Nos últimos anos, o roteirista Alex Garland tornou-se um dos talentos mais empolgantes do gênero de ficção científica assumindo a cadeira de diretor. Seu filme de 2014, Ex Machina, já havia nos atraído para os abismos sedutores da inteligência artificial. Aniquilação, de 2018, apresentou a exploração emocionante de uma região de outro mundo onde prevalecem suas próprias leis.
Mais recentemente, Alex Garland dirigiu uma série que, como um filme com cerca de cinco horas de duração, leva ao clímax todas as qualidades e temas recorrentes no trabalho do talentoso criador. Você pode assistir a todos os 8 episódios da minissérie Devs no Star+.
Devs é uma joia da ficção científica com imagens fascinantes
Raymond Liu/FX
No enredo da série de Alex Garland, a jovem engenheira de computação Lily Chan (Sonoya Mizuno) e seu namorado trabalham para a divisão secreta de desenvolvimento de sua empregadora Amaya, uma empresa de alta tecnologia em São Francisco. Depois que seu namorado é transferido para o departamento de desenvolvimento e desaparece sem deixar rastros, ela se aprofunda cada vez mais nos mistérios assombrosos desse mundo enigmático.
Desde o primeiro episódio, Devs irradia uma atmosfera incrivelmente misteriosa que, juntamente com as imagens nobres, imediatamente nos envolve. De episódio em episódio, Alex Garland lentamente espalha um hipnotizante pesadelo da ficção científica que fala da fascinante possibilidade de poder determinar o estado do universo em qualquer ponto do passado e, especialmente, do futuro.
A série de ficção científica que uniu dois dos maiores monstros do cinema que nunca veremosUma mistura de suspense tecnológico sombrio e jogo mental filosófico, Devs cria uma versão do pesadelo da mentalidade de espírito livre existente no Vale do Silício. A série de Alex Garland exige calma e paciência durante todo o tempo de duração, mas aqueles que continuarem a assisti-la serão mais do que recompensados.
Sem revelar muito, Devs finalmente se transforma em um colosso da ficção científica na TV que expande a mente e que, graças à encenação magistral, não precisa nem mesmo se esquivar de comparações com marcos como 2001: Uma Odisseia no Espaço, de Stanley Kubrick.