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    Festival de Cannes 2018: Vencedores da Semana da Crítica por Diamantino, diretores falam da influência do Porta dos Fundos (Entrevista exclusiva)

    “O filme que nós fizemos é como um conto de fadas do século XXI sobre um super-herói cujo poder é sua ingenuidade”.

    O longa Diamantino é uma coprodução do Brasil com Portugal e a França e conta a história de um jogador de futebol que… tem uns cachorrinhos fofinhos gigantes envolvidos... uma história com refugiados... um experimento genético…

    Os diretores explicam melhor essa loucura: “O filme que nós fizemos, que se passa em Portugal, é como um conto de fadas do Século XXI, sobre um super-herói cujo poder é sua ingenuidade. E essa ingenuidade e inocência o ajudam a lidar de maneira linda e surpreendente com a realidade assustadora de hoje, o que inclui lavagem de dinheiro, modificação genética, crise dos refugiados, o Brexit e a ascensão do fascismo”, resume o norte-americano Daniel Schmidt.

    “O que queríamos fazer é uma comédia divertida, que qualquer um pudesse ver e amar e que qualquer um irá reconhecer o protagonista, que é tipo um jogador português de futebol famoso mundialmente”, traduz o outro diretor, o português Gabriel Abrantes.

    Vamos tentar de novo: Cristiano Ronaldo Diamantino é um jogador de futebol de sucesso, bastante ingênuo, que sempre fantasia estar entre cachorros gigantes felpudos quando está cara a cara com o gol. Quando sua carreira sofre uma guinada (para baixo, diga-se), as irmãs gêmeas inescrupulosas do atleta tentam explorar ao máximo (não vamos explicar “máximo” para não estragar as surpresas do filme) a riqueza do pobre coitado que, ao mesmo tempo, descobre o que são refugiados e resolve adotar um.

    Por mais louca que possa parecer (e é), o fato é que essa história conquistou o júri da da Semana da Crítica na última edição do Festival de Cannes, presidido pelo cineasta norueguês Joachim Trier (Thelma), e levou o prêmio máximo da mostra, competindo, por exemplo, com Wildlife, estreia de Paul Dano (Sangue Negro) na direção. Quando o AdoroCinema conversou com os realizadores na Croisette (confira no vídeo acima), no entanto, a premiação ainda não havia sido anunciada.

    Na entrevista, eles falam sobre os filhotinhos (“originalmente seriam leitões”), Cristiano Ronaldo (na verdade, não falam), liberdade sexual, União Europeia e as influências, que vão de Pasolini a Porta dos Fundos: “Nós pensamos em trabalhar com atores brasileiros em um momento, pensamos em trabalhar com eles [do elenco do Porta], revela Gabriel.

    Diamantino ainda não tem data de estreia definida no Brasil, mas tem distribuição garantida pela California Filmes.

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