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    WandaVision: Por que a série da Marvel é tão poderosa mesmo sem se apoiar diretamente nos quadrinhos?

    O último episódio da produção estreou nesta sexta-feira (05) no Disney+!

    WandaVision, série protagonizada por Elizabeth Olsen e Paul Bettanychegou ao fim nesta sexta-feira (05) e, ao contrário do que muitas teorias indicavam desde o princípio, a história tomou um rumo muito pessoal no que se diz respeito à vida de Wanda (Olsen).

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    O AdoroCinema cobriu semanalmente a série do Disney+ e, assim como os fãs, construiu teorias, formou linhas de pensamentos que poderiam se conectar com o futuro da Marvel nos cinemas e, de certa forma, apenas uma parte das hipóteses se solidificou ao fim da temporada.

    E isso quer dizer que WandaVision não entregou o que prometeu? É claro que não!

    Para início de conversa, o que a Marvel "prometeu" ao público com WandaVision foi uma expansão da jornada individual de Wanda Maximoff, que continua a sofrer com o luto após ter perdido Visão (Bettany) na batalha contra Thanos.

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    Ou seja, no decorrer dos episódios nós acompanhamos não só a jornada de Wanda com relação ao seu grande poder -- capaz de criar uma cidade inteira a seu gosto, manipulando as pessoas que ali residem --, como também a evolução de seu próprio luto. Sabemos que o luto possui diferentes fases e, pelo simples fato de cada uma delas estarem presentes na série, WandaVision pode ser caracterizada como uma série sobre perdas, e não somente sobre super-heróis.

    Nos primeiros episódios observamos Wanda lidar com a negação e a raiva em enxergar a realidade como ela é (na qual Visão está morto), assim como a vontade de negociar sua vida fictícia em Westview ao lado do marido e filhos. No episódio que homenageia sitcoms como Modern Family e The Office, Wanda está no estágio mais depressivo do luto. Já no último episódio, a protagonista finalmente encontra a sincera aceitação de que seu plano de viver uma vida perfeita precisava ser encerrado.

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    É por tratar este sentimento tão complexo e difícil que a série do Disney+ consegue ser grandiosa mesmo sem ter introduzido o vilão Mephisto ou os X-Men ao Universo Cinematográfico Marvel. Eles eram imensamente esperados -- afinal, o arco de Wanda nos quadrinhos é 100% ligado a grandes eventos no universo dos super-heróis e a pequena chance de ver tudo acontecer nas telas já era animador.

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    Mas, colocando as expectativas de lado, WandaVision dedicou boa parte de sua narrativa para trabalhar o lado humano dos personagens, assim como a origem de outros. A série alcança um elevado grau de desenvolvimento não só referente a Wanda, mas também a personagens como Darcy (Kat Dennings) e Monica Rambeau (Teyona Parris) e definindo seus caminhos para produções futuras (como Capitã Marvel 2 no caso de Monica).

    Isso sem falar a presença de uma importante personagem dos quadrinhos (especialmente nos arcos de Wanda/Feiticeira Escarlate): Agatha Harkness (Kathryn Hahn). Nas HQ's, a bruxa é a responsável por ajudar Wanda a desenvolver seus grandes poderes, enquanto na série Agatha ganhou o posto de antagonista ao fazer de tudo para roubá-los para si.

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    Ou seja: por mais que a própria Marvel quisesse que todos nós olhássemos para um lado (o das teorias, suposições e significados escondidos), o que há de mais interessante em WandaVision é justamente aquilo que a obra entrega: o mergulho profundo na história daquela que já tem a chance de ser a mais poderosa personagem do MCU.

    Por ser a primeira série do universo Marvel, WandaVision carregava o fardo de entregar novas possibilidades após Vingadores: Ultimato ao lado do bom e velho "fan service". E assim o fez, dosando o padrão Marvel que já conhecemos para dar espaço a um verdadeiro estudo sobre esta personagem que pode ser super em muitas coisas, mas é, sobretudo, humana.

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