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    Círculo de Fogo: A Revolta
    Críticas AdoroCinema
    1,5
    Ruim
    Círculo de Fogo: A Revolta

    Síndrome de Transformers

    por Francisco Russo

    Não é segredo para ninguém que Guillermo del Toro tem um carinho especial por monstros - A Forma da Água, ganhador do Oscar deste ano, que o diga. Diante de tal histórico, não foi surpresa quando o diretor mexicano resolveu, em 2013, se divertir a valer com uma história que remetia aos filmes e séries que adorava na infância, envolvendo monstros gigantes e robôs guerreiros em combates apoteóticos. Cinema-pipoca assumido, Círculo de Fogo divertia sem ofender a inteligência do espectador, por mais que traga uma série de personagens estereotipados e discursos inflamados a la Independence Day. Apesar disto, havia uma lógica interna que sustentava minimamente tais confrontos.

    Cinco anos depois, na incessante busca dos grandes estúdios por novas franquias lucrativas, a sequência chega aos cinemas com Del Toro apenas na produção - e isso faz toda a diferença! Sem a presença mais ativa do diretor, o que se vê em cena é um arremedo do universo por ele criado, absolutamente pasteurizado, no qual a narrativa não só copia descaradamente Transformers como, ainda por cima, caminha por rumos absurdos - mesmo em uma realidade onde robôs gigantes e monstros coexistem!

    Senão, vejamos: dos personagens do longa original, apenas Mako (Rinko Kikuchi, envelhecida pela maquiagem) está de volta. O foco principal está no novato (na franquia) John Boyega, filho do herói interpretado por Idris Elba, que renega o treinamento na escola de pilotos Jaeger para enveredar pelo câmbio negro envolvendo peças dos robôs. Tal caminho soa promissor graças ao contraponto do longa original, envolvendo o tráfico de órgãos dos kaiju, ao mesmo tempo em que aponta a eterna ganância humana adaptando-se à realidade de momento. Só que Círculo de Fogo: A Revolta logo deixa de lado tal possibilidade, rumo a uma típica dinâmica militar que envolve provocações infantis, entre adolescentes e adultos.

    De olho no público jovem - como se confrontos entre monstros e robôs gigantes não fossem suficiente -, a sequência investe firme em uma infantilização que prejudica não só a narrativa como, também, a própria dinâmica do elenco. Se John Boyega faz o que pode graças ao carisma e a jovem Cailee Spaeny desponta como uma revelação promissora, as subtramas de cada um são ruins de dar dó, ainda mais ao descartar o que cada personagem tem de melhor - ele, a rebeldia que o faz desprezar o legado de família; ela, a inventividade que a fez construir sozinha um mini-Jaeger.

    Sem kaijus em cena - a princípio -, Círculo de Fogo: A Revolta também escancara seu lado Transformers ao colocar Jaeger contra Jaeger em confrontos onde a estética da destruição nos efeitos especiais reina absoluta, no melhor estilo da franquia comandada por Michael Bay - sem tantas explosões, é bom ressaltar. Se por um lado os aspectos técnicos envolvendo efeitos sonoros e visuais apresentam a excelência habitual na arte da destruição, por outro tais embates são de um vazio tão grande quanto seus lutadores, proporcionando um tédio absoluto pelo mais do mesmo. É quando, para quebrar a obviedade, a sequência envereda pelo absurdo ao copiar descaradamente outra ficção científica trash: Independence Day: O Ressurgimento.

    Quando um filme usa como inspiração outra produção ruim, não há muito o que salvar. Através do insuportável Charlie Day, cria-se uma conexão com os alienígenas - agora batizados de precursores - que é idêntica à explorada pela fracassada continuação dirigida por Roland Emmerich. O desenrolar nada mais é do que uma imensa devoção à destruição desenfreada e descerebrada, onde nada importa menos que a oportunidade sempre presente de destruir um prédio em Tóquio, alvo sempre prioritário dos kaiju à solta - nem mesmo a homenagem à cidade-símbolo de Godzilla e colegas sobrevive a tantos equívocos.

    Repleto de estereótipos primários - atenção às mudanças de comportamento da executiva chinesa! -, Círculo de Fogo: A Revolta é um filme cuja ânsia em ser grandioso prejudica muito seu objetivo básico: divertir a partir de batalhas entre monstros e robôs gigantes. Dosando ao máximo seu atrativo principal, esta sequência se perde em meio a subtramas esquecidas e bobagens estabelecidas, às vezes em uma tentativa fracassada de homenagear sua inspiração maior e, em outras, por mero desleixo mesmo.

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    Comentários

    • juliana
      De boas intenções o inferno está cheio.
    • José Santos
      O primeiro filme foi incrível, mas entre outras a infalização nesta continuação acabou com aquilo q tomava rumos de ser um excelente franquia, para que pegar um filme q deu certo e mudar a ponto de destruir a boa idéia q tinha, ficou tipo os jogos vorazes com robos, o exército sendo liderado por adolescentes, ruim demais
    • Coringa
      Achei o filme pipoca, também não é essa negação toda.
    • Tiago Merces
      o filme foi ri-di-cu-lo!
    • Emerson Salless
      Que decepção com esse filme ,e quanto a critica ela está correta,só achei que errou ao falar de Maku era única do filme anterior,na verdade foram 3 contando com os dois cientistas.Mas foi um filme que regrediu bastante.
    • Diogo Calado de Lima
      Cara os pontos que vc disse ai so focam em partes fracas do filme. Isso é uma sequencia que cria bases novas, e ignora elas, em vez de desenvolver um enredo mais profundo que até corrobore para um terceiro filme mais rico. Depois do primeiro Pacific Rim o cidadão se contentar com um filme desse nível que copia sim Transformers ( por ser mais facil de fazer e ser moda do momento, coisa que o primeiro filme não fez), só deixa claro que conhece pouco de cinema e quer faz crítica baseada em gosto proprio, o que serve menos que mamilos em um peitoral”
    • Fabiano A.
      O que podemos dizer...críticos existem para isso mesmo... para tornar em desgraça qualquer intenção de criar uma forma de um público se divertir. O filme pode até ter muitas pontas soltas, sim, como os pontos que estão sendo discutidos. Mas não deixa de ser um filme divertido e bom para uma tarde do dia que você não tem coisas importantes para ocupar a mente. Aos críticos: Se lhe dessem a produção de algo assim, fariam melhor e 100% a prova de más criticas? É por isso que fico um ditado que se bem entendido, pode caber neste debate: O melhor vinho, é o que você gosta...Agora, focando a franquia, o primeiro filme realmente trabalhou mais os personagens de forma dramática. As vitorias dos Jeagers intercaladas com reviravoltas e invertidas, davam frio no estômago. Já neste, tudo fluiu rápido demais, os personagens não tiveram tempo de criar vínculos, passou a impressão de que tinham que mostrar as lutas logo. O que o salva, para mim, foram os momentos em que os diálogos tinham um tom sarcástico... O filme foi divertido. Não acho que foi uma ruína como estão dizendo...
    • Jonatan Ruan
      Mals aE mas Kingsman 1 no geral foi um lixo tbm :L
    • Carlos
      O filme até pode empolgar pela beleza das batalhas. Mas por mais que você queira ignorar furos no enredo, não dá. Incomoda demais. Por exemplo, o fato da menina construir sozinha seu próprio robô. Jura? Como alguém constrói um ROBÔ na sua garagem? Como que se dobra uma super chapa grossa de aço em casa? E como o robô só pesa 1 tonelada? Um carro simples chega perto disso. Imagina um robô de sei lá, quatro metros.Também devemos lembrar que nas batalhas, os Jaeger destroem ainda mais a cidade do que ajuda-la. Como jogar prédios nos monstros...Enfim, o roteiro tá bem ruinzinho mesmo.
    • Rair
      O filme é muito ruim mesmo, roteiro infantilizado e totalmente sem noção, o primeiro não até que não foi tão ruim, mais esse é péssimo...
    • Kelvin Costa
      O filme é uma bosta, vc que não fazer análise
    • Kelvin Costa
      Ce ta doido mano? O filme é uma bosta mesmo, se voce entender um pouquinho de cinema vai concordar com a crítica
    • mont c.
      Com certeza essa crítica do adoro cinema não esta com nada, devem ter pegado um qualquer pra criticar sem pagar nada a ele. O filme não é dos melhores, porém não chega a ser ruim. Não é atoa que este site considera Sob a pele(pior filme do universo) um filme bom
    • Luiz Felipe Duarte Ribeiro
      Pqp mano, q reclamão hater, esse site só reclamou, não fez nenhum elogio! Só pq tem um robo lutando contra outro robo é cópia de Transformers, mt bem, Gigantes de Aço tb é cópia de Transformers ent! E esse cara fala caminha por rumos absurdos - mesmo em uma realidade onde robôs gigantes e monstros coexistem! parece q n gosta de ter robôs num filme de robôs caramba! Tá falando de um filme de ficção científica, e tá falando de absurdos! Ai q absurdo ter monstors e robôs gigantes nesse filme de ficção! Aí n dá né! E ele fala de tédio na hora da luta, ás lutas são mt iradas, n tem como ter tédio! E agora todo filme q tiver a estética da destruição é cópia de Transformers! N posso negar q esse filme tá um pouco mais infantil (tb queria oq? O público alvo são adolescentes! Robôs gigantes e monstros durr) e que foi bem baseado no primeiro, tem bastante semelhança no começo, más dps quando a trama se desenrola mais, depois um pouco da batalha de Sidney, o filme fica totalmente diferente do primeiro, uma história bem nova e surpreendente, tipo, ngm esperava que só 1 doido ia trazer os monstros de volta e causar aquela arruaça, oq a propósito foi bem impressionante! Os personagens n precisavam tanto assim de destaque pq quem precisava de destaque era a história principal, dos Kaijus e dos Jeagers! Não faria sentido ficar falando da história daqueles personagens q eram a maioria sem importância, com exceção do Jake, do Lambert e da Amara, do Jake explicou o suficiente, do pq ele deixou o programa Jeager e falou, de uma maneira cômica, da vida de contrabandista de peças de robôs; a história da Amara também foi contada, uma cópia da história da Mako, más por mim td bem, eu n sei se vc q está lendo isso se importou tanto assim; e do Lambert, bom da parte dele só precisava ser explicada sua relação com a do Jake, e fizeram isso de uma maneira bem legal, sem contar a história más deixando ela bem explícita, bem na nossa cara, o que qualquer um com o mínimo de massa cinzenta conseguiria entender, o real motivo do desentendimento deles. Bom, algumas coisas do primeiro filme eles não abordaram, como o paradeiro do protagonista do primeiro filme, más acho que eles falarão no próximo!
    • Paulo Barone
      Círculo de Fogo 2, só me evidenciou o erro na tentativa de uma continuação procurando reaproveitar as coisas positivas do filme anterior, exemplo disso, Independence Day 2 (péssimo) e Kingsman 2 (bom, porém, mais fraco que o 1°), Pacific Rim 2 possui um roteiro extremamente superficial, em grande parte do filme, os contextos são cópias do primeiro, mudando apenas os personagens em específico e aspectos situacionais, ou seja, acerca de um plano sequência relacionado à história, foi pobre sem novidades, a trilha sonora não teve nenhuma relevância, mal acompanha os acontecimentos do filme, os personagens são pouco expressivos, mesmo a história retratando características pontuais de alguns deles, John Boyega e Scott Eastwood se esforçam muito para levar o filme, grande parte dos atores estão apenas sendo fundo nas cenas, alguns são tão secundários que suas presenças não tem contexto. As cenas de ação em sua maioria foram boas, claro que os efeitos especiais são muito necessários para auxiliar e completar aquilo que se quer passar, até porque são robôs e monstros gigantes que fogem na nossa realidade. O Plot Twist do filme saiu um pouco do obvio mas ficou muito forçado apenas para justificar a volta presencial dos Kaijus, é uma forma de dar continuidade nos acontecimentos, sim, entretanto, não fugiu dos clichês que os filmes do gênero estão oferecendo, até em alguns momentos pode-se perceber a utilização de um humor sarcástico, assim como vários filmes estão fazendo, ao meu ver, não tem necessidade, caso seja apenas para seguir frase aleatório em um roteiro que pouco sustenta o filme como um todo. O Círculo de Fogo 2 pode agradar muitos por passar uma forma de entretenimento que é a plataforma referencial nos dias de hoje, contudo, não passa de um filme de ação que não sustenta nem passa uma proposta ou perspectiva aceitável fora do convencional.
    • Jad Bal Ja
      Caracas pra ter piores atuações e roteiro que o primeiro então este segundo filme é encenado por chipanzés e o foi escrito por um orangotango...
    • Everson Machado
      O primeiro foi uma grata surpresa: Boa trama, lutas dramáticas entre jaegers e kaijus... esse segundo foi uma grande decepção. Esperava Kaijus categoria 5 e 6, mais inteligentes e ameaçadores do que os do primeiro filme... dessa vez só uns poucos kaijus coloridos que se tornaram um megazord para promover destruição gratuita e sem sentido... enfim, poderia citar uma dezena de incoerências (mesmo dentro da liberdade artística que a ficção permite)... uma pena o que fizeram com a franquia.
    • Olices Glevinski
      o primeiro é top mas esse segundo ta muito mal escrita nada a ver nao faz sentido.horriveellll
    • XXXjc93XXX
      Talvez você não tenha percebido que se tivessem um pouco mais de cuidado a sequência poderia ser bem melhor né. Tomara que o fim da trilogia seja digno para nós fãs.
    • XXXjc93XXX
      O primeiro realmente é um dos meus filmes favoritos, mas essa continuação é triste de ruim kkk
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