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    Matrix 4: Warner está sendo processada por atitude polêmica na distribuição do filme
    Rafael Felizardo
    Rafael Felizardo
    -Redator | Crítico
    Sonhador desde pequeno e apaixonado por cinema de A a Z, encontrou em David Lynch um modo de sonhar acordado.

    Formato de lançamento híbrido praticado pelo estúdio acabou causando grandes problemas aos bolsos de alguns executivos.

    Após a notícia de que Matrix Resurrections está tendo que lidar com um grande prejuízo nas bilheterias por todo o mundo, outra bomba chega para ameaçar ainda mais os cofres da Warner Bros, estúdio responsável pelo longa.

    Matrix: Resurrections
    Matrix: Resurrections
    Data de lançamento 22 de dezembro de 2021 | 2h 28min
    Criador(es): Lana Wachowski
    Com Keanu Reeves, Carrie-Anne Moss, Yahya Abdul-Mateen II
    Usuários
    2,8
    Adorocinema
    4,0
    Assistir em streaming

    Isso porque, neste mês, a Village Roadshow Entertainment, uma das produtoras por trás do filme, iniciou um processo legal contra a Warner por violação de contrato, alegando que a empresa ignorou algumas cláusulas ao lançar, simultaneamente nos cinemas e na HBO Max, o quarto capítulo da saga de Neo. Vale ressaltar que este formato híbrido foi adotado apenas nos Estados Unidos. No Brasil, o longa chegou ao streaming mais de um mês após a estreia nas salas de cinema.

    De acordo com o The Wall Street Journal, a ação foi aberta no Tribunal Superior de Los Angeles. O processo defende que por conta do lançamento simultâneo, a bilheteria do filme foi canibalizada, havendo grande prejuízo financeiro para a produtora e aumentando o índice de pirataria, além de acusar a Warner Bros de saber que isso aconteceria. A companhia ainda responsabiliza a Warner de estar tentando cortá-la de futuros filmes e séries de televisão baseados em personagens e propriedades intelectuais que possuem participação de ambas as partes.

    "O único propósito da Warner em adiantar a data de lançamento de Matrix: Resurrections foi criar uma onda desesperada de assinaturas premium da HBO Max no final do ano, por conta de saber que se tratava de um filme grande; apesar de também saber muito bem que o ato iria dizimar a bilheteria e privar a Village Roadshow de qualquer vantagem econômica que a Warner e suas afiliadas teriam. A Warner também vem planejando diversos esquemas para privar a Village Roadshow de seus direitos contínuos de co-ganhar e co-investir nos trabalhos derivados dos filmes que é co-proprietário", afirmou o advogado da Village Roadshow.

    Vale lembrar que a produtora e o estúdio têm uma longa história de trabalhos conjuntos no cinema, em produções como Sniper Americano, Coringa e os outros Matrix. Ultimamente, rumores apontavam que a relação entre as duas empresas estava estremecida, chegando, a Warner, a negar a participação da Village Roadshow no longa-metragem Wonka (2023) e em uma futura série de TV baseada no filme No Limite do Amanhã.

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    OUTRAS ENTIDADES JÁ HAVIAM CRITICADO O FORMATO HÍBRIDO DA WARNER

    O caso judicial Warner X Village Roadshow é apenas mais um de uma série de críticas recebidas pelo estúdio no último ano. Por conta do famigerado formato de lançamento adotado pela empresa em 2021, uma considerável parte de seus cineastas expressaram descontentamento com a situação, culminando, inclusive, na saída de Christopher Nolan — o diretor tinha parceria com a empresa há 20 anos, desde Insônia, em 2002 —, que desligou-se do estúdio e levou seu próximo filme, Oppenheimer, para a Universal Pictures.

    Além dos já citados, mais uma produtora, a Legendary Pictures, também chegou a cogitar uma ação legal, por conta dos lançamentos de Godzilla vs Kong e Duna na HBO Max. Contudo, um acordo extrajudicial foi fechado e a história esquecida.

    Com um futuro sombrio à frente e grandes prejuízos no bolso, a Warner precisará repensar suas ações se quiser continuar sendo um dos estúdios mais influentes de Hollywood nos próximos anos, afinal, o que não falta é concorrente para tal.

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