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    Segredos do cinema: Estas imagens de bastidores revelam como é difícil fazer filme de ficção científica em Hollywood
    Maria Santos
    Maria Santos
    Maria Clara decidiu estudar audiovisual para juntar o melhor de todos os mundos. Apaixonada pelo cinema independente e também pelos famosos filmes da sessão da tarde, não dispensa indicações e nem julga um filme pela sinopse.

    Construções de cidades, espaçonaves e animais pré-históricos: filmes de ficção científica provam a complexidade de se fazer cinema.

    Encantar-se com mundos fantasiosos e acompanhar de perto o lançamento de grandes franquias de ficção científica no cinema não é uma tarefa tão difícil para os fãs dessas produções. Mas do outro lado da tela, os profissionais envolvidos para dar vida à criação desses universos precisam pensar muito antes de colocar a mão na massa.

    E se antes os estúdios preservavam os segredos dos truques da sétima arte, nos últimos anos, conteúdos exclusivos sobre os bastidores das produções foram amplamente compartilhados. Programas como Entertainment Tonight e até o vlog The Hobbit: An Unexpected Journey Production Diaries, criado por Peter Jackson, matam a curiosidade de muitos fãs, sobre como é feita toda a construção dos ambientes e personagens.

    Por isso, separamos cinco fotos de bastidores que comprovam a dificuldade e complexidade que é dar vida a um mundo totalmente fictício, seja por ajuda de truques de câmera, miniaturas, pinturas, extensões digitais de cenários ou personagens feitos em CGI.

    2001: Uma Odisseia no Espaço

    MGM

    2001: Uma Odisseia no Espaço de Stanley Kubrick mudou para sempre o cinema após apresentar incontáveis cenas com efeitos visuais inovadores e cenas deslumbrantes com criativos planos de câmeras.

    E apesar de criar diversas cenas no espaço como a valsa "Danúbio Azul" das naves em voo, as caminhadas espaciais e até mesmo a sequência da viagem final pela estrela-guia, a cena que apresenta um verdadeiro trabalho em truques visuais é "O Amanhecer do Homem", a icônica cena sobre a evolução dos "homens-macacos".

    Há apenas uma tomada de um homem-macaco filmada ao ar livre: o icônico osso lançado para o céu, filmado em um estacionamento do estúdio, o restante da cena aconteceu através de uma projeção frontal em uma escala nunca antes vista.

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    A técnica envolvia a projeção de fotografias de grande formato em um espelho "divisor de feixes" semitransparente colocado na frente da câmera. Isso refletia as imagens em uma tela gigante localizada no final do cenário.

    Essa tela era composta de material Scotchlite retro-reflexivo, que reflete a luz diretamente de volta à sua fonte. O cenário ao vivo e os fundos fotográficos eram combinados no local, passando pelo espelho bidirecional e entrando na lente da câmera.

    Para qualquer pessoa que não estivesse diretamente no caminho da luz refletida, tudo o que se veria era uma tela cinza em branco.

    Metropolis

    Kino Lorber

    Um dos maiores clássicos não só para o gênero de ficção, mas do cinema em si, é o filme Metropolis de Fritz Lang, lançado em 1927. Representando uma sociedade futurista através de impressionantes efeitos especiais, um dos mais conhecidos e utilizados durante a produção do filme foi o Processo Schufftan, do cinegrafista alemão Eugen Schüfftan.

    A técnica cinematográfica utilizava espelhos com furos estrategicamente posicionados na superfície reflexiva, usada para combinar atores de ação ao vivo com cenários ou miniaturas posicionadas perpendicularmente ao eixo da câmera. Permitindo que a câmera capturasse tanto a imagem refletida quanto a ação ao vivo, criando uma integração perfeita de atores reais e elementos artificiais.

    Um exemplo dessa técnica é no momento em que Rotwang (Rudolf Klein-Rogge) fica diante de uma grande estátua de sua amada falecida, Hel. Para a técnica, a equipe construiu apenas o pescoço da estátua. A cabeça em si era um modelo de apenas um metro, aumentado através do processo Schufftan.

    Jurassic Park

    Universal Pictures

    Revivendo um dos animais mais perigosos que já existiu, Steven Spielberg não poupou nenhuma ideia ao trazer o Tiranossauro Rex à vida. Originalmente foram utilizados dois robôs animatrônicos em escala real, sendo um deles com quase 11 metros de comprimento.

    No entanto, por serem itens muito pesados e nada seguros em um SET de filmagem onde seria gravada uma cena de ação, as sequências da famosa trilogia de Jurassic Park deram espaço para o uso de CGI.

    Para a cena da morte vergonhosa de Donald Gennaro (Martin Ferrero), o Rex é uma criação totalmente em CGI. Para evitar cortes visíveis devido ao vento e à chuva, foi decidido usar um fio para puxar um dublê do vaso sanitário enquanto o Rex o retirava do lugar. A cabeça do Rex, com um dublê em CGI representando Gennaro em sua boca, obscureceu em grande parte a saída do dublê.

    Avatar: O Caminho da Água

    20th Century Pictures

    Apesar de majoritariamente ser utilizado CGI para a criação do universo de Pandora em Avatar, o diretor James Cameron se mostrou mais uma vez capaz de se superar em uma de suas produções.

    É aceitável pensar que a equipe faria a captura de movimento para todas as cenas subaquáticas do seu novo filme Avatar: O Caminho da Água sem a necessidade de água. Mas o diretor insistiu que os personagens se movessem de forma convincente em todos os ambientes. Exigindo que a captura de movimento fosse realmente realizada em tanques de água.

    O elenco teve que se treinar extensivamente para controlar a respiração, para que suas performances pudessem ser capturadas debaixo d'água. A principal atriz em controle de respiração foi Kate Winslet, que conseguiu prender a respiração por sete minutos e quinze segundos.

    Duna

    Universal Pictures

    Apesar de não agradar uma boa parcela dos fãs com seus efeitos visuais, Duna de David Lynch se destacou ao utilizar a famosa técnica de miniaturas suspensas para recriar o palácio de Arrakeen, e até mesmo as naves dos Atreides e Harkonnen.

    Utilizando um modelo em pequena escala desses objetos, eles são suspensos entre a câmera e um set de filmagem ao vivo. Para criar o palácio, por exemplo, a produção colocou os atores em um set de escadas no estacionamento do Estádio Azteca, na Cidade do México.

    Para um amplo plano de estabelecimento, uma plataforma grande a 304 metros de distância segurava uma miniatura da cidade, penhascos e muralhas enquanto a câmera era posicionada a 4 metros do modelo, que foi projetado com uma abertura através da qual as escadas distantes e as pessoas nela eram visíveis.

    Duna
    Duna
    Criador(es): David Lynch
    Com Kyle MacLachlan, Jürgen Prochnow, Francesca Annis
    Data de lançamento 28 de setembro de 2018
    Assistir em streaming

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