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    Governo Temer recua e reduz classificação indicativa de Aquarius

    Aclamado pela crítica mundial, filme nacional chegou a ser proibido para menores de 18 anos pelo Ministério da Justiça.

    O Ministério da Justiça reavaliou a classificação indicativa do drama Aquarius e considerou que o longa-metragem de Kléber Mendonça Filho é recomendado para maiores de 16, reduzindo assim a classificação inicial do longa-metragem, antes proibido para menores de 18 anos.

    A alteração realizada pelo Departamento de Políticas de Justiça, vinculado à Secretaria Nacional de Justiça, foi realizada hoje (1º), no mesmo dia em que o filme estrelado por Sonia Braga chega a 85 salas de cinema do país.

    Em nota oficial, o Ministério da Justiça afirmou que o longa-metragem recebeu a classificação inicial de proibido para menores de 18 anos por conta das breves cenas de sexo "com reações realistas, contendo visualização dos órgãos sexuais e sexo grupal". Após repensar a classificação indicativa de Aquarius, o secretário Nacional de Justiça e Cidadania, Gustavo Marrone, disse que a classificação indicativa foi reduzida para 16 anos pois as cenas de sexo são "atenuadas por serem curtas, pouco relevantes para obra, pouco frequentes e empregadas em contexto que as ameniza."

    O pedido de revisão foi realizado pela distribuidora Vitrine Filmes e comemorado por Kléber Mendonça Filho, diretor e roteirista da obra, em seu perfil no Twitter. "Justiça foi feita", afirmou o cineasta no microblog.

    A princípio, quando o filme foi recomendado para maiores de 18 anos, no último dia 22 de agosto, criou-se certa controvérsia, pois obras com conteúdos sexuais mais intensos receberam uma classificação indicação menor, à exemplo do filme Boi Neon. A decisão do Governo Temer chegou a causar certa controvérsia, especialmente depois que a equipe de Aquarius protestou contra o impeachment de Dilma Roussef na première do longa-metragem no Festival de Cannes deste ano. No tapete vermelho, elenco e equipe do filme seguraram cartazes com dizeres como "Um golpe de Estado ocorreu no Brasil", "Brasil vive um golpe de Estado", "O mundo não pode aceitar um governo ilegítimo" e "54.501.118 de votos queimados!".

    Em entrevista concedida ao AdoroCinema antes da revisão da classificação, Kleber Mendonça Filho chegou a tecer duras críticas ao Ministério da Justiça: "Se Clara [personagem de Sonia Braga] subisse no andar do prédio dela para ver o que está acontecendo e ela visse um homem sendo executado com três tiros na cabeça, o filme provavelmente seria [indicado para] 14 anos".

     

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