Um dos filmes de terror mais aguardados de 2022, O Telefone Preto chegou aos cinemas com um novo vilão assustador interpretado por Ethan Hawke. O longa assinado por Scott Derrickson (Doutor Estranho) é baseado em um conto publicado em 2004 por Joe Hill, que é filho de ninguém menos do que Stephen King. E o escritor deixou uma homenagem a um dos maiores sucessos de seu pai e há uma referência a It - A Coisa.
Ambientado em 1978, o longa acompanha a história de uma cidade assolada por uma onda de sequestros de crianças. O responsável pelos crimes é o misterioso Grabber (Ethan Hawke) que, um dia, captura o jovem Finney Shaw (Mason Thames), que precisa encontrar um jeito de fugir do cativeiro. Além do garoto, uma das principais personagens é a irmã mais nova, Gwen, interpretada pela atriz-mirim Madeleine McGraw - e é com ela que está a referência ao universo do palhaço Pennywise.
Isso porque em uma das cenas em que está procurando pelo irmão desaparecido, Gwen aparece usando o figurino que se tornou icônico em It, formado pela capa-de-chuva amarela com galochas. No filme baseado na obra de Stephen King, esta é a roupa do pequeno Georgie na famosa cena em que ele é atraído para o bueiro pelo palhaço sinistro.
Em entrevista à Vanity Fair, Joe Hill revelou ainda que uma outra “referência” a Stephen King acabou sendo cortada da versão cinematográfica de O Telefone Preto: o escritor contou que o diretor Scott Derrickson alterou pouquíssimas coisas de seu conto e uma delas foi uma das falas do personagem de Ethan Hawke. Na obra original, o vilão diz que trabalha como palhaço, enquanto no longa diz que trabalha como mágico. “Não é difícil entender por que fizemos essa mudança”, disse Hill.
Na mesma entrevista, o escritor disse que a referência ao palhaço não foi intencional e que ele não havia pensado na clássica obra do pai ao escrever seu conto. “Eu estava pensando mais em assassinos famosos da história norte-americana e o primeiro que veio à minha mente foi John Wayne Gacy, que trabalhava como palhaço”, explicou. A figura citada por Joe Hill foi serial killer que ganhou notoriedade nos anos 70 e, mais recentemente, teve sua história contada em documentário da Netflix.
“Já existe um Pennywise e não há espaço para outro”, pontuou o escritor - vale notar, inclusive, que ele e os outros filhos de Stephen King ganharam dedicatória no livro original. No Twitter, o autor se mostrou animado pela estreia do trabalho do filho nos cinemas. “Totalmente ansioso para O Telefone Preto, baseado na história aterrorizante do meu filho Joe”, postou.
