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    Festival de Cannes 2019: Com Bacurau e A Vida Invisível de Eurídice Gusmão, Brasil está representado nas principais mostras

    A coprodução O Traidor também representa o cinema brasileiro na Croisette.

    O Festival de Cannes sempre voltou sua atenção principalmente ao cinema europeu, privilegiando as produções de grandes diretores consagrados. A cada ano, títulos sul-americanos e africanos disputam as raras vagas na competição oficial, e em 2019, o Brasil estará muito bem representado.

    Bacurau, dirigido por Kleber Mendonça Filho e Juliano Dornelles, foi selecionado para a principal disputa do evento francês, em competição pela Palma de Ouro ao lado dos novos filmes de Pedro Almodóvar, Terrence MalickKen Loach etc. O projeto gira em torno de um documentarista no interior do Brasil, descobrindo que os personagens de seu filme são muito diferentes do que ele imaginava.

    Pelo disco voador no cartaz oficial, pode-se esperar uma fusão entre o drama, o terror e a ficção científica. Sônia BragaKarine TelesUdo Kier estão entre os nomes do elenco. Segundo o diretor artístico de Cannes, Thierry Frémaux, Bacurau "deriva da tradição dos filmes de cangaceiros, mas tem um traço autoral particular, extremamente político". 

    A Vida Invisível de Eurídice Gusmão, de Karim Aïnouz, compete na Mostra Um Certo Olhar, a principal seção paralela de Cannes. A adaptação do belo livro de Martha Batalha apresenta duas irmãs na década de 1940, que seguem vidas muito diferentes, enfrentando as regras sociais rígidas da época. Carol DuarteJulia Stockler ocupam os papéis principais, e Fernanda Montenegro integra o elenco.

    Ainda na competição oficial, O Traidor é uma coprodução entre Itália, França, Alemanha e Brasil, dirigido por Marco Bellocchio. O filme de máfia é filmado parcialmente no Rio de Janeiro, e conta com Maria Fernanda Cândido entre os atores. 

    Outras mostras de Cannes, como a Quinzena dos Realizadores, a Semana da Crítica e o ACID ainda vão divulgar suas seleções em breve, nas quais novos representantes brasileiros ainda podem ser incluídos.

    Nos últimos anos, a maior participação brasileira em Cannes ocorreu com o último longa-metragem dirigido por Kleber Mendonça Filho, Aquarius, muito bem recebido pela crítica e comentado na imprensa por suas mensagens políticas dentro e fora das telas.

    Em 2018, a coprodução brasileira Diamantino venceu a Semana da Crítica, e Cacá Diegues apresentou O Grande Circo Místico, com Jesuíta Barbosa e Mariana Ximenes, fora de competição. Chuva é Cantoria na Aldeia dos Mortos, em cartaz nos cinemas atualmente, venceu um prêmio especial na mostra Um Certo Olhar, enquanto o curta-metragem O Órfão recebeu o Queer Palm Prize.

    Antes disso, o Brasil foi representado na competição oficial com Linha de Passe (2008), Diários de Motocicleta (2004) e Carandiru (2003), por exemplo. O cinema brasileiro venceu a Palma de Ouro uma única vez, com O Pagador de Promessas, em 1962.

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