Como Crepúsculo quase causou o cancelamento de The Vampire Diaries?

Ame ou odeie, todo mundo sabe que Crepúsculo foi um fenômeno de popularidade entre o público jovem. A história de Bella (Kristen Stewart) e Edward (Robert Pattinson) abriu espaço para diversos filmes e séries adolescentes sobrenaturais, pois era a moda do momento. Um dos projetos a embarcarem nessa onda foi The Vampire Diaries, popular obra da CW. Mas muita gente nem imagina que a twilight mania quase causou o cancelamento do show. Calma que o AdoroCinema explica:

O universo de The Vampire Diaries

Baseado nos livros de L.J. Smith, TVD acompanhava a jornada de Elena (Nina Dobrev), uma jovem humana em luto após perder os pais num acidente de carro. Logo, ela se vê envolvida no universo sobrenatural quando se torna alvo de paixão dos irmãos vampiros Salvatore, Stefan (Paul Wesley) e Damon (Ian Somerhalder). Porém, com mais tempo de tela, The Vampire Diaries expandiu os horizontes de sua mitologia, abordando vampiros, lobisomens, bruxas, híbridos, sereias e até mesmo sua própria versão do demônio.

A série foi um sucesso de audiência para a CW, chegando ao fim em 2017, rendendo oito temporadas. O projeto ainda rendeu dois spin-offs: O primeiro foi The Originals, focado na família original de vampiros, que durou cinco temporadas. Atualmente, existe Legacies, centrado numa escola para jovens sobrenaturais e filhos dos personagens das outras duas séries, cujo quarto ano já foi confirmado.

Como Crepúsculo quase prejudicou TVD?

Mas como The Vampire Diaries foi criado? Afinal, os livros de L.J. Smith foram, inicialmente, lançados nos anos 90. Então, o projeto de uma adaptação foi negociada durante anos, até que encontrou um lar na CW, provavelmente a partir da moda Crepúsculo. Mas foi justamente o sucesso dos livros de Stephenie Meyer que quase fez Kevin Williamson desistir de ser um dos criadores da série.

Responsável pela franquia Pânico, o roteirista foi procurado pela emissora norte-americana para levar a história de Elena para as telinhas, junto com Julie Plec. "Minha reação imediata foi 'Hell no!'. Existia aquele grande sucesso de Crepúsculo e sempre ia acabar com alguma série para enterrar a moda dos vampiros. Eu não queria ser o final de uma onda. Quem imaginaria que teria um longo caminho a seguir antes de acabar?", contou ele ao Entertainment Weekly.

Felizmente, Julie Plec o convenceu do contrário. Inicialmente, ela tinha planos de criar uma série sobre uma escola sobrenatural (o que depois fez em Legacies), mas a produtora percebeu o potencial da obra de L.J. Smith, focando não apenas no triângulo amoroso, mas explorando o clima especial da cidade principal, que se tornaria Mystic Falls.

Por sua vez, Williamson se identificou com o drama de Elena na história, já que ele também estava de luto após a perda de um amigo. "É realmente a história de uma garota lidando com morte. Então, surge esse homem morto que traz vida para essa jovem. Pensei como isso era bonito e era algo que precisava naquele momento. Julie e eu sentamos na cozinha e choramos, desenvolvendo tudo. Era sobre Elena voltar a amar a vida. E funcionou. Numa forma estranha, o show se tornou o meu Stefan."

Assim, The Vampire Diaries estreou em 2009, mesmo ano da sequência de Crepúsculo; Lua Nova. Ou seja, há espaço para Cullens e Salvatores nesse mundo...