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    Bruno Mazzeo comenta as mudanças de Muita Calma Nessa Hora 2

    Nessa entrevista exclusiva, o comediante falou das novidades do novo filme, sobre o preconceito com as comédias nacionais, além de dar um tremenda ducha de água fria para os fãs de um de seus filmes. Confira!

    por Roberto Cunha

    Com as filmagens encerradas na primeira quinzena de julho, Muita Calma Nessa Hora 2 vem aí e já tem data para isso acontecer: 4 de abril de 2014. O longa tem direção de Felipe Joffily e produção de Augusto Casé. Como aqui a gente não costuma dormir no ponto, trocamos uma ideia com Bruno Mazzeo, que além de parceiro dessa dupla desde os tempos do seriado Cilada, foi produtor, um dos roteiristas e atuou nesta nova aventura das amigas. De maneira franca, ele fala sobre sucesso, fracasso, parceiros, teatro e acaba jogando um balde de água fria nos fãs de um de seus filmes. Veja o que ele nos contou!

    Essa sequência vem no rastro de Muita Calma Nessa Hora (2010), que chegou como quem não queria nada e fez quase 1.4 milhão de espectadores. O filme marcou a sua estreia como produtor, repetida em E Aí... Comeu?, que vendeu 2.5 milhões de ingressos. Será que já dá para botar na conta “mais um milhão em cima”, chegando a 3.5 milhões?

    Bruno Mazzeo - E no meio desses dois teve o “Cilada.com” com 3.1 (milhões). Mas juro que não penso nisso antes dos filmes serem lançados, até mesmo para evitar decepções. Meu interesse é evoluir a cada filme. O sucesso é apenas uma consequência. Os fracassos também virão, faz parte.

    Aliás, falando no novo Cilada, ele vai se chamar mesmo Cilada de Férias porque ainda se lê Cilada.com 2 por aí? E o Bruno vai se meter em que dessa vez? Poderia dar uma palinha sobre o projeto?

    - Não vai ter Cilada 2.

    Muita Calma Nessa Hora 2 traz as amigas novamente, só que agora em outro endereço. Sai a paradisíaca Búzios e entra a Cidade Maravilhosa como pano de fundo. Você poderia destacar uma passagem legal que deve cair nas graças do público?

    - Teremos um Rio de Janeiro pleno, com direito a voo de asa delta, paisagens bucólicas, praia de Ipanema e um festival de música com atrações inusitadas.

    Além de produzir e atuar, você escreveu também o roteiro do primeiro, bem focado nos jovens. Passaram-se quatro anos desde então na vida real... isso vai acontecer na ficção? O foco ainda será nos jovens ou deu uma  leve amadurecida?

    - Ainda nos jovens, mas com alcance para todos. Esse vai ter a censura mais tranquila do que o primeiro, que era mais picante.

    O primeiro filme tinha muitas participações, como a sua, que na verdade foi pequena. O Vitor retorna com o mesmo peso ou vem mais coisa dele por aí?

    - Vitor não volta, farei outro personagem.

    Algumas dessas participações tiveram uma aderência legal na trama, como a empregada Rita (Maria Clara Gueiros). Personagens como o dela, de Marcelo Adnet (abaixo), Lúcio Mauro Filho, Heloísa Périssé retornam com o mesmo peso, menor, maior...?

    - Clarinha, Adnet e Lucinho voltam maiores.

    Alguns desses personagens acabou forçando uma boa mexida na trama para ele funcionar neste novo cenário?

    - Não escrevemos pensando nos personagens, mas na trama. E aí vendo o que cabia.

    A produção brasileira mergulhou de cabeça nas comédias, fruto das boas bilheterias. Como você vê a chiadeira de uma parcela dos realizadores sobre essa questão? Teria algumas palavras bem (ou mal) humoradas para os “reclamões” de plantão?

    - Deviam comemorar por um novo público que não via filme brasileiro estar sendo formado. O próprio Fernando Meirelles falou isso.

    As sequências acabam mexendo ainda mais com essa turma. Como você vê essa tendência?

    - Sinceramente? Não sou muito das tendências, nem sempre acho que funcionam, pode parecer forçação de barra em alguns casos.

    Você fez um retorno aos palcos recentemente com a peça "Sexo, Drogas e Rock'n Roll" e segue transitando bem entre a TV e o cinema. Alguma preferência ou diferença que gostaria de destacar?

    - Gosto dos bons trabalhos. Às vezes me dedico mais a um veículo e acabo sentindo falta de outro. Foi o que aconteceu agora com o teatro.

    Falando em diferença, quando poderemos ver você atuando em um filme sem ser engraçado?

    - Em breve. Enquanto isso vai me ver no teatro, que o buraco é mais embaixo.

    Ainda sobre o sucesso, você atuou em Vai que Dá Certo, que passou os 2.7 milhões de ingressos, investindo na comédia de erros. Embora exista mais de um tipo de humor no cinema brasileiro, tem gente que ainda insiste em dizer que são todos iguais. O que você pensa disso?

    - Puro preconceito. Os meus, por exemplo, são completamente diferentes um do outro. Muita Calma, Cilada, E aí, comeu? não se comparam um com o outro. Mas a maioria critica sem nem ter visto.

    Muita Calma Nessa Hora 2 estreia em abril de 2014 com direção de Felipe Joffily. Fernanda Souza (foto acima), Andréia Horta, Gianne Albertoni e Débora Lamm retornam para a produção de Augusto Casé e Rik Nogueira, que chega nos cinemas distribuída pela Downtown Filmes.

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