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    Diretor de Uma Mulher Fantástica afirma que atores cis não devem ser proibidos de interpretar personagens trans

    Sebastian Lelio comentou a controvérsia envolvendo o novo projeto de Scarlett Johansson.

    Getty Images

    Sebastian Lelio, vencedor do Oscar de filme estrangeiro pelo drama chileno Uma Mulher Fantástica, estrelado pela atriz transgênero Daniela Vega, comentou a controvérsia da semana envolvendo Scarlett Johansson. "É verdade que a representação cultural tem sido escassa até então e também que o gesto de contratar um ator cisgênero para um papel transgênero pode ser questionável eticamente e esteticamente - mas nunca deveria ser proibido.", declarou o cineasta ao THR.

    A Viúva Negra do Universo Cinematográfico Marvel confirmou nova parceria com Rupert Sanders (A Vigilante do Amanhã: Ghost in the Shell), assumindo o papel principal do drama Rub & Tug. Baseado em fatos reais, o longa contará a história de Dante “Tex” Gill, dono de casas de massagens que sempre sempre se apresentou como homem, mas descrito por publicações da época como "uma mulher que gostava de ser reconhecida como homem". O backlash não tardou, as atrizes trans Trace Lysette (Transparent) e Jamie Clayton (Sense8) criticaram duramente a escalação e ScarJo só piorou a situação com uma resposta no mínimo insensível. 

    "Quando escolhi Daniela Vega para viver Marina em Uma Mulher Fantástica, foi uma escolha artística, não exatidão política. Não estava dizendo ao mundo que personagens transgêneros deveriam ser interpretados por atores transgêneros, apenas fazendo o que senti que era certo para meu filme.", completou Lelio. "Se eu falar que personagens transgêneros deveriam ser interpretados por atores transgêneros, estaria insinuando que Vega não deveria viver um papel cisgênero e acredito que ela tem todo direito de interpretar homem ou mulher.", concluiu o diretor de Desobediência - em cartaz nos cinemas brasileiros.

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