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    "A Lagoa Azul não seria permitido hoje em dia": Brooke Shields fala sobre as cenas de nudez do clássico filme
    Rafael Felizardo
    Rafael Felizardo
    -Redator | Crítico
    Sonhador desde pequeno e apaixonado por cinema de A a Z, encontrou em David Lynch um modo de sonhar acordado.

    Durante uma conversa com o companheiro de elenco, Christopher Atkins, Shields abriu o jogo e discorreu sobre os bastidores da produção.

    Você conhece o filme A Lagoa Azul, certo? Um dos maiores clássicos dos anos 1980, a obra foi responsável por embalar as Sessões da Tarde de inúmeras pessoas, entregando uma trama sobre dois jovens que precisam sobreviver em uma ilha deserta após um trágico naufrágio.

    A Lagoa Azul
    A Lagoa Azul
    Data de lançamento 12 de setembro de 1980 | 1h 44min
    Criador(es): Randal Kleiser
    Com Brooke Shields, Christopher Atkins, Leo McKern
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    3,7
    Assistir em streaming

    Apesar da distância para seu lançamento, recentemente, o longa-metragem voltou a ficar sob os holofotes por conta de Brooke Shields, atriz que aos 14 anos deu a vida à personagem Emmeline, protagonista do enredo. Segundo ela, apesar do filme ter suas qualidades, dificilmente ele iria ao ar hoje, visto que vivemos em uma época de maior problematização em relação a determinados assuntos.

    “A Lagoa Azul não seria permitido hoje em dia. Nunca mais um filme assim será feito. Não seria permitido”, afirmou a estrela, durante uma conversa com seu companheiro de cena, Christopher Atkins, no podcast “Now What?”.

    “Animais foram feridos no filme. Estávamos pescando peixes e todos os tipos de coisas malucas. As crianças corriam nua na praia. Não poderíamos fazer isso agora”, completa Atkins, reforçando a fala da atriz.

    “A partir dos 40 anos nos tiram do mercado”, lamenta Brooke Shields, de A Lagoa Azul

    Para quem não se lembra, além do citado, algumas cenas grandemente sexualizadas colocavam Emmeline e Richard - personagem vivido por Atkins - em situações que certamente sofreriam com o público, hoje. Na entrevista, Brooke também revelou que passou por algumas dificuldades durante as gravações, principalmente por precisar estar sempre alerta para cobrir os seios com o cabelo, visto que sua personagem passava grande parte do longa nua da cintura para cima.

    Columbia Pictures
    Brooke Shields como Emmeline Lestrange.

    Vale ressaltar que a adaptação para o cinema do livro de 1908, escrito por Henry De Vere Stacpoole, recebeu inúmeras críticas negativas durante o lançamento, mas ainda assim conseguiu arrecadar US$58,8 milhões nas bilheterias globais. Enquanto Christopher recebeu uma indicação ao Globo de Ouro na categoria Ator Revelação por sua atuação, Shields ficou com o Prêmio Framboesa de Ouro de pior atriz.

    “Os anos que se seguiram foram de pura insanidade”, ainda contou Atkins, que sofreu com o alcoolismo até 1986, quando passou por um período de reabilitação. Até hoje, o astro continua a frequentar três reuniões do AA por semana.

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