Divertida Mente (2015) é um filme que, apesar de ter uma ideia muito criativa e original, me deixou com uma sensação de que poderia ter sido mais impactante. Eu dou uma nota de 3/5, porque, embora o filme seja bem feito e interessante, faltou algo para torná-lo verdadeiramente memorável.
A premissa de Divertida Mente, que mostra as emoções de uma menina chamada Riley sendo representadas por personagens dentro de sua mente, é inovadora. A ideia de personificar sentimentos como Alegria, Tristeza, Raiva, Medo e Nojinho é uma maneira inteligente de abordar as complexidades emocionais de uma criança em fase de mudanças. Além disso, a animação e o design visual são incríveis, com cores vibrantes e um mundo interno muito bem detalhado, criando uma experiência visualmente rica.
As vozes dos personagens também são bem escolhidas, com Amy Poehler (Alegria) e Phyllis Smith (Tristeza) fazendo um excelente trabalho ao transmitir as emoções de forma clara e empática. A interação entre os sentimentos, especialmente a dinâmica entre Alegria e Tristeza, é uma das partes mais interessantes do filme, trazendo uma reflexão sobre como todas as emoções têm seu papel na nossa vida.
No entanto, o filme me deixou um pouco frustrado em termos de narrativa. Enquanto a premissa era promissora, senti que a trama em si se arrastou em alguns momentos e não teve um desenvolvimento tão forte quanto eu esperava. A história de Riley e sua adaptação à nova vida não é tão profunda quanto poderia ser, e, embora o filme trate de temas importantes, como o crescimento pessoal e a complexidade emocional, acho que ele poderia ter explorado mais essas questões de uma maneira mais intensa e emocionante.
Além disso, a parte mais divertida e interessante do filme acontece no mundo interior da mente de Riley, mas quando o foco volta para ela e suas ações no mundo real, a história perde um pouco da magia e da criatividade que tinha inicialmente.
No geral, Divertida Mente é um bom filme de animação, com uma premissa única e uma mensagem positiva sobre aceitar e valorizar todas as emoções, mas ele não me tocou tanto quanto outros filmes da Pixar. Talvez tenha faltado um pouco mais de profundidade emocional ou até mesmo um ritmo mais envolvente. Ainda assim, é uma obra que vale a pena assistir, especialmente para quem gosta de animações que misturam humor com uma boa dose de reflexão.