A lenta perda da razão
“Todos temos lapsos de memórias”. É algo que acontece no nosso dia a dia, e estamos acostumados a conviver com isso. Mas e se nossa vida se resumisse a isso?
É o que acontece com Alice, diagnosticada com a doença de Alzheimer, perde sua capacidade intelectual, que um dia a caracterizou tanto.
Sua ambientação é muito boa. Juntando a fotografia e a trilha sonora, todo o filme parece em si, uma memória se esvaecendo, e juntamente com a ótima atuação de Juliane Moore, não se focando em dramaticidade, e sim na lenta degradação do estado de sua personagem.
Pode-se dizer que a história gira em torno apenas dela. Isso, mesmo sendo uma particularidade da história e do tipo de filme, é danoso à experiência, evidenciando o mal aproveitamento de alguns personagens, como dois dos filhos, porém que são um pouco compensados pela boa relação entre a personagem de Kristen Stewart e de Alec Baldwin.
Seu principal trunfo é o meio de abordagem do tema, e da mensagem transmitida. O foco não é em mostrar o estado deplorável que se encontram os portadores, e sim incentivar a luta contra a patologia, e que no final de tudo, o melhor tipo de remédio não é desistir, e apenas encontrar amor.