Média
4,3
501 notas
Você assistiu Amor ?
5,0
Enviada em 24 de janeiro de 2013
Um filme muito bem feito em tudo, direção, atuações, locações, enredo, perfeito, embora muito triste, é um drama. Como é um filme com pouca ação, o expectador deve prestar muita atenção nos diálogos e expressões dos rostos, tudo tem um motivo para estar ali. O tema, muito recorrente no cinema francês, e assunto que hoje preocupa toda a Europa, o envelhecimento da população e como lhe dar com a questão. Qual a melhor solução? Cuidar dos idosos em casa? Colocá-los em abrigos e casas de repouso? Viver em comunidades? Ou apressar sua partida para o outro lado, recorrendo a eutanásia? O tema está aberto para debates e soluções. No caso em questão um casal de idosos optam por continuar em casa um cuidando do outro, até a chegada da hora da partida. É um filme muito comovente, por ser bem feito e mostrar uma realidade quase de documentário. Quem está nessa faixa de idade, ou tem alguém na família não pode deixar de assisti-lo.
4,5
Enviada em 17 de março de 2021
“Amor” é um filme contemplativo sobre os tumultuosos  sentimentos a morte iminente, de um jeito simples, visceral e cru o brilhante diretor Austríaco Michael Haneke foi cruelmente perspicaz em sua obra agoniante, um espelho triste ao qual não gostamos do reflexo.

O roteiro de “Amor” é simples, o que conquista o telespectador são suas nuances, desenvolvimento de personagens e escolhas narrativas, o longa conta a historia de Anne, uma senhora que sofre um AVC e começa a ter que lidar com as consequências de uma saúde debilitada, o drama em cima de seu marido, as coesões sociais e degradações sentimentais e fisicas são muito bem exploradas.

Tecnicamente, Michael Haneke é impecável, com um direção crua, muito câmera enquadrada, uma paleta quente e uma composição de cenários magnifica, o diretor consegue dar um background total dos personagens apenas com os detalhes e cenários do apartamento em que eles moram, esse detalhe somado ao diretor conseguir exprimir suspense e tensão de momentos simples me lembra muito o diretor Roman Polanski, Michel não faz questão de situar seu telespectador, apenas assistimos trechos de uma historia, diversos são os andamentos da narrativa que simplesmente não são graficos, e isso é bom, não ganhamos um conteúdo mastigado, o que recebemos é um obra que a primeira vista era simples mas depois percebemos o quão profunda a mesma é, temos um incrível final subjetivo e apesar do pé no chão do filme ainda temos um sutil e profundo toque do divino.

As atuações são outro show a parte, apesar do filme ter poucos personagens, o casal central da drama entrega uma atuação espetacular,  com destaque a falecida Emmanuelle Riva que entrega uma personagem apaixonada e dolorosa de se assistir, com uma atuação cheia de detalhes e amor, e também destaque para Jean-LouisTrintignant, que entrega uma atuação sóbria e muito poderosa, o ator mesmo representando fisicamente um sentimento consegue transbordar o intimo do personagem apenas no andar e no olhar, são duas atuações clássicas.

“Amor” não é um filme impecável, seu único defeito talvez seja seu ritmo que parece ser propositalmente lento, prolongando a angustia, Michael Haneke sempre foi um diretor que gosta de incomodar seu publico, e esse choque geralmente vinha da violência, mas aqui o diretor se reinventa e o incomodo vem a partir da impotência. Uma grande obra. Nota 9,5/10
4,5
Enviada em 18 de fevereiro de 2016
AMOR, o filme. O que dizer sobre o filme... SIMPLESMENTE AMOR!!! Em todos os sentidos.
O diretor Haneke é brilhante em suas escolhas, da abertura - que estabelece o que devemos esperar do filme - às cenas cotidianas de tratamento e os pequenos momentos de absurda tensão, que nesse cenário doloroso ganham proporções épicas, como o confronto com a enfermeira ou as discussões com a filha (Isabelle Huppert). A direção de atores é impecável, bem como suas escolhas estéticas e o roteiro incisivo. Como o protagonista, conhecemos o final, sabemos o que esperar da história, mas quando o golpe chega, ele é certeiro e esmagador.
Boa pedida...
5,0
Enviada em 17 de março de 2019
Obra-prima francesa, Amor é uma das mais puras e íntimas películas contadas no cinema mundial. Georges (Jean-Louis Trintignant) e Anne (Emmanuelle Riva), dois reformados professores de música, acabam de regressar de um concerto. Na manhã seguinte, Anne sofre um acidente vascular cerebral e fica com o lado direito do corpo paralisado. O amor do casal é colocado à prova, conforme o estado de saúde de Anne se deteriora. Amor é tão minimalista na forma como aborda a vida e a morte, a doença e o afeto que o espectador partilha com o casal, cada momento. Acima de tudo a compaixão e a cumplicidade entre ambos. Amor é um panegírico à vida humana, à condição humana de contrariar as adversidades e de eventualmente aceitá-las, encontrando no revés a possibilidade infinitamente pequena de felicidade e carinho. A enfermidade exige repensar e considerar o fim de um ciclo quer para Georges, na iminência da solidão, quer para Anne na iminência da escuridão. Amor é realizado por Michael Haneke (Violência Gratuita, A Fita Branca) um dos raros diretores que são capazes de uma profunda reflexão com tão pouco. Um filme deliberadamente privado da surpresa e do espanto. A realização despretensiosa dá espaço à complexa e crua interpretação tanto de Jean como de Emmanuelle, tão honesta e verdadeira que é impossível não sentir o filme profundamente. Amor não é um romance, nem um drama: é um enxerto da vida como a conhecemos. Indicado ao Óscar 2013 nas categorias de Melhor Filme, Melhor Diretor, Melhor Atriz, Melhor Roteiro Original e Melhor Filme Estrangeiro, vencendo essa última.
anônimo
Um visitante
3,5
Enviada em 14 de abril de 2016
-Filme assistido em 13 de Abril de 2016
-Nota 7/10

Descobrindo um pouco mais sobre o cinema do diretor Michael Haneke,me deparo logo de cara com "Amor".
E não só apreciei a delicada direção de Haneke,como também adorei as atuações de Emmanuelle Riva e Jean-Louis Trintignant.
História que recomendo.
4,5
Enviada em 21 de janeiro de 2015
Para se falar de morte, um diretor, habitualmente, investe em uma trilha sonora carrega, cenas melodramáticas e protoganistas auto-piedosos, mas Michael Haneke, que ganhou a préstigiado prêmio Palma d’Ouro de melhor filme no festival de Cannes pela segunda vez com esse longa, traz uma abordagem completamente oposta. O diretor usa a solidão e o silêncio para movimentar as personagens e, como resultado, obtém um dos filmes mais simples e belos dos últimos tempos. Focado em apenas dois atores, Emmanuelle Riva, em uma atuação incrivelmente sem excessos ou caricaturas e, de longe, a melhor do ano, e Jean-Louis Trintignant, num grau semelhante de realismo, o longa raramente abre espaço para cenários fora do apartamente dos protagonistas ou outros personagens, a única excessão contínua é Isabelle Huppert, que interpreta muito bem a filha do casal principal. A beleza estar na extrema realidade como a história se desenvolve. A simplicidade dura da direção, as incrivelmente humanas atuações do elenco e o roteiro extremamente cru e, às vezes, até cruel dão o tom desse longa, que trata magistralmente da inevitabilidade da morte, mas, também, exebi o sentimento de amor incondicional de uma forma surpriendentemente honesta, dura e bonita.
5,0
Enviada em 24 de dezembro de 2014
Um filme perfeito em todos seus aspectos,mas que pede a atenção de quem o assiste,afinal é um drama bem intenso,tanto em suas atuações,que aliás são impecáveis,quanto em seu enredo.
Michael Haneke é direto em sua história,como em toda sua filmografia,e aqui faz mais um filmaço.
Voltando a falar das atuações,Emmanuelle Riva constrói 'Anne' forte,perante a doença que lhe deixava cada vez mais frágil,junto ao seu companheiro Jean-Louis Trintignant que tenta manter 'Georges' cuidadoso com a esposa e sempre sensível em seu modo de tratar.
''Amor'' é um filme forte,angustiante,mas ao somar de tudo é brilhante.E como diz um personagem no filme... Foi Lindo,mesmo que triste,Vê-lo.
4,0
Enviada em 2 de abril de 2014
O filme francês “Amor” mostra a vida de Georges (Jean-Louis Trintignant) e Anne (Emmanuelle Riva), dois ex-músicos que moram em Paris. Logo no início, spoiler: o espectador já fica sabendo da morte da mulher, mas também é preenchido por muita curiosidade. Como o longa “começa pelo fim”, o próximo passo foi voltar um tempo, no caso, quando Anne ainda estava saudável,
no dia de uma apresentação de seu ex-aluno Alexandre (Alexandre Tharaud). Todavia, não demora muito para que os primeiros sintomas apareçam, o que ocorre na mesma noite do espetáculo. Na manhã seguinte, Georges presencia, mais explicitamente, o “pirepaque” da esposa, em uma cena fantástica, na qual a torneira tem um papel fundamental. A partir daí, o estado da idosa piora gradativamente: spoiler: ela passa de alguém com o lado direito paralisado que anda com cadeira de rodas para alguém que passa o dia na cama, sem conseguir se movimentar ou conversar.
O sofrimento ou estranhamento de todos os personagens é passado com muita nitidez (destaque para Trintignant, que consegue representar desde a preocupação com o que deseja que os outros vejam ou sintam em relação à situação – principalmente a filha, Eva (Isabelle Huppert) – até a falta de paciência e a aproximação da desistência). Emmanuelle Riva também merece ênfase, spoiler: até porque consegue “conversar com os olhos”.
Outro elemento importante do longa é seu ritmo: a lentidão (sem tratamento pejorativo) ocorre porque se trata de um filme sobre idosos e os problemas enfrentados na idade; não faria muito sentido colocá-los para dançar o kuduro! E é exatamente nessa monotonia (mais uma vez, sem pejoratividade) que a trama chega ao final, spoiler: aliás, bastante parecido com os últimos minutos de “Um estranho no ninho”: a morte, aqui, também é tratada como um acesso à liberdade (nos dois casos, um personagem estava debilitado, sofrendo, muito provavelmente). O falecimento da ex-professora de piano é a cena mais forte, de fato. Em meio a tantas que mostram o aumento da dependência dela, essa mostra um homicídio, indiscutivelmente polêmico, porque envolve questões ligadas à eutanásia e afins, apesar de não ser exatamente este o caso. Além dessa cena, as seguintes são também um pouco mais pesadas, porque exibem o que me parece um surto: a “morte matada” de Anne é seguida pela morte de um pombo, que já havia “participado” anteriormente e, implicitamente, pela morte do próprio Georges, provavelmente um suicídio, também apresentado em uma cena fabulosa, que, possivelmente, não é entendida por todos.
É, sem dúvida, interessante assistir a uma obra como “Amor”, um filme emocionante, mas que não provoca derramamento de rios de lágrima, por ser tratado como é, e que cria um vínculo com um dos medos mais profundos da humanidade, a morte, sem falar na presença da bagagem cultural dos franceses, que pode ser notada na sala lotada de livros e quadros e no piano, valorizadíssimo aqui, inclusive sendo ele, majoritariamente, o construtor da trilha sonora.
3,0
Enviada em 21 de maio de 2013
Filme bom de se ver, mas nada demais.
Nao tenho mais o que escrever.
5,0
Enviada em 29 de dezembro de 2014
Dono de uma filmografia impecável cujo intuito é escancarar, de forma muitas vezes brutal, a posição de voyeur do espectador (colocando-o como partícipe da narrativa), Michael Haneke consegue com seu novo filme, falar de um sentimento tão comum a qualquer indivíduo, mas tão maniqueísticamente abordado no cinema: o amor. E se você que conhece um pouco do currículo do diretor achou que pelo título de seu novo longa o veterano realizador finalmente se entregaria ao sentimentalismo hollywoodiano, pense duas vezes, pois o rigor estético e o tratamento sem concessões do diretor estão cada vez mais afiados e você vai, invariavelmente, se inquietar ou se incomodar com o que vai ver pois, afinal de contas, só os fortes apreciam o cinema visceral de Michael Haneke! ... (LEIA O RESTANTE DO TEXTO NO LINK ABAIXO!)
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