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    Rio2C 2018: Rodrigo Minotauro fala sobre incentivo de Vin Diesel na produção de documentário

    "A gente procurou fazer um filme sobre um lutador que também fosse um filme para a família", disse o codiretor JC Feyer.

    "Never quit", ou, em bom português, "nunca desista", é o lema de Antônio Rodrigo Nogueira, mais conhecido pelo apelido que o tornou uma lenda no octógono: Minotauro. O mote do atleta de MMA também marcou o processo de produção do documentário Minotauro, obra produzida para o canal de TV por assinatura Combate que foi apresentada durante o festival Rio2C na noite de domingo (8).

    Com pouco mais de uma hora de duração, o filme levou sete anos para ser produzido e teve sua gênese durante as filmagens de Velozes e Furiosos 5: Operação Rio, que ocorreram na capital fluminense. "A gente fez uma visita no set de filmagens de Velozes & Furiosos 5, no qual o Fernando [Serzedelo, codiretor de Minotauro] estava trabalhando. A gente foi conversando e ele me disse, 'Como é que você não tem um documentário sobre a sua vida?'. O próprio Vin Diesel comentou o assunto com o diretor [Justin Lin]. Foi um papo super informal e depois de alguns meses a gente começou as filmagens. Isso foi em novembro de 2010", relatou Nogueira ao apresentar o projeto na Rio2C.

    Serzedelo, que dirigiu Minotauro em parceria com JC Feyer, trabalhou como produtor de linha em Velozes & Furiosos 5, além de repetido a função em produções como O Incrível Hulk e 2012, outras produções hollywoodianas.

    "A gente procurou fazer um filme sobre um lutador que também fosse um filme para a família", afirmou Feyer. "Nosso grande objetivo com esse filme era fazer com que as pessoas que não conhecem a luta e não se identificam com a luta possam se identificar com a história do Rodrigo e assistir ao filme vidrados na história de um ídolo que a gente está apresentando."

    Davi Campana/R2

    Minotauro começa com uma antológica luta entre Rodrigo e o gigante americano Bob Sapp, que ficou marcada na história do Pride, evento de MMA anterior ao UFC. Na ocasião, Minotauro enfrentou um oponente muito mais alto e que pesava mais de 150 kg, mas ainda assim venceu a luta graças a uma imobilização que é herança de sua formação no jiu jitsu. A luta é uma espécie de síntese da carreira do lutador, que foi atropelado por um caminhão aos 11 anos de idade, ficou quase um mês em coma e um ano internado, onde foi submetido a diversas cirurgias. Recuperado, usou a superação na infância como motor para sua dedicação ao esporte.

    O filme narra a jornada do atleata da infância até a enfrentar o americano Brendan Schaub no Rio de Janeiro, em sua primeira luta no Brasil depois de conquistar o mundo do MMA no Japão e nos Estados Unidos. Para Rogério, o filme serve como "divulgação do esporte".

    Voltado para a televisão e pensado para um público de nicho, Minotauro, o documentário, é uma produção que se resume a elogiar o personagem-tema. Assumindo o caráter hagiográfico, vemos um desfile de enaltecimentos ao atleta. Mesmo quando Rodrigo é apresentado de forma vulnerável, há uma idealização de suas virtudes. Não que o atleta não mereça o reconhecimento por suas conquistas, muito pelo contrário. O filme trata-se de um dos maiores nomes do Brasil e do mundo no MMA. Entretanto, o discurso se sustenta apenas nos elogios, sem se enveredar por discussões mais profundas sobre o esporte.

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