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    10 curiosidades sobre Charlize Theron

    Sabia que a atriz foi "revelada" quando discutiu numa fila de banco? Ou que o crush da "Furiosa" na infância foi Tom Hanks?

    Pascal Le Segretain/Getty Images

    Com mais de duas décadas de carreira nos cinemas, atuações marcantes e um Oscar na prateleira, Charlize Theron é uma atriz que já conquistou muita coisa em sua trajetória profissional. Do início da carreira na sétima arte em 1996 com Contrato de RiscoThe Wonders: O Sonho Não Acabou até Gringo - Vivo ou Morto, que chegou aos cinemas brasileiros neste mês de maio, a sul-africana coleciona papéis importantes. 

    No cinema de ação, Theron já viveu a guerreira Furiosa, a espiã Lorraine Broughton e a hacker Cipher em, respectivamente, Mad Max: Estrada da FúriaAtômica e Velozes & Furiosos 8. No drama, conquistou críticos e premiações com performances em filmes como Monster: Desejo Assassino, No Vale das SombrasTerra Fria e Jovens Adultos.

    Abaixo, descubra dez curiosidades sobre a artista.

    Pronúncia correta do nome

    Uma das principais coisas sobre Charlize Theron é que quase ninguém sabe como pronunciar Charlize Theron. Na verdade, o problema não está no primeiro nome, mas no sobrenome. Theron é um sobrenome popular na íngua africâner, idioma do ramo germânico falado na África do Sul e na Namíbia e levado ao país pelos imigrantes holandeses. Charlize, aliás, descende de holandeses, franceses hugenotes e alemães.

    Língua pátria

    Nascida em Benoni, Gauteng, na África do Sul, Charlize fazia parte de uma minoria na cidade que foi alfabetizada na língua africâner. O inglês, língua que a atriz fala nos seus diálogos nos cinemas, é um idioma que ela só começou a dominar na adolescência. Theron já disse que o inglês dela era "muito ruim, para falar a verdade" até que ela deixou seu país natal para investir na carreira de modelo. "Eu só tenho um sotaque americano porque, de fato, eu só aprendi a falar inglês de verdade nos Estados Unidos", afirmou. Desde o ano de 2008 a atriz também tem a nacionalidade estadunidense. Ela mora em Los Angeles, perto da casa de sua mãe, com quem ainda conversa em africâner quando estão à sós.

    Tragédia familiar

    Charlize presenciou um evento traumático ainda na adolescência. Em uma noite de 1991, Gerda Maritz, mãe da atriz, atirou e matou seu marido, Charles Jacobus Theron, pai Charlize. Charles era alcoólatra e chegou bêbado em casa agredindo sua esposa e ameaçando sua filha, o que motivou a ação de Gerda. A polícia investigou o caso e não indiciou a mãe por crime algum, considerando que os disparos foram dados em legítima defesa.

    "Eu fingi que nada aconteceu", afirmou a atriz sobre o incidente. "Eu não contei para ninguém. Eu não queria contar para ninguém. Sempre que alguém me perguntava eu dizia que meu pai tinha morrido em um acidente de carro. Quem quer contar uma história como aquela? Ninguém." Theron diz que lutou contra seus sentimentos até começar a fazer terapia, mais de uma década depois do acontecimento. Ela diz que pior do que ter presenciado sua mãe matar seu pai foi ter que sentir medo por viver com uma pessoa dependente de álcool dentro de casa por tanto tempo.

    Em uma macabra coincidência, a mesma casa onde Theron viveu durante a adolescência foi cenário de um crime brutal 21 anos depois, quando um homem que lá vivia foi torturado e morto por cinco assaltantes.

    Talentos antes da atuação

    Depois do incidente com seu pai, Theron, aos 16 anos de idade, começou sua carreira como modelo após vencer um concurso em Salerno, na Itália. Depois disso, Charlize e sua mãe se mudaram para Milão e ela passou um tempo trabalhando como modelo pela Europa. Aos 18 anos, a futura atriz conseguiu uma bolsa de estudos de balé em Nova York. Theron chegou a encenar números como O Lago dos Cisnes e O Quebra-Nozes. Ela teve de deixar a dança por conta de uma lesão no joelho. Vivendo em um porão sem janelas no inverno de Nova York, Charlize entrou em depressão até que sua mãe cruzou o Atlântico para visitá-la. "Ela me disse, 'Ou você descobre o que você vai fazer daqui para frente ou você pode ficar cabisbaixa na África do Sul'", relatou.

    Com 19 anos, Charlize viajou para Los Angeles com a intenção de viver na Meca do cinema mundial e tentar uma chance em Hollywood. Depois de chegar na Califórnia, com uma mala nas mãos e um cheque de US$ 400 feito por sua mãe, a atriz teve problemas para desembolsar o dinheiro no banco. Foi discutindo com um bancário que ela chamou a atenção de John Crosby, empresário de John Hurt e Rene Russo, que viria a representar a atriz dali em diante. "Eu estava implorando e suplicando e um cavalheiro veio tentar me ajudar", disse Charlize em entrevista para Oprah Winfrey na qual relembrou a ocasião. "O que eu não sabia era que eu estava fazendo um teste diante de um cara que viria a ser meu empresário. Na saída do banco o homem que me ajudou me deu o cartão dele e disse que, 'Se você quiser, posso ser seu empresário'."

    Tom Hanks, o crush

    Donato Sardella/WireImage

    A vida de Theron nunca mais foi a mesma depois que ela assistiu Splash - Uma Sereia em Minha Vida (1984) pela primeira vez. A comédia romântica com toques de fantasia a fez invejar Daryl Hannah, não por conta da beleza da atriz, mas por ser alvo dos galanteios de Tom Hanks, ator que era o crush da futura estrela de Atômica. "Eu cresci assistindo filmes do Thom Hankis. Ele era como um 'namorado'. Quando eu tinha oito anos de idade eu queria ser como uma das garotas nos filmes de Tom Hanks", afirmou Theron.

    A atriz realizou o sonho de trabalhar com seu ídolo de infância quando atuou na comédia dramática musical The Wonders: O Sonho Não Acabou (1996), estreia de Hanks como diretor (também estrelada e roteirizada pelo astro). Depois que as filmagens terminaram, o ator provou seu bom humor quando Charlize pediu que ele autografasse sua cópia do roteiro. "Ele escreveu as coisas mais elogiosas e belas sobre como ele sempre iria dizer que foi ele quem me descobriu", recordou a atriz. "E ele terminou o recado com um 'Prometa que você nunca fará televisão'. Eu tenho certeza de que ele teve que engolir essas palavras."

    Perdeu papel no trash Showgirls

    Metro-Goldwyn-Mayer Studios Inc.

    Impulsionada pela projeção que Sharon Stone teve depois que trabalhou com Paul Verhoeven em Instinto Selvagem (1992), Charlize ficou interessada em trabalhar com o cineasta holandês e chegou a fazer testes para estrelar o drama erótico Showgirls (2015). Por ironia do destino (ou sorte mesmo) Theron não conseguiu o papel no filme que tanto queria fazer, o que foi ótimo para a sua carreira. O longa-metragem sobre as agruras uma stripper em Las Vegas foi considerado tão ruim que arruinou a carreira de Elizabeth Berkley, atriz que ficou com o papel principal. Ao longo dos anos, Theron mostrou ter talento suficiente para superar filmes fracassados, ganhar prêmios e viver personagens icônicas, então é possível imaginar que sua carreira teria sobrevivido a Showgirls, mas não ter sido chamada para este filme certamente foi mais uma bênção do que uma maldição para a sul-africana.

    Mudança na aparência

    Newmarket Films / Jeff Vespa - © WireImage.com

    Dona de uma beleza digna de nota, Charlize Theron foi escalada para muitos papéis em que sua aparência era um aspecto importante de suas personagens. Para quebrar o ciclo do typecasting e mostrar outras facetas de seu talento artístico, a atriz aceitou o papel mais ousado de sua carreira até então ao viver a serial killer Aileen Wuornos em Monster: Desejo Assassino (2003), dirigido por Patty Jenkins. "Nunca me ofereciam esse tipo de papel e foi preciso que chegasse uma mulher, que estava dirigindo um filme pela primeira vez, para me darem um papel assim", comentou Charlize, que engordou mais de 10 kg para atuar no longa. A atriz entregou uma performance que o lendário crítico Roger Ebert classificou como "uma das maiores atuações da história do cinema". Theron venceu o Oscar de melhor atriz, o Globo de Ouro e o prêmio do SAG por seu trabalho em Monster.

    Encontro com Nelson Mandela

    Naashon Zalk/Getty Images

    Sua vitória no Oscar representou uma marca histórica para a África do Sul. Charlize foi a primeira atriz de seu país a vencer o prêmio da Academia de Artes e Ciências Cinematográficas. Por conta disso, a artista voltou para sua terra natal, onde foi homenageada pelo ex-presidente e vencedor do prêmio Nobel da Paz Nelson Mandela. O líder que lutou pelo fim do regime do apartheid agradeceu pela atriz ter usado seu talento para chamar a atenção para o país. "Inclusive, aqueles que não sabiam onde a África do Sul fica, agora já sabem", afirmou Mandela na ocasião, levando Charlize às lágrimas.

    TOC

    Neilson Barnard/Getty Images

    Charlize Theron já revelou que sofre de transtorno obsessivo-compulsivo (TOC). A atriz afirmou que a condição mental impacta a forma como ela cuida de seus filhos. Ela é mãe de duas crianças, ambas adotadas, Jackson e Ellen. Entretanto, é justamente o convívio com eles que a faz se sentir melhor.

    "Eu estou trabalhando nisso", contou Theron quando esteve no programa de TV da apresentadora Ellen DeGeneres. "Eu melhorei um pouco. Meus filhos definitivamente me ajudaram a ser menos ansiosa sobre o TOC." Theron já afirmou que já teve o hábito de inspecionar todas as trancas, armários e gavetas de um quarto de hotel antes de fazer qualquer coisa quando se hospedava em algum lugar.

    Causas

    Justin Barlow/Getty Images

    Theron é conhecida por usar sua fama e projeção global para ajudar a trazer atenção para diversas causas sociais. Além de militar pelos direitos das mulheres, estar presente em marchas pró-escolha nos Estados Unidos, apoiar a PETA e defender o banimento de roupas feitas com peles de animais, a atriz mantém a Charlize Theron Africa Outreach Project. A ONG é voltada ao atendimento da juventude da África do Sul e visa combater o avanço do HIV/AIDS e da violência sexual no país. Em 2008, a artista recebeu o título de Mensageira da Paz da Organização das Nações Unidas. Theron também militou pelo casamento de pessoas do mesmo sexo nos Estados Unidos e chegou a dizer que ela, heterossexual, nunca se casaria enquanto todos os casais de todas as orientações sexuais não pudessem se casar oficialmente com as pessoas que amam nos EUA.

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