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    Oz, Mágico e Poderoso
    Críticas AdoroCinema
    3,0
    Legal
    Oz, Mágico e Poderoso

    Colorido e grandioso

    por Roberto Cunha

    A turma que aprecia filmes baseados em histórias com grande longevidade tem uma opção e tanto chegando nos cinemas. Inspirado no clássico "O Mágico de Oz", escrito por Lyman Frank Baum no distante ano de 1900, Oz, Mágico e Poderoso pega carona no mundo encantado já retratado no clássico O Mágico de Oz (1939), mas sua trama se passa antes do que já foi apresentado no passado.

    Oscar (James Franco) trabalha como ilusionista em um circo itinerante. Tremendo 171 e chegadão num rabo de saia, gosta de iludir moçoilas e se dar bem financeiramente, não necessariamente nessa ordem. Um dia, se mete numa confusão, precisa fugir rapidinho e é aí que acaba indo parar no mundo de Oz. Lá, conhece lindas mulheres, muitas riquezas e uma certa "profecia" sobre a sua chegada. Mais feliz que pinto no lixo com tanta coisa boa reunida, sua alegria só dá uma freada quando descobre que precisará enfrentar perigos, o que não é bem a especialidade do covardão. Mas aí a aventura já começou e ele vai ter que se virar para sair dessa.

    No elenco, Franco injeta seu jeitão despojado ao personagem, enquanto Mila Kunis, Rachel Weisz e Michelle Williams dão graça às suas bruxas. Talvez, a virada do personagem de Kunis mereça algum destaque. Como era esperado, o deslumbre vai mesmo para cenários, figurinos e efeitos especiais, tudo de gente indicada ou premiada com o Oscar. A estatueta, né? Não o pilantrão que até tenta uma ligação entre seu nome Os(car) e Oz. Vale lembrar a abertura em preto & branco, assim como as sequências iniciais, que são muito legais, inclusive em 3D, que é show. Entre as curiosidades, uma bonita homenagem ao inventor Thomas Alva Edison e ao cinema.

    Produzido por Joe Roth, o mesmo da bem sucedida adaptação Alice no País das Maravilhas (2010), tocada pelo excêntrico Tim Burton, a opção agora também foi por um cineasta que foge dos padrões, digamos, normais. Popular pela trilogia Homem-Aranha (2002-2004-2007) e conhecido por filmes de horror singulares, misturando medo e humor, Sam Raimi contou com um time de bambas, entre eles, o oscarizado diretor de arte Robert Stromberg (Avatar) e o eterno Danny "Oingo Boingo" Elfman, quatro vezes indicado ao prêmio da Academia por suas trilhas sonoras.

    O resultado final é um filme redondo. Se prima pelas qualidades técnicas, o mesmo não pode ser dito do roteiro, que tem humor, boas sequências, mas carece de um ritmo que mergulhe o espectador naquele universo e não o transforme apenas em mero observador. Cheinho de criaturas interessantes, como um esperto macaco alado e uma menina de porcelana danadinha, não faltarão outros seres de nomes e aparências igualmente incomuns, que encherão os olhos de quem procura esse tipo de diversão. Assim, Oz é colorido e grandioso, mas o preto no branco das bilheterias será determinado por pessoas como você, que irão dizer se valeu ou não fazer essa viagem.

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