Sosie Bacon interpreta uma terapeuta que parece mal preparada para lidar tanto com seus pacientes quanto com os eventos perturbadores que começam a assombrá-la. Após falhar em situações básicas de primeiros socorros, ela se vê envolvida em um caso sobrenatural, sendo perseguida por entidades assustadoras que, embora intimidantes, não parecem muito eficazes em seus próprios objetivos. A incompetência permeia tanto os personagens humanos quanto os sobrenaturais, criando uma narrativa que beira o absurdo.
Apesar de seu roteiro repleto de clichês, diálogos previsíveis e personagens pouco desenvolvidos, Sorria (2022) se destaca pela qualidade técnica. A cinematografia é atraente, a edição é precisa e a direção consegue manter o espectador envolvido, entregando sustos ocasionais e uma atmosfera inquietante. A produção é tão polida e visualmente impressionante que ofusca, em grande parte, os problemas da história.
No fim, Sorria é um entretenimento descompromissado e divertido, com toques de horror eficazes, mesmo que repleto de limitações narrativas. Uma experiência válida para quem busca um filme de terror visualmente bem executado, ainda que facilmente esquecível.