Resgatar certos personagens por meio de outros atores, e com novas mentes criativas no comando, não era uma ideia tão absurda há algum tempo, embora agora seja vista com mais cinismo. Uma tentativa de criar falsa relevância com algo reconhecível, em vez de criar algo novo por meio do desenvolvimento de ideias interessantes.
Mas com os criadores certos, é fácil deixar passar. É por isso que algo como Monsieur Spade, que revive o personagem icônico de Humphrey Bogart em Relíquia Macabra, mas lhe dá o rosto de Clive Owen, é tão atraente. O criador de O Gambito da Rainha, Scott Frank, está por trás dessa interessante minissérie de apenas seis episódios.
Em 1963, o lendário detetive Sam Spade aproveita sua aposentadoria em Bozouls, França. Sua vida tranquila é abalada quando seis freiras são brutalmente assassinadas em um convento local. À medida que a cidade se agita, segredos obscuros e pistas perturbadoras surgem.
O caso parece estar ligado a uma criança misteriosa com supostos poderes e ao retorno de um antigo inimigo. Forçado a voltar à ação, Spade se vê envolvido em uma rede de intrigas e perigos que ameaçam mudar tudo.
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Lançado no ano passado em uma plataforma menos popular, Monsieur Spade teve um desempenho bastante modesto.
Black Bear
Frank é o responsável por dirigir todos os episódios, criando um mistério bastante intrigante a partir do roteiro e desenvolvendo uma atmosfera particular do cenário rural francês. Aqui encontramos um detetive cínico e cansado, mas também frágil devido à saúde debilitada. A série se torna um estudo de personagem tão fascinante quanto outras produções do criador.
Infelizmente, Monsieur Spade não está disponível no Brasil, mas você encontra O Gambito da Rainha na Netflix.