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    Y: The Last Man, nova série do Star+, imagina um mundo sem homens; Veja nossas primeiras impressões
    Aline Pereira
    Aline Pereira
    -Subeditora
    Jornalista que ama boas histórias e combina a paixão por cinema e TV com comunicação para mergulhar ainda mais nos universos e personagens que já fazem brilhar os olhos. Pipoca, suspense, dramédia e uma pitada de reality são a receita perfeita para todos os dias.

    Inspirada nos quadrinhos da DC, Y: The Last Man se passa em um futuro pós-apocalíptico em que os homens foram eliminados.

    Recém-chegado ao Brasil, o Star+, streaming da Disney com atrações mais adultas, lança Y: The Last Man, série baseada em uma história em quadrinhos da DC, publicada originalmente em 2002. Com uma premissa que chama a atenção e desperta muita curiosidade, a trama será lançada semanalmente na plataforma a partir desta segunda-feira (13). O AdoroCinema já teve acesso aos três primeiros episódios (serão dez no total) e, aqui, vamos compartilhar nossas primeiras impressões sobre a história. E não se preocupe: não há spoilers!

    Sobre o que é Y: The Last Man?

    Apresentando uma ideia diferente da das séries pós-apocalípticas mais populares, a história começa quando um evento aparentemente inexplicável que afeta o cromossomo Y elimina do planeta todos os homens que o têm. Não se sabe por quê, mas os únicos sobreviventes ao cataclisma são Yorick (Ben Schnetzer) e seu macaco de estimação, que se tornam “itens” valiosos para entender o que aconteceu e como reverter a situação. Enquanto isso, as mulheres lidam com a morte de metade da população mundial, enquanto precisam encontrar uma maneira de reorganizar a sociedade.

    Homens e mulheres: do casamento ao trabalho

    Antes do massacre, somos apresentados às protagonistas da história: mulheres em diferentes profissões e estilos de vidas e a série faz um bom trabalho ao expor de forma natural e realista os diversos conflitos nos relacionamentos com seus pares: infidelidade no casamento, sobrecarga em casa, o papel de mãe do parceiro, desvalorização no trabalho, entre outros. Quando tudo isso acaba de uma hora para outra, as dinâmicas entre as sobreviventes, é claro, também mudam de forma complexa.

    Nas primeiras semanas após o apocalipse, os primeiros problemas conversam com o mundo real, isso porque diversos setores da sociedade são ocupados quase que exclusivamente por homens e entram em colapso quando eles deixam de existir - abastecimento de energia e transporte são alguns dos exemplos, bem como o alto escalão político, majoritariamente masculino.

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    É neste cenário que surge uma das principais personagens, a congressista Jennifer Brown (Diane Lane), que toma a frente como a primeira mulher presidente dos Estados Unidos. Além de gerenciar a crise e conter as revoltas populares, Brown também precisa descobrir o que aconteceu - e é interessante observar o surgimento da política que surge neste novo modelo social, inclusive com a nova presidente tendo que lidar com as relações internacionais dos EUA e desfazer conflitos.

    “Sem homens, não há futuro”

    Em contraposição à congressista está a filha do ex-presidente, Kimberly (Amber Tamblyn), uma mulher conservadora, que acredita que os homens são oprimidos por mulheres que lutam por seus direitos. Em um dos momentos mais marcantes do início da série, Brown pede que todas cooperem com os esforços e Kimberly a questiona: “Sem homens, não há futuro”, diz, ao que a congressista responde com uma fala que também se conecta diretamente ao mundo real: “Estamos tentando sobreviver ao presente”. 

    Ao longo dos primeiros episódios, a série começa a pincelar essas divergências que são um ótimo ponto: mulheres não são todas iguais e não têm exatamente as mesmas causas. Recortes raciais, socioeconômicos, além de identidade de gênero, devem fazer parte da história toda e tem tudo para trazer pontos relevantes para deixar o público pensando - e teorizando ao longo das semanas.

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    O protagonista é um homem?

    Com maioria feminina na frente e atrás das câmeras - todos os episódios são dirigidos por mulheres -, é difícil não se questionar se, mesmo assim,a história de Y: The Last Man vai girar em torno de um homem, que se torna o Santo Graal deste novo mundo. Ainda precisaremos assistir ao restante da série para entender, mas a princípio ele não tem nada de “salvador da pátria”.

    Ao contrário, Yorick é apresentado como um jovem adulto mimado, egoísta e muito dependente da mãe e da namorada, o que deixa uma boa expectativa para descobrir como a série vai lidar com esse conflito de personalidade e que pode dar ainda mais significado à trama: entre todas as mulheres, a vida e as vontades dele são as que valem mais. 

    Y: The Last Man estreia em 13 de setembro no Star+. 

    Y: The Last Man
    Y: The Last Man
    Data de lançamento 2021-09-13 | min
    Séries : Y: The Last Man
    Com Diane Lane, Ashley Romans, Ben Schnetzer
    Usuários
    3,1

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