Monstro: A História de Ed Gein
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NerdCall
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Crítica da 1 temporada
3,0
Enviada em 5 de outubro de 2025
Depois de transformar Dahmer em um fenômeno global e revisitar o caso dos irmãos Menendez, Ryan Murphy retorna à sua antologia Monsters com um dos nomes mais perturbadores da história criminal americana: Ed Gein. Monstro: A História de Ed Gein chega à Netflix com a promessa de mergulhar no horror psicológico de um dos assassinos mais influentes da cultura pop, mas o resultado é uma temporada ambiciosa e, paradoxalmente, dispersa.

Murphy, ao lado de Ian Brennan, tenta equilibrar três dimensões ao longo da narrativa: o estudo da mente de Gein, a análise cultural de seu impacto e a homenagem às inúmeras obras inspiradas em seus crimes. Essa mistura, que no papel parece fascinante, acaba diluindo o potencial da série. O que poderia ser um retrato profundo da loucura e da solidão de um homem consumido por traumas e obsessões, transforma-se em um mosaico irregular de referências, alucinações e reinterpretações cinematográficas.

Ambientada na fria e isolada Wisconsin dos anos 1950, a série apresenta Eddie Gein (Charlie Hunnam) como um homem introspectivo e perturbador, cuja relação doentia com a mãe o conduz a uma espiral de delírios e crimes. A produção acerta ao recriar com riqueza de detalhes a atmosfera rural e decadente da época — as fazendas cobertas de neve, os interiores escuros e silenciosos, e o senso constante de desconforto. É nesse cenário opressivo que a série constrói seu horror mais eficaz, mesmo quando o roteiro se perde em suas próprias intenções.

Murphy demonstra habilidade em capturar o impacto cultural do caso. A série cita e recria momentos de clássicos como Psicose, O Massacre da Serra Elétrica e O Silêncio dos Inocentes, explorando como o legado de Gein ultrapassou o crime real e se tornou um mito cinematográfico. Esses momentos funcionam como curiosos espelhos entre o real e o ficcional, mas também escancaram o principal problema da temporada: a indecisão sobre o que ela realmente quer contar.

Em vez de mergulhar na mente fragmentada de Gein, Monstro parece se contentar em alternar entre alucinações, cenas de horror gráfico e recriações de filmes inspirados no assassino. A tentativa de usar esses recursos como passagens de tempo ou metáforas para o estado mental do protagonista até poderia funcionar, se o roteiro não se perdesse em idas e vindas que quebram o ritmo e prejudicam a construção do personagem. O resultado é uma narrativa que parece girar em torno de si mesma — sempre impactante, mas raramente profunda.

Há uma contradição central na proposta de Murphy. A série se vende como uma análise psicológica de Ed Gein, mas evita justamente o que prometeu entregar. Quando o roteiro tem a chance de explorar o trauma e a esquizofrenia que moldaram sua monstruosidade, prefere recorrer ao choque visual. As cenas de violência, embora bem executadas, acabam substituindo a reflexão por puro sensacionalismo. É um caminho seguro, mas raso — e talvez o maior desperdício da temporada.

Por outro lado, é inegável que o criador entende o poder da ambientação e do desconforto. As sequências mais lentas, silenciosas e paranoicas são as que mais se aproximam do horror psicológico proposto inicialmente. Há momentos em que o espectador quase sente a solidão de Gein como uma entidade viva, e é nesse ponto que a série mostra o potencial que poderia ter alcançado se mantivesse a coerência entre proposta e execução.

Charlie Hunnam entrega uma performance intensa e contida, encontrando o equilíbrio entre a fragilidade e a perversão do personagem. O ator mostra nuances de medo, confusão e culpa que fazem o público hesitar entre compaixão e repulsa. No entanto, falta a ele material que sustente essa complexidade ao longo dos episódios. O roteiro não permite que Hunnam vá além da superfície — e, assim como Gein, ele fica preso em uma narrativa que o limita. Laurie Metcalf e Suzanna Son completam o elenco com boas participações, especialmente Metcalf, cuja presença domina as cenas que retratam a relação tóxica entre mãe e filho.

Do ponto de vista estético, Murphy continua impecável. A direção de arte e o figurino recriam com precisão o clima da América dos anos 50, e a fotografia aposta em tons dessaturados e frios, reforçando a sensação de decadência moral e isolamento. Os efeitos práticos, sempre presentes nas produções do cineasta, atingem aqui um nível visceral — há cenas que realmente causam desconforto físico, mas que, isoladamente, não compensam a falta de densidade emocional.

Em entrevistas, Murphy afirmou que a ideia era oferecer um “olhar humano” sobre Ed Gein, mostrando a intersecção entre doença mental e monstruosidade. Contudo, ao tentar condensar décadas de vida em poucos episódios, a série sacrifica justamente o aprofundamento que poderia torná-la memorável. O foco se dispersa entre o homem, o mito e as obras que ele inspirou, sem se decidir sobre qual dessas dimensões deseja explorar com prioridade.

Essa indecisão resulta em uma experiência fragmentada. Enquanto Dahmer impactava pela construção meticulosa da tensão e Os Irmãos Menendez pela abordagem das repercussões públicas do crime, Ed Gein parece flutuar entre um tributo cinematográfico e um estudo inacabado da insanidade. Há uma clara intenção de conectar os “monstros” de Murphy em um mesmo universo temático — uma espécie de antologia moral sobre os horrores da América profunda —, mas o excesso de autocitação e reverência ao próprio legado criativo impede que a história encontre um tom próprio.

No final, Monstro: A História de Ed Gein é uma obra que impressiona mais pelo caso que retrata do que pela forma como o retrata. É uma temporada visualmente poderosa, com atuações sólidas e momentos de genuíno desconforto, mas que carece de foco narrativo e de uma visão clara sobre quem foi Ed Gein para além do mito. Murphy demonstra mais interesse em homenagear as obras inspiradas no assassino do que em compreender o homem que as originou.

O resultado é um capítulo que poderia ter sido o mais aterrorizante e psicológico da antologia, mas acaba se tornando o mais irregular. Ainda assim, há brilho nas margens: a ambientação é impecável, o elenco é comprometido e a direção consegue traduzir parte da insanidade de Gein em imagens fortes. Só falta à série a coragem de ir além do choque — de olhar nos olhos do verdadeiro monstro e encarar o que há por trás do espelho.
Leandro Gomes
Leandro Gomes

6 críticas Seguir usuário

Crítica da série
0,5
Enviada em 6 de outubro de 2025
O Ryan Murphy deveria começar a fazer séries de uma só temporada.
Mais uma vez ele começa magistralmente com Dahmer, cai com Irmãos Menendez (que particularmente eu gostei) e degringola absurdamente com Ed Gein. Não entendi o que ele quis fazer aqui, mas não ficou nem um pouco bom. O que custa fazer o simples? O público quer somente uma biografia bem feita.
Bruno Marques
Bruno Marques

4 críticas Seguir usuário

Crítica da série
1,0
Enviada em 8 de outubro de 2025
Incrível como não se preocupam em contar a história como ela realmente foi, assim como foi em Dahmer que foi ótima por sinal, nos irmãos Menendez foi bem mais ou menos e agora com Ed Gain foi terrível, praticamente nada do que tem na serie aconteceu, ele nunca se relacionou com nenhuma mulher, nem mesmo amizade, nunca teve problemas com sua sexualidade, nem mesmo há documentos que comprovem que ele sentiu remorso em algum momentos das monstruosidades que cometeu, mas na serie querem te empurrar a força o fato de que Ed Gain é só uma vítima e te força a ter pena dele, é ridículo o que fazem com pessoas que são repugnantes, transformando em coitadinhas, enfiando sexualidade em tudo, em nenhum momento da historia de Ed Gain foi mencionado algo sobre sexualidade ou transexualidade, mas na serie querem jogar isso como desculpa.
Péssima temporada, muito bem produzida, ótima fotografia, um bom roteiro ate certo ponto, mas pra quem curte true crime de verdade e ja conhecendo a verdadeira historia do Ed Gain, é uma péssima série, chata, arrastada e cheia de inverdades, espero que foquem mais na veracidade dos fatos nas próximas, ao invés de querer terceirizar os crimes e lacrar a toda hora.
Rodrigo Zola
Rodrigo Zola

1 crítica Seguir usuário

Crítica da série
1,0
Enviada em 6 de outubro de 2025
Para quem espera o tom sombrio e fiel à realidade macabra de Dahmer esqueça. A série Ed Gein apresenta o assassino de forma quase cômica. É artificial , alegórico e confuso. Se Norman Bates foi baseado em Gein, parece que esse diretor baseou Gein em Norman do Psicose de 1960.
Gill B.
Gill B.

12 críticas Seguir usuário

Crítica da série
5,0
Enviada em 7 de outubro de 2025
A história é muito bem contada. Em alguns momentos se perde entre a realidade e as versões cinematográficas da época . As atuações são impecáveis. Charlie Hunnam entrega um "monstro" que não gera ódio, repulsa ou asco. Ele chega a ser pueril entre a linha da realidade e as vozes da esquizofrenia. Me comovi muito com o duelo, mesmo inconsciente, que ele nos propicia. Sua atuação foi surpreendente. A voz..... Gente, e aquela vox? Está de parabéns. Deve ter se preparado exaustivamente para fazer tudo acontecer numa linha tênue entre violência e ternura. A mãe é "a mãe". Divina. Agora, será que? na maioria, as mães criavam seus filhos, naqueles moldes nos anos 50? Sem limites de crueldade. Sou mãe e avó. "Aquilo" destrói qualquer um. Não dá pra assistir algo intitulado MONSTRO e esperar ternura. Charlie fez isso. O final sonhador, grantadioso e bucólico da "tal felicidade": agradar a mãe, estar no seu colo. Um homem como uma criança. A equipe toda está de parabéns!!! Ryan Murphy no seu melhor estilo de Ryan Murphy. Li algumas avaliações. De uma pobreza de percepção, conhecimento e sensibilidade, inimagináveis. Eu heim?
Camila S.
Camila S.

8 seguidores 1 crítica Seguir usuário

Crítica da série
5,0
Enviada em 11 de outubro de 2025
Minha avaliação vai exclusivamente para Charlie Hunnan, ator que conhece o trabalho desde "Arthur: A lenda da espada". Sua interpretação foi chocante e impecável, independente da proposta do filme ou da veracidade dos relatos, o ator foi um completo artista.
Lalah
Lalah

9 críticas Seguir usuário

Crítica da série
2,5
Enviada em 6 de outubro de 2025
Mais uma minissérie que caberia em 6 episódios, se não gastassem tanto tempo inserindo no contexto, os filmes inspirados na história de Ed Gein. Principalmente "Psicose". Cansativo e desinteressante. O apego a alguns detalhes sórdidos me causou náusea, achei exagerado, mas nada que não se possa suportar. O filme vale pela sensacional interpretação de Laurie Metcalf, a mãe manipuladora. Grande atriz! E Charlie Hunnam - esqueça aquela voz estranha e caricata - provou que é um ator excepcional, "vestiu" de verdade o personagem, sem trocadilhos.
gustavo henrich
gustavo henrich

4 críticas Seguir usuário

Crítica da série
3,0
Enviada em 4 de outubro de 2025
achei legal eles teria mostrado os filmes que foram baseados nesse psicopata como O Massacre da Serra Elétrica e psicose
Nathalia Araujo
Nathalia Araujo

1 seguidor 1 crítica Seguir usuário

Crítica da série
5,0
Enviada em 5 de outubro de 2025
Gente, que minissérie incrível! Ela faz um panorama fascinante sobre os filmes inspirados em casos reais, como Psicose, O Massacre da Serra Elétrica e O Silêncio dos Inocentes. Além disso, apresenta relatos sobre diversos assassinos em série e ainda traz um trecho sobre uma das minhas séries favoritas, Mindhunter — que, aliás, é uma pena ter sido interrompida na segunda temporada, pois merecia continuação.

A produção mostra como muitos desses psicopatas compartilham comportamentos e padrões de assassinato assustadoramente parecidos. É muito interessante observar o estudo da mente de cada um: a maioria apresenta traços claros de psicopatia, frequentemente associados a traumas e situações de negligência na infância, o que se agrava na fase adulta. A ausência total de empatia e a frieza com que agem são chocantes e, ao mesmo tempo, instigantes de analisar.

Sem dúvida, uma minissérie impactante para quem gosta de mergulhar na mente humana e entender o lado mais sombrio da psicologia criminal.
Pombo Fatal
Pombo Fatal

3 críticas Seguir usuário

Crítica da série
1,0
Enviada em 5 de outubro de 2025
É tão ruim que fica difícil comentar, um lixo, totalmente sacal. Com tanta tecnologia e dinheiro só produzem merda, só ver os filmes de terror de qualidade que surgiram nos últimos anos. Isso se aplica as séries. Vai ter gente aqui que vai passar pano pra esse lixo.
Secional
Secional

4 críticas Seguir usuário

Crítica da série
1,0
Enviada em 5 de outubro de 2025
Serei bastante objetivo. Não assista. Um "porre " desde o primeiro episódio. Haja paciência para assistir até o fim. Pense em uma série chata? Esta é pior冷冷
Tiago Pereira Franco
Tiago Pereira Franco

2 críticas Seguir usuário

Crítica da série
0,5
Enviada em 7 de outubro de 2025
Pior Série que assiste na Netflix nos últimos tempos...

Sem pé e sem cabeça (Literalmente). spoiler:
MichaellMachado
MichaellMachado

1.109 seguidores 538 críticas Seguir usuário

Crítica da série
0,5
Enviada em 6 de outubro de 2025
Parei no primeiro episódio
Cara, estava assistindo minha esposa e eu, e em menos de 5min já nos deparamos com a cena dele se masturbando usando lingerie se enforcando com um cinto. Como o mundo está normalizando a imoralidade, nudez e a perversão, dizendo ser tudo em prol da arte.

Se você quer ver promiscuidade, vá em um site pra isso, séries e filmes é para entretenimento.
Caroline Figueiredo
Caroline Figueiredo

1 seguidor 15 críticas Seguir usuário

Crítica da série
5,0
Enviada em 14 de outubro de 2025
Que série maravilhosa! A história ficou muito boa, e a atuação do Charlie foi impecável! Fiquei num misto de sentimentos enquanto assistia, recomendo muito!
jcar
jcar

5 críticas Seguir usuário

Crítica da série
2,0
Enviada em 8 de outubro de 2025
A série falha em tentar contar a real história de Ed Gein, acrescentando elementos que não fazem parte de sua biografia. Há uma exagerada tentativa de fazer a ponte com os filmes inspirados em sua história. O final da série (refiro-me ao último episódio, que é lamentável) falha horrendamente em tentar deixar a dúvida sobre sua personalidade, se de um assassino, de um homem doente ou perturbado ou de um filho terrivelmente obsediado pela criação e presença de sua mãe. Há elementos filosóficos importantes a respeito da criminologia e do efeito influenciador do crime na sociedade, mas com uma exploração rasa e, ao mesmo tempo, exagerada. Há uma clara tentativa, ao final, de se tentar expiar a culpa, numa vã intenção de deixar um ponto de interrogação: seria ele culpado ou vítima de sua doença e de sua criação. Porém, não conseguiu nem uma, nem outra coisa. Um ponto positivo é a interpretação de Charlie Hunnam, simplesmente brilhante. Laurie Metcalf também exerce sua função com primor, embora o diretor não tenha conseguido demonstrar cabalmente qual a influencia exercida por ela junto ao filho.