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    Batwoman aspira ser Arrow da nova geração (Primeiras Impressões)

    Vale a pena assistir à série que traz Ruby Rose no papel da prima da Bruce Wayne?

    No mesmo ano em que Arrow chegou ao fim em sua 8ª temporada, Batwoman fez sua estreia no universo de séries de heróis da DC. Após ser brevemente apresentada no crossover "Elseworlds", Kate Kane ganhou uma série para chamar de sua, com muita ação, diálogos previsíveis e algumas reviravoltas. O episódio piloto foi exibido durante a Preview Night da San Diego Comic-Con 2019, nos Estados Unidos, e o AdoroCinema pôde conferir o capítulo em primeira mão.

    Batwoman traz uma Gotham diferente

    Na trama, Gotham está sofrendo com o abandono de seu herói, Batman, e cogita até desligar os holofotes que transmitem o batsinal. Três anos depois que o Homem-Morcego desapareceu, a segurança da cidade agora fica a cargo de Jacob Kane (Dougray Scott, contido, porém trazendo diversas nuances ao papel) e sua equipe militar da Crows Private Security. Quando uma das oficiais é sequestrada, sua filha, Kate, retorna à cidade. Prima de Bruce Wayne, ela descobre que ele é o Cavaleiro das Trevas e acaba aspirando assumir seu lugar como vigilante — em uma cena divertida e inspiradora que tem a ilustre participação de Luke Fox (Camrus Johnson), filho do guru de tecnologia das empresas Wayne, Lucius Fox. Basta dizer que é uma Gotham bem diferente daquela que conhecemos pelas histórias do Batman.

    Protagonista LGBT

    A todo momento, a série quebra paradigmas e prova que mulheres também podem lutar contra o crime na calada da noite. O mérito é trazer não só uma série protagonizada por uma super-heroína, mas também é a primeira produção televisiva do gênero a apresentar uma protagonista lésbica. A construção do romance do casal principal, formado por Kate e Sophie Moore (Meagan Tandy), deixa a desejar durante o capítulo, mas consegue gerar identificação com quem já foi apaixonado (e rejeitado).

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    Ruby Rose interpreta protagonista empoderada

    Batwoman traz cenas de ação que são dignas de Arrow, provando que a heroína poderia assumir o espaço deixado na grade de CW (e no coração dos fãs) pelo fim da série estrelada por Stephen AmellRuby Rose entrega uma personagem atlética e determinada, sem desapontar nos momentos emotivos — ainda que tenha que treinar um pouquinho mais nas cenas que demandam carga dramática.

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    Além da ação empolgante, a série lida não só com o tema rejeição (de amor e parentes), como também de família. Enquanto aborda o relacionamento conturbado entre Kate e seu pai — que a enviou para longe de Gotham a fim de mantê-la em segurança, após ela sofrer um acidente que matou sua mãe e irmã — também apresenta uma bela e divertida parceria com sua meia-irmã Mary (Nicole Kang).

    Ao mesmo tempo em que empodera sua protagonista, o episódio não tem tempo de desenvolver sua vilã, Alice (Rachel Skarsten), que parece um tanto quanto caricata e perdida em seus diálogos enigmáticos. Entretanto, ela é parte de uma importante reviravolta, que deve ser estendida ao longo da temporada. É esperar para ver.

    Uma série de super-herói tradicional

    renovada para a segunda temporada, Batwoman tem todos os elementos queridos pelos fãs do Arrowverse: uma heroína badass, ajudantes carismáticos, um romance que parece sem esperança mas torcemos para dar certo, vilões inspirados nos quadrinhos, muita pancadaria e boas cenas de ação. Resta saber se conseguirá sair da mesmice para sustentar o sucesso adquirido por ArrowThe Flash e Supergirl.

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