Uma das estreias mais aguardadas nos cinemas em 2022, Elvis conta a história do rei do rock’n’roll com uma participação importante de seu ex-empresário, Tom Parker, interpretado no filme pelo vencedor do Oscar Tom Hanks, que surgiu irreconhecível no papel. Responsável por gerenciar a carreira de Elvis Presley por mais de 20 anos, Tom Parker foi uma figura controversa e muitos fãs acreditam que ele tenha barrado um sucesso ainda maior do cantor.
Tom Parker conheceu Elvis Presley em 1955, quando o artista tinha 20 anos de idade. O empresário enxergou nele um grande potencial tanto pelo tipo de música que Elvis apresentava, quanto pela voz potente e pelo efeito que ele causava no público. No mesmo ano, Parker conseguiu para Elvis seu primeiro contrato com uma gravadora gigante e abocanhou uma boa parte dos lucros - “hábito” que manteve pelas duas décadas seguintes como responsável não só por negociar os shows, mas também todo o merchandising e as aparições na televisão.

Parker era também uma grande influência na vida pessoal de Elvis e foi quem o incentivou a se casar com Priscilla Presley, mãe da única filha do cantor, Lisa Marie, hoje com 54 anos.
Um dos principais pontos na relação entre Elvis e Tom Parker era a resistência do empresário em permitir que o cantor fizesse shows fora dos Estados Unidos - em toda a sua carreira, Elvis se apresentou fora dos EUA apenas três vezes e todas elas foram no Canadá. Esta relutância, claro, levantou suspeitas sobre Tom Parker, já que o empresário rejeitou propostas milionárias para turnês internacionais.
A questão é que ele não podia sair dos Estados Unidos: Tom Parker, cujo nome verdadeiro era Andreas Cornelis van Kuijk, nasceu na Holanda e imigrou ilegalmente para os EUA, o que o impediria de poder tirar um passaporte - fora, claro, o risco de ser deportado.

Tom Parker foi empresário de Elvis até a morte do cantor, em 1977. Depois, a Justiça determinou que ele não teria direitos legais sobre a obra musical e Parker acabou perdendo muito dinheiro. Além disso, tinha o hábito de fazer apostas e a perda financeira com elas também foi alta.
Na década de 1980, Parker ainda foi alvo de uma investigação judicial por conta de práticas consideradas anti-éticas em seu trabalho como empresário. Um dos processos, inclusive, foi movido por Lisa Marie, que o acusou de se aproveitar financeiramente do pai.
Anos depois, o ex-empresário vendeu algumas gravações originais de Elvis Presley por 2 milhões de dólares e morreu em janeiro de 1997 após um derrame cerebral. Em seus últimos anos de vida, Parker disse ter recebido diversas propostas para escrever livros contando o lado mais particular da vida de Elvis, mas recusou porque “não queria se envolver em nenhum tipo de “sujeira” (via Washington Post).
