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    Séries parecidas com Bridgerton para assistir enquanto espera a 3ª temporada
    Vitória Pratini
    Vitória Pratini
    -Redatora | crítica
    Jornalista e cinéfila, Vitória é apaixonada por cultura pop. No AdoroCinema, fez críticas, entrevistas nacionais e internacionais, além de coberturas que vão do Festival do Rio até San Diego Comic-Con. Até hoje espera sua carta de Hogwarts e uma volta na Millenium Falcon!

    Que tal assistir a outras séries históricas? Veja a seleção do AdoroCinema

    Bridgerton é um dos maiores fenômenos da Netflix. Enquanto muitas pessoas assistem à série produzida por Shonda Rhimes e baseada nos livros de Julia Quinn por causa de suas influências históricas, outros estão interessados nos rostinhos bonitos e talentosos do casal principal, Simon Basset (Regé-Jean Page) e Daphne Bridgerton (Phoebe Dynevor).

    Na trama, Daphne é filha de uma influente família da alta sociedade londrina durante a Regência Britânica, nos anos 1800. Obrigada a ir a bailes para escolher seu pretendente, diante das pressões da sociedade (e das fofocas), ela faz um acordo com Simon, para que ele fingir que a corteja, afastando as solteiras obcecadas, para então atrair a atenção de possíveis candidatos para a jovem. Leia a crítica do AdoroCinema.

    Enquanto a terceira temporada de Bridgerton não estreia, que tal assistir a outras séries históricas? Veja a seleção do AdoroCinema, e aproveite para ver nossa lista de filmes perfeitos para os fãs de Bridgerton.

    Bridgerton: Criador da série pretende fazer 8 temporadas na Netflix

    Outlander

    Como BridgertonOutlander é baseado em uma longa série de livros, e também aposta em cenas picantes e românticas entre os protagonistas Claire Randall (Caitriona Balfe) e Jamie Fraser (Sam Heughan). Além disso, traz um quê de modernidade com a heroína levando seu ponto de vista do século 20 nos levantes jacobitas de meados do século 18, para os quais ela misteriosamente viaja no tempo no início da primeira temporada. Graças a esse aspecto, a série aborda duas eras históricas pelo preço de uma — 1945 e 1743.

    Onde assistir online: Netflix, Star+

    The Great

    StarzPlay

    The Great é estrelada por Elle FanningNicholas Hoult traz uma visão satírica da Rússia de 1700, onde Catarina, a Grande foi de forasteira a governante feminina que ficou mais tempo no poder no país. Envolta em rumores polêmicos, a poderosa imperatriz tinha um relacionamento explosivo com o atrapalhado czar Pedro III. Ambos mantinham casos extraconjugais e ela ainda planejava matá-lo e derrubar um dos governos mais fortes do mundo. Leia a crítica.

    Onde assistir online: Starzplay, NOW

    Dickinson

    Apple TV+

    Uma das maiores poetisas de todos os tempos, Emily Dickinson adquiriu uma reputação de ser reclusa e melacólica, mas a verdade não foi bem assim. A série Dickinson busca adaptar a vida da autora para as telas, apresentando uma protagonista feminina forte e inteligente, interpretada por Hailee Steinfeld, vivendo numa sociedade de época. Assim como Bridgerton, traz uma trilha sonora ultramoderna e abordagem feminista do século XIX. Leia a crítica da primeira temporada.

    Onde assistir online: Apple TV+

    The Spanish Princess

    StarzPlay

    Uma trilogia de séries de TV históricas para maratonar? Estamos dentro! The White Queen acompanha a guerra pelo trono inglês, conhecida como a Guerra das Rosas e as mulheres envolvidas entre as famílias York e Lancaster. Já sua continuação, The White Princess segue a princesa Elizabeth, da casa de York, que é oferecida em matrimônio a Henry, da casa rival de Tudor, e muitas conspirações para tomar o poder. Depois dela, há The Spanish Princess, que narra a história de Catarina de Aragão, a princesa da Espanha, que chega à Inglaterra para selar sua união com o príncipe Artur, a quem está prometida desde pequena. Só que ele morre e, em uma acirrada disputa pelo trono, ela se casa com o duque Harry, o famoso Henrique VIII.

    Onde assistir online: Starzplay, NOW

    The Lizzie Bennet Diaries

    YouTube

    A obra de Jane Austen, Orgulho e Preconceito, foi refeita inúmeras vezes para as telonas e telinhas. Entre suas versões modernas, ganhou um filme no apocalipse zumbi e uma série no YouTube como se fossem os vlogs da peculiar e teimosa Lizzie Bennet. Os vídeos de The Lizzie Bennet Diaries são bastante fiéis ao texto original, embora esteja firmemente estabelecido no tempo presente — com direito a aparições do do magnata do entretenimento William Darcy e do estudante de medicina Bing Lee, também conhecido como Sr. Bingley.

    Onde assistir online: YouTube

    Por que gostamos de dramas históricos?

    Mas por que será que obras históricas são tão populares? Por muito tempo, o trabalho de Jane Austen foi uma das poucas opções disponíveis para as pessoas que procuram ler e assistir a produções de época que não sustentam os costumes enfadonhos e excessivamente patriarcais dos séculos anteriores. Felizmente para os fãs de feminismo e vestidos da "silhueta Empire", os últimos anos deram início a uma onda de obras mais modernas e envolventes ambientadas em tempos passados, e com elencos diversificados. Nunca um tornozelo aparecendo foi tão sedutor — mesmo que algumas obras como Outlander e Bridgerton tenham cenas realmente quentes. Até mesmo a psicologia explica o gosto por um drama histórico.

    Netflix

    Estudos apontam que há benefícios psicológicos positivos em assistir ao seu drama histórico favorito, incluindo melhoria na saúde mental, conexões sociais e até habilidades de escuta em crianças. De acordo com a especialista em psicologia da mídia, Dra. Pamela B. Rutledge, os dramas de época são sobre pessoas e a conexão humana, desde histórias de amor a camaradas de armas.

    "Eles nos permitem experimentar emoções extremas sem a ameaça existencial", disse ela. "Essas histórias [de época] são como um simulador de vôo para toda a vida", diz ela, "elas nos mostram modos de ser por meio de temas universais de amor, traição, redenção, inocência, justiça, sacrifício, transformação."

    "Os personagens são frequentemente arquetípicos: o herói, o parceiro, o vilão, o guia",  acrescentou a Dra. Rutledge. "E uma boa história permite que o espectador seja transportado para a narrativa e experimente a história de dentro por meio da identificação do personagem que permite o envolvimento emocional". Segundo ela, as histórias criam uma sensação de presença de "estar lá", para que o espectador se sinta um participante emocionalmente, em vez de um observador.

    "Ao assistir uma série de época como The Tudors, por 40 minutos maravilhosos, você é transportado para um mundo tão estranho e distante daquele em que vivemos hoje. É mais fácil esquecer seus problemas quando você fica se perguntando como é que as pessoas lidavam com a necessidade de usar um penico (um penico usado como banheiro no quarto) diariamente. Sem mencionar a impraticabilidade de suas roupas", escreveu um blogger de história na Revista do British Council.

    O estudo da ThinkBox explica o mesmo, afirmando que a televisão impacta nossas necessidades emocionais de seis maneiras: para conforto, para relaxar, para escapar, saciar-se ou simplesmente pela experiência.

    Bridgerton está disponível no catálogo da Netflix.

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