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    Bacurau
     Bacurau
    29 de agosto de 2019 No cinema | 2h 10min | Drama, Suspense
    Direção: Kleber Mendonça Filho, Juliano Dornelles
    |
    Roteiro Kleber Mendonça Filho, Juliano Dornelles
    Elenco: Sônia Braga, Udo Kier, Barbara Colen
    Imprensa
    4,1 19 críticas
    Usuários
    4,0 1020 notas, 175 críticas
    Adorocinema
    3,5
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    Sinopse

    Não recomendado para menos de 16 anos

    Pouco após a morte de dona Carmelita, aos 94 anos, os moradores de um pequeno povoado localizado no sertão brasileiro, chamado Bacurau, descobrem que a comunidade não consta mais em qualquer mapa. Aos poucos, percebem algo estranho na região: enquanto drones passeiam pelos céus, estrangeiros chegam à cidade pela primeira vez. Quando carros se tornam vítimas de tiros e cadáveres começam a aparecer, Teresa (Bárbara Colen), Domingas (Sônia Braga), Acácio (Thomas Aquino), Plínio (Wilson Rabelo), Lunga (Silvero Pereira) e outros habitantes chegam à conclusão de que estão sendo atacados. Falta identificar o inimigo e criar coletivamente um meio de defesa.

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    Críticas AdoroCinema

    3,5
    Bom
    Bacurau

    A colônia se rebela

    por Bruno Carmelo
    Como é estranho o filme proposto por Kleber Mendonça Filho e Juliano Dornelles! Talvez descrever uma produção como “estranha” soe um tanto superficial, mas o adjetivo se encaixa ao projeto no sentido mais estrito do termo: Bacurau está o tempo todo se transformando, apontando novos caminhos, rompendo com expectativas e ressignificando as imagens mostradas anteriormente. Ao espectador, cabe acompanhar a narrativa como quem tateia um caminho às escuras: aos poucos, sem certezas, aberto às inevitáveis surpresas que virão. Esta não é uma dessas produções que busca agradar o espectador a todo custo: ela se move por um caminho peculiar, ciente de sua heterogeneidade, deixando ao público a tarefa de acatar, ou não, as subversões propostas.Tendo isso em mente, vale dizer que este texto busca preservar as diversas surpresas da trama. Mesmo assim, alguns elementos podem ser adiantados: primeiro, n
    Bacurau Teaser 1:00
    19.438 visualizações
    Bacurau Teaser (2) 1:20
    1.386 visualizações
    Bacurau Trailer 2:16
    Bacurau Trailer
    116.853 visualizações

    Entrevistas, making-of e cenas

    Bacurau Entrevista com o diretor Kleber Mendonça Filho 1:06
    Bacurau Entrevista com o diretor Kleber Mendonça Filho
    2.843 visualizações
    Bacurau Festival de Cannes 2019 4:46
    Bacurau Festival de Cannes 2019
    9.648 visualizações
    Bacurau Making Of 1:00
    Bacurau Making Of
    410 visualizações
    Pela web

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    sábado, 19 de junho de 2021

    Elenco

    Sônia Braga
    Personagem : Domingas
    Udo Kier
    Personagem : Michael
    Barbara Colen
    Personagem : Teresa
    Thomas Aquino
    Personagem : Acácio

    Críticas dos usuários: eles gostaram

    As melhores e mais úteis críticas
    Gerson R.
    Gerson R.

    70 seguidores 101 críticas Seguir usuário

    5,0
    Enviada em 3 de dezembro de 2019
    Dizer que Bacurau é “um filme necessário para o atual momento do Brasil” é algo simplório demais – tendo em vista que a filmografia espetacular de um de seus realizadores, Kleber Mendonça Filho, é composta por longas extremamente importantes em escancarar as mazelas que a desigualdade social deixa em nossa sociedade – seja em O Som ao Redor ou o primoroso Aquarius, seus filmes tem o hábito de deixar a mente do espectador se ...
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    Alan David
    Alan David

    15.875 seguidores 685 críticas Seguir usuário

    4,0
    Enviada em 27 de agosto de 2019
    Bacurau é uma jornada sobre pessoas que se superam nas dificuldades em situações que podem a primeira vista parecerem inusitadas, mas que na verdade é tão atual e realista como qualquer coisa que vimos e estamos vivendo socialmente e politicamente, dentro de uma narrativa de suspense, violência e personagens que foram trabalhados como um todo, uma comunidade que resolveu dar um basta e revidar. Uma obra interessante que tem muito que se ...
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    Edivan C
    Edivan C

    3 críticas Seguir usuário

    5,0
    Enviada em 30 de agosto de 2019
    Filme espetacular. O roteiro é muito instigante e repleto de surpresas. A tempos não via um filme nacional desta magnitude. Vale a ida ao cinema.
    Taína-Cã
    Taína-Cã

    3 críticas Seguir usuário

    4,5
    Enviada em 4 de setembro de 2019
    Inevitável associar as primeiras imagens de Bacurau a Deus e o Diabo na Terra do Sol, de Glauber Rocha. Com a inserção da cor, numa reverente fotografia do sertão nordestino, alternado o verde com o árido, se remete ao Dragão da Maldade, do mesmo Glauber, onde a cor é utilizada de forma transbordante e coerente. Em Bacurau temos um roteiro construído num suspense crescente e mesmo com algumas informações ao longo da obra, não é ...
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    Fotos

    Detalhes técnicos

    Nacionalidades Brasil, França
    Distribuidor VITRINE FILMES
    Ano de produção 2019
    Tipo de filme longa-metragem
    Curiosidades -
    Orçamento -
    Idiomas Inglês, Português
    Formato de produção -
    Cor Colorido
    Formato de áudio -
    Formato de projeção -
    Número Visa -

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    Comentários

    • Fabricio Menezes
      Concordo contigo. Não sei que obra-prima é essa que tanta gente falou. Achei uma porcaria e um dos piores filmes que eu vi no ano
    • Crismika
      BACURAU não é um filme de fácil digestão, mas é um FILMAÇO, um grande soco no estômago para o que estamos passando nos dias de hoje. Ao primeiro momento dá um nó na nossa cabeça e na garganta, mas depois que digerimos o filme chegamos a conclusão que é exatamente o que estamos vivendo atualmente, que as pessoas precisam se unir e sentir-se que estão no mesmo barco, ou seja, criar um clima de RESISTÊNCIA e para atingir uma IDENTIDADE NACIONAL, onde todos se respeitam independente da cor, da profissão, do credo, onde o médico convive com prostituta, com o bêbado, com o professor e até com o matador. Enfim, as pessoas unidas se tornam um ser só e nada temem, ou seja, plagiando o poeta Chico Buarque todos juntos somos forte, somos flecha e somos arco, todos nós no mesmo barco, não há nada pra temer, ao meu lado há um amigo que é preciso proteger. E para vencê-los podemos usar toda forma de ARTE, tais como música, gastronomia, história, todavia às vezes precisamos usar também as mesmas armas que os inimigos para atingirmos a tão almejada IDENTIDADE NACIONAL. Eis a mensagem poderosa de BACURAU, que todos sigam o exemplo. Ah, e o elenco heterogêneo dá um SHOW a parte, claro que a veterana Sônia Braga roubas várias cenas, mas todos tem o seu momento mágico e especial. IMPERDÍVEL!!!!
    • Cleber O
      Exatamente!
    • Cleber O
      Simplesmente dizer que é ruim é pouco, extremamente ridículo, patético, total desperdício de alguns talentosos atores, esse diretor é do tipo mto ruim que se acha um gênio da sétima arte, sem sombra de dúvidas o pior filme brasileiro que vi até hoje, daqueles que é difícil se chegar até o fim, a gente insiste em continuar vendo pra ver se alguma coisa salva, mas é uma vã esperança, o fim confirma a primeira, a segunda e a terceira impressão, que é realmente péssimo, terrível, pavoroso!
    • Jonas Furtado Bittencourt
      Aquela doutrinação audiovisual básica...
    • Jonas Furtado Bittencourt
      Meu Deus, que filme chato. Desinteresante, ridiculamente pretensioso, artificial, roteiro bagunçado, direção fria e semi amadora, etc... Pelo menos tem um elenco decente e a fotografia parece minimamente profissional, mas de resto, apenas mais um desses exemplares nojentos desse cinema nacional entorpecido por ativistas políticos que apenas usam do audiovisual como meio de difusão de suas teses ideológicas. Mendonça Filho é um petista de primeira hora, acho até que Lula foi um consultor criativo do projeto, porque o filme é basicamente um sermão de extrema-esquerda de 2h. Saudades do tempo em que o cinema de arte do Brasil não era dominado por ativistas políticos pseudo intelectuais que só se interessam em fazer proselitismo ideológico. Mais talento genuíno, menos doutrinação, por favor!
    • Fabricio Menezes
      Não vi nada de inovador. Chato demais. Monótono. Personagens sem vida e história arrastada e desinteressante. Dá pra definir assim. Ruim demais!!!!
    • Fabricio Menezes
      Não sei em que mundo vcs vivem. Isso nunca vai acontecer! Kkkkkk
    • Fabricio Menezes
      Ruim demais mesmo
    • Fabricio Menezes
      Morri de rir com algumas críticas classificando isso como obra-prima e falando que é o filme mais surpreendente que a pessoa viu na vida kkkkk gente! Surreal! Não é possível. O que tem de surpreendente nisso?! Acho que eu vi um filme diferente. Que chatice de filme! Inacreditável que tenha tanta gente dando nota 5 pra ele.
    • Andries Viljoen
      O bacurau é uma ave caprimulgiforme da família caprimulgidae. Conhecido também como curiango, curiango-comum, ju-jau, carimbamba, amanhã-eu-vou (em Minas Gerais), dorminhoco (Rio Grande do Sul), ibijau, mede-léguas, acurana e a-ku-kú (nomes indígenas - Mato Grosso). O seu nome é onomatopaico e deriva de sua vocalização.A ave é citada na música “Amanhã eu vou”, composição de Beduíno, com parceria de Luiz Gonzaga:Era uma certa vezUm lago mal assombradoÀ noite sempre se ouvia a carimbambaCantando assim:Amanhã eu vou, amanhã eu vouAmanhã eu vou, amanhã eu vou[…] Bacurau, um pássaro bravo que só sai à noite, é o nome de uma cidade, quase esquecida pela sociedade, mas que possui o que esta tem muito pouco: coletividade. A comunidade de Bacurau tem um espaço comum à todos, a própria vila, com a sua história, moradores e tradições psicotrópicas, formam um corpo simples e orgânico.Esse longa metragem é nostálgico, mas é muito mais do que isso, muito muito muito mais. Ele me despertou diversas sensações, desde de desprezo e nojo, até o sublime. Ele fala de um povo que luta não só pela sua terra, mas pela sua história, e principalmente pelo direito de existir.O filme começa com caixões que caíram de um caminhão e ficaram espalhados no meio da estrada, simbólico pois a moça estava nesse momento a caminho do enterro da querida avó. Sutilmente, anuncia-se que a morte está chegando na cidade, e que ela vem pela estrada, de fora da cidade, uma morte vinda do exterior, uma morte estrangeira...O filme não se entrega, há um mistério que cerca o vilarejo de Bacurau. Eles estão abandonados, e tem alguém querendo a cabeça de um tal de Lunga, que vive nas margens do vilarejo com outros moradores “marginais”, que fazem sua proteção com armas para protegê-lo. Além disso, tem o Pacote, que é um morador que vive na comunidade e é respeitado por ela, entretanto carrega um passado sombrio, que bizarramente é transmitido para os locais assistirem num caminhão pequeno com um telão na traseira. O que passa nesse telão é Pacote assassinando a sangue frio pessoas aleatórias que são surpreendidas e mal dá tempo delas se assustarem, ele as mata. Ele atira e sai, em todas as ocasiões, como se tivesse dando um rápido recado sem direito a réplica. Daí talvez derive o nome, um “pacote” de mortes. No vídeo tem um slogan em vermelho com efeito que simula sangue escorrendo no canto da tela, onde está escrito: pacote, teco quente. Algo assim. A cena sugere que a população está admirando aquele vídeo, que estranhamente se parece com uma propaganda.O crime é um traço da cidade, mas não é qualquer crime, o crime parece que está ali para salvar, como uma defesa. O que é o crime, afinal? Não seria também uma forma de defesa da vida? Por que se comete um crime? O que leva um ser humano a matar o outro? O que é a vida em um contexto de miséria e escassez?Nesse filme a vida é colocada em questão. Há quem calcule a vida pelo seu tempo de vida, tirar a vida de uma criança é um crime, mas de um adolescente que tem mais tempo de vida, pode ser que não...Como se calcula a vida? Toda a vida tem o direito à vida? Essas questões são colocadas quando entram os americanos na história. Um grupo de americanos que idolatram armas antigas e a supremacia branca, selecionaram Bacurau como sendo o lugar perfeito para jogarem uma espécie de Free Fire na vida real. Por ser uma vila esquecida por todos, e que eles conseguiram retirá-la do satélite, ninguém no mundo sentiria falta das pessoas que ali vivem. Esse jogo que os americanos querem jogar em Bacurau é o mesmo jogo virtual que milhares de pessoas jogam, só que na vida real: matar pessoas e ganhar uma pontuação específica calculada para cada vida tirada. O que está em jogo? A adrenalina surreal de estar vivendo no próprio corpo, o que até então só se praticava no virtual. E o amor por armas. É o que une esses americanos sociopatas.Uma das genialidades do filme é retratar a realidade nos seus pormenores. Os americanos são atores americanos, e agem como de fato agem americanos racistas, que cultuam a supremacia branca e são quase todos bem idiotas. Ver o cinema brasileiro caracterizando os americanos como os idiotas que eles realmente são, é uma sensação inexplicável. Uma sensação quase que estranha, pois vivemos e somos uma sociedade que venera hollywood e a cultura americana, sentir nojo dos americanos é um sentimento atípico. Junto a isso, sentir vontade de ser mais brasileiro, de se conectar com os seus, de buscar as raízes brasileiras, vem ao peito uma sensação até de culpa. Esse filme provoca a nossa essência. Desperta o desejo de sermos nós, e não eles. Desperta o desejo de se encontrar aqui, e não lá fora. Não seria isso o verdadeiro nacionalismo? Uma vontade de amar e se identificar com a nação, de defender nossa terra, nosso povo e nossa cultura?É um filme, um verdadeiro filme, que nos convoca a nos pensar e repensar.Outra demonstração verídica da realidade, é a presença da tecnologia em Bacurau. Antes do ataque dos americanos, a cidade tinha sinal de internet e estava no google maps, até que foi cortada pelos americanos; a população é super conectada em Bacurau, quando alguém passa pela entrada da cidade, o morador que ali vive e assiste quem entra e sai, comunica instantaneamente no grupo do whatsapp quem está chegando. Na escola, o professor vai mostrar para as crianças, usando um tablet, onde fica Bacurau no googlemaps, estranhando que Bacurau não aparece no mapa ele leva as crianças para um computador mais sofisticado, que fica dentro da escola a fim de procurar a cidade e consternado constata que ela tinha sumido do satélite. Ao contrário do que se pode imaginar de um vilarejo que está a deus dará, há muita informação e tecnologia compartilhada. Os próprios americanos pressupõe estupidez dos locais, vigiando-os com um drone em formato de disco voador para enganá-los; quando um velho vê o “disco voador” corre e relata à Pacote para tomar cuidado com o céu, pois haviam drones disfarçados de disco voador. Isso quebra também com o estigma das cidades pequenas famosas por visitar alienígenas. Em Bacurau não, em Bacurau a lenda é dos cangaceiros, ou melhor, ali naquela terra o cangaço não morreu, ele estava apenas enterrado, esperando...Lunga e seus comparsas traz esse espírito do cangaço, o fora da lei, que vive nas margens, possui armas, sua cabeça é caçada, no entanto a população o respeita. Como se, seja lá o que ele tenha feito, foi em nome de algo nobre. Assim como o Pacote, que é um fora da lei e também é admirado pelo povo. A referência a Lampião é atualizada no filme, cangaceiro ilustre, um herói e um bandido, que roubava para dar os pobres e clamava justiça social. O filme traz o cangaço como uma memória fraca, mas que sobrevive nos confins do sertão, enterrada. Precisamos desenterrar nossa história, que deixaram a esquecer. E é preciso fazer isso para que ela não desapareça de vez, como Bacurau sumiu do mapa, nossa cultura pode “sumir” da mesma forma...O filme é visceral e alarmante, ele toca através do sangue, da fúria e do facão, e convoca ao mostrar uma irrealidade tão real. O que Black Mirror não foi esse ano, Bacurau foi. Bacurau com a estética brasileira do sertão, constrói uma narrativa black mirror para mostrar o lado sinistro da nossa nação no contexto atual. Faz uma síntese da distopia original do que vivemos no Brasil, sem esquecer do contexto global. Impossível não lembrar dos adolescentes que entraram na escola de Suzano atirando nas crianças imitando o jogo Free Fire. Este, é inspirado no termo militar americano “free fire”, se refere a uma área que os soldados podem atirar em qualquer pessoa; no jogo, todos são seus inimigos e vence quem conseguir matar todos e sobreviver sozinho na arena. Há essa primeira camada óbvia no filme, que remete ao massacre de Suzano e ao jogo quase que explicitamente: um bando de americanos jogando Free Fire na vida real em um vilarejo esquecido por deus no interior do sertão brasileiro. Mas o filme é bem mais profundo que isso...Esses são elementos reais e assustadores tirados diretamente da realidade brasileira: o massacre de Suzano e o imperativo americano. Nisso, o filme coloca a pitada de Black Mirror: leva ao extremo o uso da tecnologia pelo homem. Como a tecnologia corrompe o homem? Ou o homem corrompe a tecnologia? O que diria Rousseau se estivesse vivo?Junto à narrativa original do sertão, que evoca de forma sutil e obscura o cangaço. É mais do que um filme completo, é um filme que transborda. Que faz ver o psicotrópico ligado a tradição e ao coletivo, recupera o uso da substância em contexto de conexão com a comunidade. O psicotrópico aqui aparece como força, como elemento que vai prover o que faltar dentro de cada um para fazer o que deve ser feito. Muito diferente de como ele é usado no mundo urbano, como pura forma de entretenimento e fuga. Pelo contrário, as pessoas em Bacurau usam o psicotrópico para encarar a realidade, e não para fugir dela. É pra justamente penetrar no real, compor ele da melhor forma possível e obter movimentos genuínos, como a fluidez de uma roda de capoeira.
    • Comrade Edilson Luiz
      vc deve ser um pra achar isso
    • Bruno Z.
      Nota: 8/10.
    • Pedro P.
      É um filme muito bom. Prende vc do começo ao fim. Principalmente na hora dos trepa.
    • patricia lee
      Espetacular, de uma delicadeza imensa, a questão social fica por conta do desprezo a comunidade pelos gringos e prefeito que acham q eles são tão insignificantes q tudo bem fazer oq fez. O despertar vem por serem bem mais espertos que imaginam.
    • Thiago Soares Mota
      - 423º filme de 2.019 - Visto em 23/12 (29º filme nacional do ano)...- Assim como Aquarius (2.016), o filme anterior do diretor Kleber Mendonça Filho, esse não é um filme de fácil digestão para qualquer pessoa! Tem que ser cinéfilo e gostar muito de cinema para apreciar esse filme! É um filme diferente, com um estilo peculiar, com uma narrativa que foge do convencional e que tem um ritmo próprio! É bem dirigido e bem montado, a parte técnica é muito boa e o elenco, mesmo com muitos nomes desconhecidos do grande público, também é muito bom! Mas faltou um equilíbrio maior entre o núcleo do povoado de Bacurau (que por si só já é um personagem do filme) e o núcleo dos estrangeiros! O filme flui no primeiro núcleo e fica arrastado no segundo núcleo! Mesmo assim, o saldo é positivo e vale uma sessão! Criativo, original e fugindo do convencional, o diretor Kleber Mendonça Filho vem se consolidando como um dos grandes nomes do nosso cinema...- Nota: 8,0/10 (bom)...
    • Senhor Ivan
      Se mostra um filme delicado no início,mas se torna um dos mais tensos longas nacionais após seus trinta minutos.É um filme que é a cara do Brasil sertanejo.Entra no grupo dos melhores filmes nacionais já realizados.>Assistido em 20 de Dezembro de 2019-Dou nota 8/10
    • amante dos F.
      Que filme bosta meu Deus.
    • Fernando Aragão
      Até agora, o melhor filme que já assisti em 2019! Não vejo a hora de reassisti-lo em DVD!
    • Fernando Aragão
      Assino embaixo, João! E aproveito para protestar contra o fato de os excelentes filmes O Paciente - O Caso Tancredo Neves (2018) e Chacrinha (idem) ainda não terem saído em DVD nas lojas...
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