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    Sintonia: Com tecnologia e recriação de cenários, saiba como a 2ª temporada da série da Netflix foi gravada na pandemia
    Nathalia Jesus
    Nathalia Jesus
    -Redatora e crítica
    Jornalista apaixonada por cinema, televisão e reality show duvidoso. Grande entusiasta de dramas coreanos e tudo o que tiver o dedo de Phoebe Waller-Bridge.

    Estrelada por Christian Malheiros, Jottapê e Bruna Mascarenhas, a continuação da aguardada série brasileira já está no catálogo da Netflix.

    A 2ª temporada de Sintonia chegou ao catálogo da Netflix nesta quarta-feira (27) e já está em primeiro lugar entre as produções mais assistidas da plataforma no Brasil. Na aguardada estreia, os protagonistas Rita (Bruna Mascarenhas), Doni (Jottapê) e Nando (Christian Malheiros) seguem em busca de seus sonhos, mas os problemas continuam a perseguí-los na árdua trajetória.

    Sintonia
    Sintonia
    Data de lançamento 2019-08-09 | min
    Séries : Sintonia
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    Na nova fase, o funk guia uma importante parte da narrativa, trazendo participações especiais icônicas como Mc Kevinho, Alok e Fanieh, funkeira que fez sua estreia como atriz na série e se estabeleceu como personagem fixa nesta temporada. Além disso, Nando se tornou uma peça importante no mundo do crime, embora esteja tentando sair desta vida para criar sua filha confortavelmente. Enquanto isso, Rita continua sua caminhada na igreja, reconstruindo o templo onde se batizou e trabalhando como liderança jovem.

    Filmada entre novembro de 2020 e maio de 2021, a 2ª temporada de Sintonia foi gravada sob os protocolos de prevenção à covid-19. Devido às limitações de espaço e quantidade de pessoas geradas pela pandemia, a produção da série usou de toda a criatividade e recursos disponíveis para fazer a nova fase da atração chegar até nossas telinhas na Netflix.

    Como Sintonia foi gravada na pandemia?

    Todas as cenas filmadas na fictícia periferia Vila Áurea acontecem na comunidade Jaguaré, em São Paulo. Durante a pandemia, o local voltou a ser a casa de Sintonia, mas as gravações diurnas e noturnas seguiram rigidamente os protocolos de segurança sanitária, além de contar com campanhas educacionais de segurança para todo o elenco e equipe antes mesmo de começar a rodar as câmeras. Apesar disso, algumas mudanças nos cenários precisaram ser feitas, já que nem todas as locações da primeira temporada estavam com a mesma disponibilidade de uso.

    Devido às restrições provocadas pela pandemia, alguns locais foram recriados pela equipe de cenografia de Sintonia, como, por exemplo, a mercearia do pai do Doni — que se torna de grande importância para um gancho familiar exibido na 2ª temporada da série. Para reconstruir a locação original do zero, foi necessário o empenho de 40 profissionais, que terminaram a confecção da loja em 30 dias. E não é que ficou perfeito?

    Além disso, a equipe de Sintonia teve ainda mais desafios ocasionados pela restrição da covid-19, como a criação de um show de funk completamente aglomerado. Na cena em questão, Doni é convidado para se apresentar no Kondzilla Festival, conhecido como o “Lollapalooza do funk” e que, originalmente, reuniu 12 atrações no Pavilhão do Anhembi em 2019. Para recriar o evento em meio ao distanciamento social, supervisores de efeitos visuais e truques de câmera ajudaram a preencher o espaço entre um figurante e outro, causando a impressão de que o local estava realmente lotado.

    Importância da ambientação de Sintonia

    Tendo a periferia de São Paulo como pano de fundo, Sintonia é uma história de identificação de milhares de brasileiros que pouco se viram representados na tela. Com o cuidado da equipe de produção da Netflix, a trama e os cenários da série ambientaram o espectador do Brasil em uma realidade em que consegue se enxergar. Em entrevista ao AdoroCinema, o elenco comentou a importância de fazer uma série repleta de brasilidade e mostrar aos mais de 180 países exteriores sobre os outros ângulos pouco mostrados na mídia.

    “É mais uma responsabilidade gigante que a gente tem. Estamos ali representando uma parcela do Brasil, principalmente. Eu sou um jovem preto de periferia e também estou ali contando a minha história, querendo ou não, não estou só interpretando um personagem”, comenta o ator Christian Malheiros.

    Chegar o mais próximo daquilo com as nossas verdades para contar essa história e, principalmente, mudar essa imagem de Brasil de carnaval e futebol. Também existe o Brasil do racismo, do preconceito, da periferia. E precisa ser visto até mais que o Brasil do futebol, porque ali existem lugares, situações e condições sociais que a gente precisa se questionar, rever e mudar.
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