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    3 Tonelada$: Quanto do dinheiro foi recuperado? Veja mais números absurdos do assalto ao Banco Central
    Diego Souza Carlos
    Apaixonado por cultura pop, latinidades e karê, Diego ama as surpresas de Jordan Peele, Guillermo del Toro e Anna Muylaert. Entusiasta do MCU, se aventura em estudar e falar sobre cinema, TV e games.

    Com conteúdo inéditos e números impressionantes, série documental revisita um dos maiores crimes da história do Brasil.

    Na semana passada, a Netflix disponibilizou a série documental 3 Tonelada$ - Assalto ao Banco Central em seu catálogo. O projeto revisitou uma das histórias mais intensas da crônica policial brasileira.

    Um dos diferenciais do projeto é a presença de depoimentos, materiais e informações da investigação inéditos ao público. Mais de 30 pessoas foram entrevistadas, entre policiais federais, jornalistas, pesquisadores, procuradores e juízes.

    3 Tonelada$ - Assalto ao Banco Central: Série da Netflix tem entrevista inédita com ladrão que liderou "maior roubo do século"

    Foram três meses de pesquisa e seis meses para o desenvolvimento do documentário. Durante a pós-produção, que durou cerca de 16 semanas, a equipe absorveu cerca de 95 horas de material captado (75 delas na parte documental e 20 horas de reencenações).

    Durante 11 horas, um grupo de 34 criminosos retirou aproximadamente 164 milhões do cofre do Banco Central do Brasil em Fortaleza, no Ceará. O documentário apresenta importantes detalhes da investigação, que resultou na prisão de 99% dos bandidos. De acordo com a Agência Brasil, 40 milhões foram recuperados dos 164 milhões roubados, somando valores em espécie, imóveis e outros bens.

    A história do dinheiro "amaldiçoado"

    Conforme apresenta o documentário, houve uma espécie de ‘corrida do ouro’ em relação ao dinheiro roubado. Essa busca, tanto das investigações policiais, como de bandidos interessados nas altas quantias, fez com que o fruto do assalto ganhasse o estigma de “dinheiro maldito”.

    “A quantidade de relatos de extorsão e sequestro de ladrões, e seus parentes, chocou o Ministério Público do Ceará. Em alguns casos, alguns bandidos tiveram que fazer vaquinha para ajudar no resgate do companheiro”, conta o diretor e roteirista Daniel Billio. “Segundo alguns relatos, muitos assaltantes se sentiram aliviados quando foram presos, porque não aguentavam mais se esconder e corriam esse risco de sequestro”, completa.

    OS NÚMEROS DO ASSALTO

    - 34 criminosos envolvidos diretamente no assalto ao banco

    - 75 metros de túnel

    - Aproximadamente 11 horas de assalto

    - 164,5 milhões de reais roubados

    - 3,5 toneladas de cédulas de 50 reais não rastreáveis

    - Mais de 160 pessoas envolvidas em lavagem de dinheiro nos anos

    posteriores ao furto

    - 5 anos de investigação

    - Mais de 200 policiais federais de diversos estados estiveram envolvidos na

    operação ao longo dos anos de investigação

    - Ao todo, 129 pessoas foram indiciadas no processo por envolvimento direto no

    furto ou por lavagem de dinheiro

    - Cerca de 500 testemunhas foram ouvidas

    - Nas condenações em 1a instância, as penas somadas chegaram a 2.452 anos

    de prisão

    História do assalto ao Banco Central

    Em 2005, 34 homens passaram três meses cavando um túnel de 75m, que contava com iluminação, ventilação e até telefone, ligando a sede de uma empresa de grama sintética de fachada ao Banco Central do Brasil em Fortaleza, no Ceará. Em 8 de agosto daquele ano, invadiram o caixa-forte da instituição e saíram de lá com 164,5 milhões de reais – ou 3,5 toneladas de cédulas de 50 reais –, sem que ninguém visse ou ouvisse nada e sem que nenhum tiro fosse disparado. Após uma ação de cerca de 11 horas, deixaram para trás apenas um buraco de 60cm de diâmetro.

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    Para dar a dimensão dos acontecimentos, a equipe do documentário reconstruiu o túnel em um galpão em Embu das Artes-SP, tal qual o original. Não só as dimensões são praticamente as mesmas - porém com uma lateral aberta para que o interior do túnel pudesse ser filmado - mas também os objetos encontrados pelos peritos lá dentro, como ventiladores, tubulação de ar refrigerado, lâmpadas, garrafas de água e de isotônico, cordas etc. Para isso, a equipe da diretora de arte Jennifer Schauff trabalhou com fotos da perícia feita pela Polícia Federal, cedidas à produção, e depoimentos. Inclusive a maneira como os ladrões escavaram foi descrita em detalhes por dois membros da quadrilha à equipe de pesquisadores do documentário. Momentos fundamentais do caso também foram encenados na série documental, como a prisão dos principais envolvidos, baseados em relatos dos criminosos ou policiais.

    Os três episódios de 3 Tonelada$: Assalto ao Banco Central estão disponíveis no catálogo da Netflix.

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