Steven Spielberg é um dos mestres da ficção científica no cinema, responsável por E.T. - O Extraterrestre, Contatos Imediatos do Terceiro Grau, Jurassic Park - Parque dos Dinossauros, A.I. - Inteligência Artificial e Guerra dos Mundos. Um dos melhores trabalhos do diretor no gênero veio nos anos 2000 e previu muita coisa com seu futuro.
Estou falando de Minority Report - A Nova Lei (2002), filme estrelado por Tom Cruise que é inspirado em uma história de Philip K. Dick, autor de "Androides Sonham Com Ovelhas Elétricas?" (livro que deu origem a Blade Runner - O Caçador de Androides).
Minority Report - A Nova Lei é ambientado no futuro, em 2054, mas "previu" muitos elementos de nossa sociedade atual, servindo como um alerta sobre nossa relação com a tecnologia. Entre os acertos do filme, temos anúncios personalizados, interfaces por gestos e controle por voz, carros autônomos e policiamento preditivo.
"Quando começamos o brainstorming, convidamos alguns dos pensadores de longo alcance nas áreas de ciência e medicina, tecnologia, transporte e meio ambiente para imaginar o que o futuro próximo traria", explicou Steven Spielberg à WIRED em 2002 sobre o desenvolvimento do filme. "Tínhamos todos eles em uma sala conversando entre si. A maior parte do software no filme é baseada em suas sugestões de como será em 50 anos".
O designer de produção Alex McDowell acha que Minority Report de Spielberg influenciou na tecnologia que temos hoje em dia. "O sistema de gestos em Minority Report é o melhor exemplo que já vi. Acho que o reconhecimento de gestos não teria evoluído da forma que evoluiu sem o Minority Report", afirmou ao Dezeen.
Qual é a história de Minority Report?

Em 2054, o assassinato foi banido. Existe a divisão pré-crime, um setor da polícia onde futuro é visualizado através de paranormais, os precogs, e o culpado é punido antes do crime ter sido cometido. Mas há um dilema: Se alguém é preso antes de cometer o crime, pode esta pessoa ser acusada de assassinato? O líder da equipe de policiais é John Anderton (Tom Cruise), que perdeu o filho há seis anos atrás em virtude de um criminoso que o sequestrou. O desaparecimento da criança o fez se viciar em drogas, mas isto não o impede de ser o policial mais atuante na divisão pré-crime. Tudo muda quando ele vê, pelos precogs, que matará um desconhecido em menos de trinta e seis horas.
A confiança que Anderton tinha no sistema rapidamente se perde e John segue uma pequena pista, que pode ser a chave da sua inocência: Um estranho caso que não foi solucionado e há um "relatório menor", uma documentação de um dos raros eventos no qual o que um precog viu é diferente dos outros. Mas apurar isto não é uma tarefa fácil, pois a divisão pré-crime já descobriu que John Anderton cometerá um assassinato e todos os policiais que trabalhavam com ele tentam agora capturá-lo.