Tom Ford passa a ter estilo próprio.
    Anderson  G.
    Anderson G.

    1.222 seguidores 362 críticas Seguir usuário

    4,5
    Enviada em 10 de fevereiro de 2017
    “Animais Noturnos” tem um charme que poucos terão a percepção de notar, é como se fosse uma casca dentro de uma casca, você tem que o abrir duas vezes, com boas atuações e ótimos recursos técnicos, com uma cena de credito inicial que satiriza o o americano de uma maneiro visceral – embora desconexa com o restante do filme- temos aqui uma ótima obra esquecida pelas grandes premiações. Contemplem a historia de Susan (Amy Adams), que após um dolorosa ruptura com seu marido há 20 anos atrás se vê pensando nele constantemente, principalmente após receber um manuscrito do mesmo. Acho que não existe nem o que se pode ser reclamado em relação ao enredo, pois ele usa mais da subjetividade visual do que de roteiro, o roteiro é muito bem auto explicativo e mesmo com apenas duas horas de filmes, já é o suficiente para desenvolver todos os personagens, podemos até ter um final dubio que pode nos fazer questionar a qualidade do mesmo, mas após um pouco de reflexão, você ira desistir dos questionamentos. O filme tem uma moral que fala sobre a fraqueza do ser humano, e fraqueza aqui em questão é explorada de todos os lados, deste a física a de espirito, passando pela psicológica a emocional, todos os personagens em algum momento experimentam essa fraqueza (vou falar mais sobre isso na parte de spoiler), o filme também contem diversas criticas extremamente clichês ao modo de vida americano e ao conservadorismo. A fotografia deste filme é simplesmente linda, com muitos tons de azul e cinza, é uma fotografia pesada, tensa, carregada, e como se ela pesasse nos ombros de nossos personagens, com ousados ângulos de câmera, lotados de planos abertos e câmeras subjetivas que passeiam pelo cenário, Tom traz muitos ângulos interessantes, e agora uma coisa do filme que me tocou, e muito, sua trilha sonora, ela é tão simples e ao mesmo tempo tão complexa e linear, ela conversa muito sobre o filme, e quando a escutamos, é quase um convite a refletir sobre o que está sendo mostrado em tela. Temos aqui 2 atores sensacionais, que cumprem com o esperado em seus papeis – embora nada que anime muito, embora Jake esteja excelente- atores esses que são Amy Adams Jake Gylenhaa (que interpreta 2 personagens diferentes), mas quem acaba roubando completamente a tela é Michael Shannon e Aaron Taylor-Johnson, com seus espetaculares detetive e psicopata. Por fim, o filme do experimental Tom Ford divide completamente a critica mundo a fora, mas ao menos para mim, o filme é excelente pela sua simplicidade, honestidade, clareza e beleza como trata seus temas.
    spoiler:
    Uma das coisas que dividem a critica é o seu final, e a graça deste final, é que ele poder haver milhões de interpretações, essa é a graça da arte, cada um entendeu de uma maneira diferente, para mim, o personagem de Jake só quis mostrar que aquela parte fraca dele não existe mais, ele escreve o livro como uma forma de vingança sobre o aborto realizado por Susan, pois o livro fala sobre o que ele passou ao ter perdido a filha, mas de uma maneira extremamente exagerada, temos todos os estágios, a dor, o sofrimento, o arrependimento e a aceitação, e no final quando Susan o convida para o ver, ele não vai, pois aquele cara que aceitou o o sofrimento provocado por Susan morre junto com seu personagem do livro.
    anônimo
    Um visitante
    4,0
    Enviada em 4 de maio de 2019
    Um thriller psicológico de trama complexa com personagens introspectivos interpretados brilhantemente por um elenco estrelado. Cinema de alto nível, com uma elaboração de roteiro e direção sofisticada que se vê pouco hoje em dia...Filmão! NOTA : 8.5 / 10
    Magrinha D.
    Magrinha D.

    3 seguidores 1 crítica Seguir usuário

    5,0
    Enviada em 24 de novembro de 2017
    Filme muito bom! Todos os personagens do livro estão mortos no tempo cronológico real, o Edward "fraco", a filha abortada, e Sunsan, que viveu infeliz sua vida toda, com sua família, depois com Edward e por último com o seu atual marido, como se sempre estivesse morta. A filha e a esposa são as primeiras a morrerem, em seguida, os dois vilões do livro, que representam a personalidade atual de Susan, são mesquinhos, frios e cruéis, assim como ela foi quando abortou sua filha, no livro é como se versões de sua personalidade (os assassinos) tivessem matado a antiga Susan e a filha assim como ela fez na realidade, e por fim, o Tony morre quando deixa de ser fraco, quando mata o assassino da família dele e mata as esperanças de Susan, no tempo real. A vingança não foi a espera no restaurante, foi ter feito ela se arrepender da vida toda só p cumprir o que disse a ela, que ela poderia nunca ter aquilo de volta.
    Jake D.
    Jake D.

    89 seguidores 109 críticas Seguir usuário

    4,5
    Enviada em 21 de janeiro de 2017
    Animais Noturnos... esta aqui é mais uma grata surpresa que provavelmente será indicada ao óscar, o filme conta a história de Susan (Amy Adams), uma negociante de arte que se sente cada vez mais isolada do parceiro (Armie Hammer). Um dia, ela recebe um manuscrito de autoria de Edward (Jake Gylenhaal), seu primeiro marido. Por sua vez, o trágico livro acompanha o personagem Tony Hastings, um homem que leva sua esposa (Isla Fisher) e filha (Ellie Bamber) para tirar férias, mas o passeio toma um rumo violento ao cruzar o caminho de uma gangue. Durante a tensa leitura, Susan pensa sobre as razões de ter recebido o texto, descobre verdades dolorosas sobre si mesma e relembra traumas de seu relacionamento fracassado. A direção do filme é do Tom Ford, ele se sai muito bem, os movimentos de câmera são precisos, a edição funciona e a direção de atores é muito boa. O roteiro é excelente, quando está focando na história do livro, já na história da protagonista na vida real, o roteiro fica bem menos interessante. O elenco é muito bom, a Amy Adams está sensacional, assim como Jake Gyllenhaal e o resto do elenco também se saem muito bem. A cinematografia é muito viva, a trilha sonora é belíssima e combina com a atmosfera. Animais noturnos é uma grata surpresa sendo um filme marcante e com um final impressionante. Recomendo!
    Alessandra G.
    Alessandra G.

    2 seguidores 1 crítica Seguir usuário

    5,0
    Enviada em 22 de janeiro de 2017
    Filme sensacional, estética incrível, psicologicamente perturbador!
    Surpresa em todas as cenas, te tira da zona de conforto e fica estranhamente angustiado!
    Amei!
    Elder Lucas S.
    Elder Lucas S.

    16 seguidores 1 crítica Seguir usuário

    5,0
    Enviada em 11 de janeiro de 2017
    Fotografia e trilha sonoras fantásticas. Um ar de Denis Villeneuve porém incrivelmente mais bonito. Roteiro muito bom e tenso. Trocando em miúdos, o filme é uma verdadeira obra prima do cinema, com atuações inesquecíveis.
    Daniella B.
    Daniella B.

    15 seguidores 9 críticas Seguir usuário

    1,0
    Enviada em 1 de janeiro de 2017
    Achei muito fraco. Monótono, enredo pobre, sem graça mesmo.
    Está entre os piores filmes que vi na vida!!
    Saulo F.
    Saulo F.

    1 seguidor 1 crítica Seguir usuário

    0,5
    Enviada em 5 de março de 2017
    Muito ruim. Roteiro com diálogos falsos, péssima direção e personagens que não convencem... nem esse elenco de primeira salvou o filme. Perdi meu tempo.
    Desiré L.
    Desiré L.

    1 crítica Seguir usuário

    1,0
    Enviada em 2 de março de 2017
    Só queria entender como esses filmes estranhos/esquisitos são tão aclamados pela crítica. O filme realmente te prende, ele é perturbador, te deixa tenso... qdo vc acha que virá o grand finale... o filme acaba. Tinha tudo pra ser ótimo! É sério que alguém tenha amado esse filme?
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