Nada descreve melhor o que realmente leva as pessoas ao cinema do que números de bilheteria. Neste momento, com o mais novo capítulo da franquia Jurassic Park, estamos vendo que o público ainda gosta de ver dinossauros nas telonas.
O parque está aberto
Embora o filme original de Steven Spielberg tenha despertado um amor crescente por esse universo, foi Jurassic World - O Mundo dos Dinossauros, de Colin Trevorrow, que o ressuscitou e o transformou em uma das máquinas mais lucrativas de Hollywood. O sucesso de bilheteria de ficção científica arrecadou US$ 1,671 bilhão em 2015.
Duas décadas após a tentativa original de abrir o parque, o sonho de John Hammond finalmente se tornou realidade. Um parque temático surgiu na Ilha Nublar, com dinossauros renascidos e novos híbridos que encantam milhões de visitantes todos os anos. Mas um dia, tudo muda...
Universal Pictures
Há algo na estrutura aberrante do parque que claramente herda o lado cínico do original, mostrando a ruína inevitável de ser movido pela ganância e pela comercialização extrema. É claro que o primeiro filme não era apenas sobre ressentimento contra a megalomania; ele também tinha um senso de admiração pelos dinossauros que gera um paradoxo que, em última análise, funciona a seu favor.
Trevorrow, além de não ser Spielberg, não tem esse senso, e isso torna Jurassic World, acima de tudo, um espetáculo ligeiramente masoquista que perde progressivamente seu poder.
A natureza esquemática da narrativa, os personagens bastante intercambiáveis interpretados por Chris Pratt e Bryce Dallas Howard e os efeitos visuais eficazes, mas não inquestionáveis, fazem com que o filme se aproxime do funcional. Divertido, pelo menos em partes, mas claramente mais um exemplo de como a magia que Spielberg não conseguiu recapturar em sua sequência não seria clonada por ninguém.
Jurassic World - O Mundo dos Dinossauros está no Telecine (via Globoplay e Prime Video).